Alvo

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Brittany
De volta à cidade, passei pela lanchonete para contar a Laur o que eu havia descoberto, eu olhava fixamente para uma xícara de café preto enquanto ela devorava um lauto café da manhã, o mais completo de todo o cardápio. de dia ou de noite, a garota comia feito um leão. mas eu estava sem fome, não conseguia pensar em nada, a não ser na minha missão fracassada e na agente que havia puxado meu tapete. passei o dedo na minha orelha lascada, ninguém havia chegado tão perto assim de cravar uma bala nos meus miolos.
Dois atiradores na mesma praça, já ouviu falar de coisa parecida?
Não que eu me lembre — disse Laur, mastigando uma bocada de ovos e torrada. — você viu o cara direito? — como se a situação não fosse estranha o bastante, algo na figura da minha inimiga martelava na minha cabeça, tentava me lembrar do que poderia ser.
Não era muito alto ou..alta, metro e sessenta, metro e setenta no máximo.— "não muito mais alto que Sany" pensei, foi então que me dei conta. — não tenho tanta certeza assim de que era um homem, pela fisionomia vi que parecia uma mulher. — Laur deixou o garfo cair no prato e, de olhos arregalados, disse:
Você pegou uma surra de outra mulher? Santana ficaria uma fera se souber que está brincando de gato e rato com outra pessoa au! Não gostei nem um pouco do jeito que ela resumiu a situação.
Se mencionar Santana dessa forma novamente, vou fazer questão de deixar você sem seus movimentos por um bom tempo.. mas sim peguei uma surra de outra mulher — admiti, girei no banco para olhá-la de frente. — Laur, a mulher era uma profissional. — Laur deu de ombros e voltou à comilança. depois disse:
Você também é profissional, e nesse caso não vai ser difícil saber quem é. não tem muitas gatas nesse ramo, tem? — ela tinha razão, isso eliminaria a grande maioria de todos os agentes ainda em atividade, Laur seguiu uma garçonete com os olhos.
Eu adoraria levar uma surra daquela ali... — os sentidos de Laur para as mulheres era quase tão aguçado quanto seu apetite por ovos e bacon, esperei pacientemente até que ela se desse conta de que eu ainda estava ali.
Você tem mais alguma pista? — ela disse, voltando finalmente para nossa conversa. Eu tinha, o Laptop que encontrara nos escombros. estava bastante avariado, mas não morto e eu conhecia uma garota capaz de operar milagres com pedaços retorcidos de metal. bebi um último gole de café e me virei para ir embora.
A gente se vê mais tarde, Jauregui.— entrei no quartinho dos fundos de uma oficina de desmanche digital e procurei por um geniozinho da eletrônica chamada Felicity Smoak. ela estava debruçada sobre uma mesa coberta de quinquilharias, uma espécie de cemitério de computadores com aquele cabelo espetado e aquela camiseta do White Stripes, lembrava muito mais uma babá do que o génio que de fato era. disse a ela que tinha um laptop ligeiramente avariado e ato contínuo, coloquei a máquina sobre o balcão para que ela a examinasse. Felix examinou o volume amorfo e fumegante em que tinha se transformado o laptop.
Apagou uma fogueira com ele? — perguntou, cética. respondi apenas com um sorriso.— quer saber o que eu acho? — ela disse, limpando as mãos com um trapo, redobrei a atenção, esperançosa.
Melhor você comprar um computador novo.
Mas este tem um valor sentimental para a proprietária.
E quem é essa proprietária? — abri um sorriso inocente e disse:
Era isso mesmo que eu gostaria que você descobrisse pra mim. — Felix crispou os lábios e examinou a máquina.

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Sra. & Sra. Lopez (Brittana)Onde histórias criam vida. Descubra agora