A História de Marinette

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Marinette se sentou na poltrona e todos os outros se sentaram na frente dela. Alguns no chão, outros no sofá. Marinette estava assustada. Nunca havia contado a ninguém sobre a sua vida, sobre o seu passado. Mas era preciso. Tinha pouco tempo e precisava de ajuda. Sem dizer que também havia envolvido eles em seus problemas.

-Eu realmente não sei como começar. - disse ela torcendo os próprios dedos.

-Que tal pelo começo? - disse Chloe jogada no sofá.

-Chloe! - disseram todos em desaprovação.

-O quê? Mas é o certo. Ou ela vai começar pelo final? Não tem lógica minha gente.

-Amiga, fica quietinha, por favor. - pediu Alya.

A loira abri a boca, mas logo a fechou, fazendo um bico e cruzando os braços. Marinette riu e balançou a cabeça. Suas mãos estavam tremendo. Tikki se sentou na perna dela e colocou suas patinhas sobre as mãos da azulada, lhe incentivando a seguir em frente.

-Bom... Quando eu era criança, meu pai morreu, deixando minha mãe, minha irmã gêmea mais nova e eu, sozinhas. Minha mãe se virou para continuar o trabalho da família. Um dia, recebemos uma ameaça. Minha mãe ficou em um conflito. Se ela aceitasse o desafio do seu oponente, pessoas sairiam mortas e feridas. Mas se recusasse o desafio e aceitasse a proposta, ela estaria condenando a própria família. Ela decidiu sacrificar a sua própria vida e a da sua família, para proteger aqueles que estavam de baixo de suas asas. Ela se casou com seu inimigo.

-Espera...sua mãe se casou com o próprio inimigo? - disse Kim espantado.

-Infelizmente, foi a única coisa que ela podia fazer.

-A vida das outras pessoas eram mais importantes do que a da própria família dela? - disse Chloe.

-Você não faz ideia. - disse Marinette com um sorriso triste - Alguns meses após o casamento, ele percebeu que minha mãe não era o tipo de mulher que se domava, e isso era uma ameaça a ele. Então ele a envenenou.

-O mesmo veneno que me deram. - disse Juleka.

-Ele mesmo. Ela começou a adoecer. Nenhum médico ou curandeiro sabia identificar o motivo da doença, e só passavam remédios para aliviar a dor. Mas ingerir outros tipos de remédios, acelera o veneno no sangue ao invés de retardar. Um dia, um arborista descobriu a causa e disse que sabia o tratamento. Meu padrasto disse para eu e minha irmã ficarmos no quarto com a minha mãe, para ficar de olho e depois fechou a porta. Passou-se horas. Minha mãe começou a se contorcer. Depois ela entrou nos estágios finais. Ela se mordia e com os dentes e as unhas, arrancava a própria carne. Minha irmã chorava e gritava em desespero, e a única coisa que eu podia fazer, era abraçar ela. Afinal, éramos apenas crianças. Quando ela começou a vomitar sangue, eu mesma entrei em desespero. Tremia dos pés a cabeça. Até que ela finalmente faleceu, encerrando sua tortura.

-E o seu padrasto? - questionou Nino.

-Nós tentamos pedia ajuda, mas a porta estava trancada. Batemos até machucarmos as mãos, mas ninguém abriu a porta. Uma hora depois da morte, ele apareceu, sozinho. Ele apenas olhou para minha mãe com frieza, e nos mandou para nossos quartos. Minha irmã teve pesadelos durante meses. Meu padrasto tem dois filhos. Mas eu só conhecia o mais velho, já que o mais novo não morava com a gente. Ele se aproximou de mim e me seduziu. Ele conseguiu ganhar o meu coração com tanta facilidade. Eu era só uma garota ingênua na época, que pensava que o mundo poderia ser um conto de fadas. Após um longo tempo de namoro, ele me pediu em casamento. E eu super feliz aceitei. Estava tudo uma maravilha para mim. Até que eu descobri a verdade. Meu padrasto junto com a ajuda do meu noivo, envenenaram a minha mãe e mataram o arborista que havia descoberto sobre o veneno.

Entre Máscaras e ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora