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Dulce

Eu nunca havia sentido isso antes. Era tudo muito novo e muito especial. Eu sempre sonhei em encontrar o grande amor da minha vida, ter filhos e ficar com ele para sempre. Agora essa realidade parecia estar cada vez mais perto e Daniel superava todas as minhas expectativas, por ser bem melhor do que o amor que eu desejei em meus sonhos.

Depois de darmos o nosso primeiro beijo, eu tive a certeza de que o destino havia nos preparado um para o outro e que eu não deveria me preocupar. Se ele veio à mim através do destino, certamente eu não o perderia. Era como se tivéssemos um laço de alma.

— Não estou vendo a minha irmã, eu vou procurá-la. Você me espera aqui? — ele perguntou.

— Claro! — antes de ir, Daniel segurou meu rosto e me deu um beijo carinhoso.

— Eu vou adorar poder fazer isso sempre que eu quiser. — sorriu.

— Nós dois vamos. — eu sorri também.

Ele se afastou e eu fiquei observando as pessoas dançarem na roda. Minha última caneca de cerveja acabou e eu resolvi parar por ali. Não queria correr o risco de acordar passando mal na manhã seguinte.

Fui até os barris devolver a caneca e quando me virei para voltar ao lugar onde estava, dei de cara com Ronald.

— Dulce! — me deu um abraço desconfortavelmente apertado.

— Olá, Ron. — falei depois que ele me soltou. — Não tinha te visto por aqui. Chegou mais tarde?

— Não. — ele ficou sério. — Não deve ter notado a minha presença já que estava muito ocupada dançando e bebendo com aquele homem. — pelo seu tom, ele estava chateado.

— É o Daniel, nós nos conhecemos a alguns dias.

— É? E vocês estão juntos? — coçou a nuca.

— Estamos nos conhecendo.

— Gosta dele?

— Sim, Ron, eu gosto. — eu estava louca para sair de perto dele antes que começasse com as lamentações.

— O conhece a alguns dias e já se sente assim? Nossa! Ele deve ser muito legal, porque eu tento te conquistar faz anos e você nem ao menos aceita passear comigo. — começou a se irritar.

— Ronald, eu vou voltar para onde eu estava. — passei por ele, mas ele segurou o meu braço.

— Por que? Ele está te esperando?

— Sim! — puxei meu braço com força. — O que você quer que eu fale? Não pode se irritar comigo porque eu não devo nada a você!

— Gostaria que seu pai ainda estivesse vivo. É uma pena que ele tenha falecido antes de cumprir a promessa de me dar a sua mão.

— Meu pai nunca me obrigaria a casar com alguém que não amo. — ele ficou em silêncio. — Ronald, o que você sente por mim é responsabilidade sua. Eu não tenho nenhuma obrigação de suprir os seus desejos.

— O que ele tem de tão especial?

— Daniel nunca me cobrou nada e nunca exigiu que eu fosse dele. Olha, eu gosto muito de você, mas já faz anos que me corteja e não consegue nada. Sua insistência é bem irritante! — ele mirou o chão. — Para o seu bem... — me aproximei e segurei o rosto dele entre minhas mãos. — Tente encontrar outra mulher para cortejar. Eu serei somente a sua amiga e isso nunca mudará.

— Acho que eu preciso começar a me convencer disso. — suspirou. — Vamos esquecer tudo isso. Pode me abraçar?

— Claro que eu posso! — sorri.

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