Dança

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e lá vamos nós, boa leitura honeys.
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Santana
Mais uma viagem de táxi pelas ruas da cidade. luzes cintilando como diamantes no ar fresco da noite. eu tinha tomado um banho rápido e trocado de roupa: a máquina mortífera acabara de cumprir uma missão e agora podia trocar computadores e armas por novos adereços: batom, rímel, meu vestido favorito, sapatos de salto alto. o táxi parou junto ao meio-fio e um porteiro me ajudou a sair. diante de um dos restaurantes mais sofisticados de Nova York, conferi minha aparência no reflexo sobre a janela de vidro laminado. o vestido sempre me favorecia: preto, feminino, sexy.

(N/A: de novo esse pq uma coisa não tem nada a ver com outra, o cabelo dela está 100% natural todo ondulado/enrolado) eu estava de volta ao papel de Santana Lopez, mulher e esposa

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(N/A: de novo esse pq uma coisa não tem nada a ver com outra, o cabelo dela está 100% natural todo ondulado/enrolado)
eu estava de volta ao papel de Santana Lopez, mulher e esposa. "não", meu coração lembrou: "esposa, não. viúva." Santo Dios, eu precisava beber alguma coisa. então entrei, mal reparando nos olhares de admiração que me seguiam enquanto o maitre me conduzia até a mesa. mesa para dois.
Champanhe, por favor — eu disse enquanto me sentava.
Pois não, sra. Lopez. — as pessoas me conheciam ali. Brittany e eu éramos assíduas frequentadoras. aquele era ou melhor, tinha sido um dos nossos restaurantes prediletos. pisquei as pálpebras para afugentar as lágrimas que ameaçavam brotar em meus olhos e examinei o ambiente, em parte por instinto e hábito, em parte por curiosidade. a sala parecia fervilhar de pessoas felizes. amigos, familiares, casais apaixonados... pelo menos todo mundo estava com alguém. a solidão não era nenhuma novidade para mim. boa parte da minha vida eu tinha passado sozinha, mesmo quando criança mas naquela noite... eu nunca havia me sentido tão sozinha. fechei os olhos e dei um longo gole no champanhe, desejando que aquela efervescência contaminasse meu espírito. afinal, não me faltavam motivos para comemorar, certo? eu havia sobrevivido ao desmantelamento de uma situação que já não se mostrava mais operante. afrase era boa, precisava anotá-la. mas, pensando bem... os casais se separavam a toda hora e em razão dos conflitos mais banais. caramba, eu não tinha tido um conflito com a minha esposa, tinha tido uma verdadeira guerra com armas, explosivos, o escambau. não podíamos simplesmente dizer uma a outra: "então tá, valeu, a gente se vê por aí". nosso relacionamento era de outra natureza, do tipo "matar ou morrer" até que a morte nos separe. naquela ânsia de dizer o tão esperado "sim", ninguém realmente pára para pensar nessas palavras. então era isto: nossos joguinhos de amor e ódio tinham chegado a seu fatídico fim. eu tinha vencido e por sorte ainda estava viva. no entanto, ao depor a taça de cristal sobre a toalha impecavelmente branca, tive a impressão de que à minha frente o prato e os talheres intocados e a cadeira vazia zombavam de mim. meu coração não se deixava convencer de que estávamos ali para comemorar. de repente, risadas misturaram-se aos meus pensamentos. tentei desesperadamente descobrir de onde elas vinham. não deveria ter olhado. vinham de duas pombinhas apaixonads, sentadas em um canto distante, totalmente imersas na adoração uma da outra e alheias a tudo a mais que se passava ao redor, inclusive à vexaminosa expressão de inveja que decerto cobria meu rosto. lembrando a mim mesma de jamais desejar o impossível outra vez, levantei a taça vazia entre os dedos e como se tivesse lido meus pensamentos, um garçom surgiu ao meu lado para servir mais um pouco do champanhe.
Obrigada. — murmurei, piscando os olhos para limpar a umidade.
Madame. — dios, essa falou igualzinho a Brittany, então olhei para a mulher... e quase dei um grito de susto! pois era Brittany quem estava ali! viva e com todos os ossos no lugar... mas como? bolhas parecidas com as do champanhe começaram a dançar na periferia do meu campo de visão, como se pedissem que eu desviasse o olhar. mas segurei firme e devolvi o olhar fixo de Brittany. santo dios, além de viva, ela estava absolutamente linda naquele terno escuro.

Sra. & Sra. Lopez (Brittana)Onde histórias criam vida. Descubra agora