Resgates e Emboscada

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Marinette estava em pedaços. Estar exposta a todas aquelas pessoas, sendo humilhada, por aqueles que ela lutou para proteger, a destruía. Pelo canto dos olhos, ela viu o sorriso triunfante de Félix e Gabriel e se sentiu ainda pior. Marlim foi o único que depôs a favor dela, porém foi escorraçado como um cão. Após os longos minutos de humilhação pela qual estava passando, Gabriel ergueu a voz, interrompendo o castigo dela, para fazer seu último pronunciamento.

-Amanhã, no início da tarde, quando o sol atingir seu ponto mais alto, o casamento do meu filho, príncipe Félix Agreste, com a princesa Marinette Dupain-cheng, será realizado. Nesse mesmo lugar, todos deveram comparecer, para celebrar essa linda união.

Félix olhou para Marinette e sorriu triunfante. Ela limpou a sujeira que escorria por seu rosto com as costas da mão e depois cuspiu em direção a ele. Ele por sua vez, riu divertido com a intenção dela. Os guardas pegaram a azulada pelos braços e a levaram para dentro do palácio. Ela se debateu umas duas vezes e por fim se entregou, cansada de tudo que já havia passado. Ela foi levada para junto de Félix e Gabriel que já estavam dentro do palácio junto com ela. Gabriel cravou as unhas nas bochechas dela, fazendo alguns cortes, por conta da força excessiva. Ela rangeu os dentes, nas se recusou a dizer um mínimo "aí".

-Agora você viu, sua maldita?! - disse Gabriel - Você está lutando em vão. Essas pessoas não se importam com você. Elas te odeiam, te desprezam. Não tem motivo para continuar lutando.

-Enquanto houver pessoas que acreditam, também haverá motivos para lutar. - disse Marinette - Você pode fazer o que quiser comigo, eu nunca, vou desistir. Mesmo que eu me case com o Félix, eu não vou ser domada.

-Todo cão sarnento pode ser domesticado.

-É por isso que o Félix vive abanando o rabo para você?! - ela riu.

-Ria o quanto quiser, Marinette, no final você vai estar jogada nas cinzas.

Ela o encarou, e suspirou no rosto dele, fazendo ele virar a cara.

-Eu já disse, que é princesa Marinette Dupain-cheng para vocês. Se dirija a mim como vossa majestade, seu porco miserável!

Irritado, Gabriel soltou o rosto dela e lhe desferiu um tapa com a palma da mão. Ela teria caído se os guardas não a tivessem segurado. O gosto do sangue se fez presente mais uma vez em sua boca. Ela riu mesmo com o rosto latejando, e por fim, cuspiu o sangue de sua boca na roupa branca que ele usada.

-Se suje com o meu sangue por enquanto. - disse ela - Porque logo, logo, você estará banhado em seu próprio sangue.

-É uma ameaça? - questionou ele com os olhos serrados.

-Eu não faço ameças, como pragas que nem vocês. Isso é uma promessa. E eu nunca quebro uma promessa.

-Tem sempre uma primeira vez para tudo. - rosnou ele perto do rosto dela - Levem ela daqui e tranquem ela novamente em seu quarto. E deixem ela sem comida e sem água por mais uma noite.

-Sim vossa majestade! - disse um dos guardas.

Eles levaram Marinette até o quarto e a algemaram novamente na cama, sem nem mesmo deixá-la tomar um banho ou simplesmente trocar as vestes. Eles saíram e a deixaram só. Tikki saiu de seu esconderijo e voou até ela, a abraçando de imediato.

-Eu vi tudo. - disse a pequena - Foi horrível, Marinette! Eu sinto muito.

-Eu estou bem, Tikki, não se preocupe.  - disse ela acariciando a Kwami.

-Eles te deixaram sem comida outra vez, não é?! - Marinette assentiu com tristeza - Já é o terceiro dia. Como você ainda consegue se manter em pé?

Entre Máscaras e ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora