O plano

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desculpem a demora, depois de enrolar mt terminei de ler as vantagens de ser invisível, achando que eu não tinha sofrido o suficiente, em seguida fui assistir o filme ksksjs vocês ouviram meu choro da casa de vocês? (e..se eu adaptar esse....?)
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Santana
Então saímos vivas daquela enrascada. não sei se por causa, ou apesar, do nosso trabalho em equipe e depois? tantas mentiras... o casamento dela, os meus pais... que chances nós ainda teríamos como um casal? na noite anterior eu cheguei a achar que finalmente havíamos nos reencontrado mas a realidade mostrou as suas garras logo na manhã seguinte, e agora eu já não sabia de mais nada. às vezes as coisas se quebram de tal forma que inviabilizam qualquer possibilidade de reparo. Britt e eu olhamos uma para a outra e depois para a rodovia.
Alguma sugestão pro café da manhã? — perguntei.
Deixei minha carteira em casa.
— A gente pode voltar — sugeri. Britt olhou para mim e visivelmente triste, fez que não com a cabeça. é, ela tinha razão.

Brittany
Quando apareci na lanchonete, Lauren estava tão entretida com a montanha de comida à sua frente que sequer notou minha presença. só me viu quando levantou a cabeça do balcão para conferir a bunda da garçonete.
Brittan! — ela disse. — Poxa, até que enfim!
Bom dia, Lauren. — Ela me pegou pelo braço e foi logo perguntando: — E então, eliminou seu carma? — fiz um sinal para ela, indicando que não estávamos sozinhas. sentada no banco ao meu lado, Sany sorriu para Lauren com uma gentileza que ela certamente não merecia.

 sentada no banco ao meu lado, Sany sorriu para Lauren com uma gentileza que ela certamente não merecia

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acho que foi a primeira vez que vi a garota enrubescer.
Bem, deixa eu me corrigir... — mas Sany foi direto ao assunto.
Jauregui, nós temos um probleminha.
— Não, não — ela retrucou com sarcasmo. — Os viciados em crack têm um probleminhas. vocês duas...como posso dizer... — Lauren girava a mão no ar como se procurasse palavras para descrever um vinho raro. — Vocês duas estão fodidas! — não era exatamente isso que eu gostaria de ter ouvido.
Pode ser — falei.
Pode ser? — exclamou Lauren. — Todo o nosso pessoal está atrás de você, idota! e provavelmente o pessoal dela também!
— Mas você, não — observei. Lauren balançou a cabeça e voltou a atenção para a bomba calórica à sua frente.
Hoje estou fazendo uma espécie de operação tartaruga, se é que você me entende — ela resmungou. — Pelos velhos tempos e você me deve uma grana, eu acho. — garçonete parou ao nosso lado e, sorrindo ao mesmo tempo que mascava uma bolota de chiclete, perguntou: — E aí, vão pedir alguma coisa?
Um waffle com manteiga e a metade de um mamão — respondi. — E algumas torradas de pão de centeio para a senhorita.
— Bem douradinhas, por favor — acrescentou Sany. Lauren levantou sua xícara.
E pra mim um pouco mais de... —mas a garçonete já tinha ido embora, talvez já soubesse da sovinice de Lauren para as gorjetas. Sany colocou a mão esquerda sobre a minha, um gesto delicado e manso, e pela primeira vez percebi que ainda usava nossa aliança de casamento, senti um repentino aperto no coração. virei-me para Lauren e disse:
Você não acha que se a gente pedir desculpas eles dão o nosso emprego de volta, acha?
Se ela trabalha para quem eu desconfio que ela trabalha... — Lauren olhou para Sany à espera de uma confirmação, ela confirmou com um gesto da cabeça. — ...então você é a coca-cola e ela é pepsi. árabes e judeus. tom e jerry. — Lauren estava claramente preocupada. — Quando alguém sai do controle deles, aí não tem mais volta.
— Então o jeito é fugir. — disse Sany sem mais nem menos, eu já havia pensado naquela possibilidade mas no nosso mundo, fugir não era lá uma coisa fácil de fazer.
Na sua opinião, quais são as nossas chances? — perguntei.
Cada uma pro seu lado? — Lauren varreu o último pedaço de ovo com uma torrada e mandou tudo para dentro. — Nesse caso eu diria uma chance em dez. Juntas, uma chance em cem. — não imaginava que a situação pudesse ser tão ruim assim. xinguei alguma coisa baixinho. Lauren não tinha o menor discernimento quando o assunto era comida, mas era bastante confiável quanto a todo o resto.
Ei — ela disse, até com certa doçura, enquanto se afastava do balcão — Deve haver um motivo pra Deus ter criado o divórcio consensual.— Sany e eu precisamos de alguns segundos para digerir aquelas palavras. subitamente fiquei sem fome. cancelamos nosso pedido, deixamos uma gorjeta sobre o balcão e saímos da lanchonete. sem dizer palavra, caminhamos lentamente pela calçada até chegarmos ao estacionamento. ali paradas, esperei que Sany se afastasse primeiro. sei lá, queria uma última olhada ou qualquer coisa assim mas ela não se mexeu, esperando que eu me afastasse primeiro. que diabos a gente podia fazer? o mundo inteiro parecia contra nós duas. colocávamos uma a outra em perigo só por estarmos juntas no mesmo quarteirão. nossos olhares se entrelaçaram, provavelmente pela última vez.

