Loucuras a favor da paixão

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Três dias se passaram e o quarto dia havia chegado. Era madrugada e Adrien continuava acordado, andando inquieto dentro do quarto. Já havia feito uma escolha, mas mesmo assim, não conseguia ficar tranquilo. Havia conversado com Nino, e deixado tudo preparado. Seu amigo quase desmaiou com a notícia, mas após uma boa explicação, ele cedeu e decidiu ajudá-lo. Nino se encarregaria de dar a notícia a seus amigos algumas horas depois de sua partida, para que nenhum deles fosse atrás dele.

-Você tem que dormir. - disse Plagg deitado sobre o travesseiro.

-Não consigo, estou com a pilha carregada. - disse o loiro.

-Então pelo menos para de ficar andando. O barulho do sapato está atrapalhando o meu sono da beleza.

-Plagg, você é um Kwami, quer beleza para quê?

-Para agradar a minha docinho.

-Docinho?

-Sim. A minha docinho. A Tikki é a minha docinho mais doce.

-Isso foi tão doce que me deu diabetes. - resmungou Adrien.

-Eu não reclamei das suas declarações melosas para a Marinette.

-É diferente.

-Não é não.

-Dane-se. Vá dormir.

Plagg se enfiou de baixo do cobertor. Adrien se aproximou da janela e se sentou na mesma, observando a lua ser coberta pelas nuvens lentamente.

-Você é capaz de me fazer escolher o impossível, Marinette. 

Marinette estava terminando de arrumar as coisas para a sua viagem até a cidade. Tikki estava dormindo tranquilamente dentro do capuz de sua capa. Ela terminou de colocar os últimos dois potes de remédios dentro de sua bolsa e a fechou. Juleka estava dormindo no quarto, então decidiu deixar a mesa posta, para quando ela acordasse. Pegou sua mochila e sua bolsa e abriu a porta. Ela saiu e fechou a porta. Quando se virou deu de cara com Adrien.

-Que susto garoto! - disse ela e ele riu - O que faz aqui?

-Vou com você a cidade, não se lembra? - disse o loiro - E bom dia para você também.

-O quê? Você vai? Você é louco?

-Disse que para você me perdoar eu teria que ir com você a cidade, então é isso que eu vou fazer.

-Você não pode ir, é muito perigoso. - disse ela preocupada. 

-Mas você disse que eu deveria estar aqui, antes do nascer do sol, e aqui estou.

-Eu disse isso, porque pensei que você não teria coragem de ir.

-Para ter você ao meu lado eu até corro nu na cidade.

Marinette sorriu e colocou a mão na cintura, medindo o loiro de cima a baixo.

-Uma cena interessante. - disse ela.

-Nem vem, mocinha. É só modo de falar. Correr nu pela cidade já é de mais. - disse ele meio assustado.

-Certo, certo. Vamos indo então. Maluco!

-Teimosa.

Ambos riram. Marinette prendeu a pequena carroça em Copas e depois montou nas costas dele. Adrien montou em seu cavalo e seguiu ela pelo caminho da floresta. Lentamente eles se distanciaram do chalé.

-O que pretende fazer quando chegar na cidade? - questionou Marinette.

-Colocar um boné, o capuz da capa e um óculos de grau, sem grau. - respondeu ele.

Entre Máscaras e ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora