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Dulce

Meu peito estava aquecido, eu me sentia mais feliz do que nunca, tão apaixonada que mal conseguia tirar o rosto de Daniel dos meus pensamentos. Pensar nele e em todos os nossos momentos juntos era rotina.

Depois de alguns dias nos comunicando apenas por cartas, ele pediu para que nos encontrássemos em sua casa. Como da última vez, Edgar me levou até lá.

Quando passei pela porta, fui agarrada pela cintura e tomada num beijo ardente, que eu devolvi com todo o meu ser. Daniel usou a sua língua com maestria, a fazendo dançar por toda a extensão da minha boca.

— Não sabe o quanto me faz mal ficar longe de você. — falou ao me abraçar. — Passei todos esses dias pensando em como seria bom poder beija-la, tocar a sua pele, sentir o seu doce cheiro e olhar para o seu belo rosto.

— O importante é que estamos juntos agora e ainda temos uma vida inteira para nunca mais nos separarmos por muito tempo. — eu disse sorrindo. — Como estão sendo as coisas no castelo?

— Hoje à tarde, irão convocar uma audiência popular. Todos irão votar se querem que aconteça uma caça às bruxas em nosso reino.

— Caça às bruxas? — arqueei as sobrancelhas. — Nunca achei que precisaríamos disso.

— A igreja pediu, mas o príncipe não quer tomar essa decisão sozinho, quer que as pessoas escolham, afinal, o povo será o mais afetado.

— E se alguma inocente for acusada? — preocupei-me.

— Querida, é a igreja quem vai julgar os casos, eles sabem reconhecer práticas de bruxaria, não se preocupe. — eu assenti. — Tudo o que eu quero agora é prestar atenção em você.

— Você nunca gosta de falar sobre o castelo e o que fazem lá. — o olhei com curiosidade.

— Dulce, quando eu estou com você, só quero falar de você. Não existe nada mais importante nesse mundo.

Ouvir todas as coisas bonitas que ele me dizia me deixava com o coração disparado, batendo tão forte que parecia querer sair do meu peito. E quanto mais eu apreciava aquelas sensações, mais queria senti-las.

O beijei novamente e dessa vez, Daniel começou a me guiar até um dos aposentos. Deitando-me sobre a cama, ele me tocou com cautela, correndo sua boca por minha pele, retirando minhas roupas com voracidade.

Dessa vez, foi bem mais prazeroso e eu pude entender o porquê das pessoas gostarem tanto de fazer amor. Agora eu estava mais à vontade, aprendendo como ficar no controle da situação.

Fiquei sobre ele, movendo-me de cima para baixo devagar e prestando atenção no que cada centímetro dele fazia dentro de mim. O suor em minha testa descia para o meu pescoço, chegando aos meus seios e por fim, misturando-se ao suor dele.

Nós dois suspirávamos de prazer um pelo outro, trabalhando nossas mãos para nos tocar, matando a sede de nossos lábios em meio a beijos suaves e por vezes, famintos.

Quando acabamos, eu deitei ao seu lado, apoiando minha cabeça em seu peito enquanto ele me abraçava.

— Isso foi... — ele suspirou. — Deus, eu quero que se case comigo! — declarou.

— O que disse? — ergui a minha cabeça e o encarei. — Você me pediu em casamento? — Daniel ficou em silêncio, encarando-me de forma séria. — Óh, céus! — sorri. — Eu aceito! — e ele continuou sério. — Eu disse que aceito. — franzi a testa sem entender a sua falta de reação.

A única coisa que Daniel fez foi me puxar para um abraço e ali eu entendi que talvez ele só estivesse feliz demais para demonstrar qualquer coisa. O abracei de volta, dando beijos em seu pescoço e me sentindo a mulher mais feliz e amada do mundo.

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