Christopher
Eu, Edgar e outros generais, montamos um bom plano de batalha. Tudo o que nos restava era passá-lo ao resto de nosso exército e às bruxas, que aceitaram nos ajudar após eu lhes prometer que seriam perdoadas pela igreja.
— E os novos sacerdotes? — perguntei para Faustus após minha última reunião sobre a batalha.
— Já foram convocados e chegarão ao castelo amanhã. E claro, serão devotos à vossa majestade e farão tudo o que quiser.
— Ótimo! Não quero mais cometer o erro de deixar a igreja autônoma.
— Devo avisar-lhe que recebemos a primeira carta de Atenas. — ele me entregou o envelope. — Como deduzimos, o rei está disposto a matar todas as bruxas envolvidas na morte de sua filha. Ele também soube que vossa majestade pretende protegê-las e alertou que se seguisse com isso, declararia guerra.
— Mande uma carta em resposta dizendo que as bruxas serão protegidas e que se qualquer guarda do exército de Atenas ousar pisar aqui, será morto.
— Uma declaração de guerra muito explícita, majestade.
— Uma hora teremos que lutar.
Os dias que se seguiram marcaram uma tensão nunca sentida antes naquelas terras. A última vez que Seráfia envolveu-se numa guerra, não foi de forma direta, foi em apoio a um reino vizinho. Meu pai era muito mais novo do que eu na época e em toda a sua vida, nunca teve que estar num campo de batalha.
Recebi os novos sacerdotes, nomeei oficialmente o novo bispo e após uma doação generosa de minha parte, ele redigiu uma carta oficial que perdoava qualquer bruxa que lutasse ao meu lado contra o reino de Atenas.
Rei Augustus mandou sua declaração oficial de guerra e na nossa última noite de paz, eu fiquei com a Dulce. Na manhã seguinte, nos reuniríamos com Miranda para que eu lhes passasse o plano de guerra.
— Como se sente? — Dulce perguntou, deitada em meu peito após termos terminado de fazer amor.
— Ansioso para que isso tenha um fim logo. E você?
— Confesso que com um pouco de medo. Eu sei como termina uma guerra e não gosto nada da ideia.
— A guerra acaba quando um dos reis morre e esse rei não serei eu.
— Estamos nos arriscando demais. — ela sentou e me olhou com uma expressão preocupada. — Às vezes, me bate um arrependimento.
— Do que?
— De ter vindo aqui e queimado a Eliza.
— Foi o primeiro passo para ficar livre, além disso, ela matou a sua mãe.
— Ela estava esperando um filho seu. — desviou o olhar.
— Já conversamos sobre isso.
— Mas eu sei que queria aquele herdeiro, então eu tomei uma decisão.
— Que decisão? — eu sorri, já imaginando o que seria.
— Após a guerra, se nós vencermos...
— Quando nós vencermos. — a corrigi e ela sorriu.
— Quando nós vencermos e estivermos de volta ao reino, eu quero tentar engravidar.
— Mesmo? — cheguei mais perto dela.
— Sim. Eu quero ter um filho seu.
— Eu quero ter muitos filhos com você. — acariciei seu rosto. — Não pensou nisso como uma forma de se redimir pelo filho que Eliza carregava, não é? Te juro que tudo já foi esquecido.
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Seráfia
Fanfictionㅤㅤ❛ 𝐒𝐄𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀 ❪ 👑 ❫ + 𝟭𝟲 ₊ sejam bem vindos / 2020! 📍Seráfia (reino fictício) ー Nos primórdios da idade média, um amor proibido começa a surgir. Ele, um príncipe, herdeiro do trono. Ela, uma plebéia simples que vive sozinha com sua mãe de...