no entanto

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no entanto... quando demos por nós estávamos atravessando a rua, juntas, em direção a uma van. algo nos mantinha conectadas, eu não tinha a mais vaga ideia do que poderia ser e tampouco queria saber, mas havíamos chegado à conclusão de que estávamos juntas na mesma enrascada. pelo menos por ora e "por ora" era tudo que nos havia sobrado.
A gente precisa de alguma coisa pra barganhar em troca das nossas vidas. — eu disse. Sany concordou.
Algo ainda mais importante pra eles do que ver a gente pelas costas. — caramba, eu quase podia ver o computador rodando dentro daquela cabecinha linda, surfando a web daquela mente brilhante e de repente ela sorriu. como o gato de Alice. Havia encontrado a resposta.
O que foi? — Sany me contou sua ideia. ela bolou um plano! mais que isso, tinha coragem suficiente para colocá-lo em prática, de início hesitei em concordar com ele. não queria mais um motivo para admirá-la mas a ideia era boa. poxa, se a gente tivesse uns dez minutinhos para...mas o tempo era fundamental, como ela mesma havia dito. cada segundo que esperávamos era um segundo a mais para que alguém de nossas agências colocasse uma bala na nossa testa. o plano? nós iríamos atrás de Benjamin Danz. isso mesmo. aquele filho da puta de quem estávamos atrás quando ambas tentamos nos matar, no calor insuportável daquele deserto. todo mundo queria o cara: minha agência, a agência de Sany, o FBI. por quê? não tínhamos a menor ideia mas sabíamos que, se conseguíssemos botar as mãos nele, talvez pudéssemos barganhar algum tipo de acordo que nos tirasse daquela situação infernal. aparentemente o FBI guardava o homem no palácio da Justiça Federal. fiquei ali, digerindo a novidade, tive de me esforçar para não reagir como uma criança, mas, porra, trezentos e doze era um número muito alto de alvos derrubados! um bip soou em um dos monitores mas eu mal percebi. foi preciso que Sany me alertasse com uma cotovelada.
O neném está no berço — ela disse, já totalmente concentrada no trabalho. — Está pronta?—  fiz que sim com a cabeça, vesti as últimas peças de equipamento e desci da van.
Trezentos e doze... — resmunguei. e bati a porta atrás de mim.

Sra. & Sra. Lopez (Brittana)Onde histórias criam vida. Descubra agora