A Chama da Dor

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Depois da votação, Adrien e os demais se levantaram e sairam do castelo, prontos para irem ao encontro de Marinette. Adrien estava apreensivo, pois queria conversar com ela e resolver tudo de uma vez. Não queria perder ela.

-Adrien... - Chamou Nino o fazendo parar - Quando chegarmos lá, deixa a Alya e eu conversamos com ela. Vocês dois acabaram de terminar e isso não ajuda muito a nossa situação.

-Tudo bem. - disse o loiro - De certo modo, acho que ela não iria querer falar comigo mesmo.

-Vai dar tudo certo irmão. - disse o moreno colocando a mão no ombro dele - Ela vai ceder. Afinal, quem resiste a Adrien Agreste?

Ambos riram. Adrien coçou a nuca e olhou para baixo.

-Temo que ela seja uma excessão. Afinal, ela é excessão em muita coisa.

Nino riu. Até mesmo abatido e com os olhos cansados, Adrien conseguia ser bem humorado. Ambos foram tirados de seu momento de descontração, por um grito de Alya.

-Adrien! Nino! Rápido! - gritou a morena.

Ambos foram até ela, onde todos os outros olhavam na mesma direção. Adrien e Nino ergueram o olhar e viram uma grande fumaça sair do meio da floresta.

-Vem da direção do chalé. - disse Juleka.

O coração de Adrien errou uma batida  e sua mente paralisou.

-Marinette... - disse ele saindo de seu transe momentâneo.

Ele correu e montou em seu cavalo, galopando em alta velocidade em direção ao chalé. Ele pedia a Deus que ela estivesse bem. Quando se deu conta, seus amigos estavam logo atrás dele, na mesma velocidade. Assim que chegaram no chalé, eles ficaram estáticos e pasmos. O chalé inteiro, estava coberto por chamas. Adrien pulou do cavalo e se aproximou da porta, mas o calor o fez recuar.

-Marinette! - gritou ele - Marinette! Me responde merda!

-Adrien! - disse Tikki aparecendo ao lado dele ofegante e coberta de fuligem.

-Tikki, cadê a Marinette? - perguntou ele em pânico.

-Ela está lá dentro. Ela não conseguiu sair a tempo e ficou presa. - disse a Kwami em desespero.

-Mais que merda!

Sem pensar duas vezes, ele tirou sua capa e correu para dentro da casa, atravessando o fogo. Ouviu os gritos dos seus amigos mas não se importou.  Ele seguiu em frente, passando pelas chamas que consumiam todo o lugar. Parte do teto já havia caído e algumas madeiras continuavam a cair. Ele subiu pela escada, que deu um tranco ao sentir o peso dele, mas ele não recuou.

-Marinette! - gritou ele - Mari, cadê você?

Nenhuma resposta. Na frente da porta do quarto dela, havia uma tora de madeira em chamas, que impediam a passagem. Ele pegou a madeira e a puxou, queimando as mãos. Olhou para a porta e viu que ainda não era o suficiente. Puxou mais um pouco. Queria abrir a porta no chute, mas temia que ela estivesse perto do porta. Então arrancou a própria camiseta e enrolando em sua mão, puxou a maçaneta, que fez a porta quebrar no meio. A fumaça já havia dominado o lugar, o que dificultava a respiração. Ele adentrou o quarto e olhando em volta, encontrou a azulada jogada no chão, abraçada a uma caixa vermelha. Ele correu até ela e a pegou em seus braços.

-Marinette! Acorda! Está me ouvindo?

Sem resposta. Ele a ergueu e andou em direção a porta, mas antes que pudesse atravessar a mesma, o teto caiu tampando a passagem. Ele olhou em volta. A única saída era a janela.

Entre Máscaras e ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora