8.

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A semana se passou com a correria do dia a dia, sexta-feira enfim chegou, Rafaella entrou na sala de Gizelly vendo-a ler o jornal da manhã e colocou o copo com café em cima da mesa, Gizelly a olhou e logo desviou o olhar, Daniel entrou na sala.

– Aqui estão os croquis e os esboços que pediu — Gizelly o olhou assim como Rafaella, Daniel retribuiu o olhar para a morena e recebeu uma piscadela — As três faremos os últimos ajustes do vestido.

– Tudo bem — Disse saindo da sala.

– Não vai contar, não é?

– Não, eu não vou — Disse Gizelly olhando os desenhos.

– Do que tem medo Gizelly? Acho que em todos esses anos, eu nunca te vi deixar pra lá um assunto assim.

– Apenas não quero que ela vá embora.

– E por que ela iria?

– Talvez porque recebeu uma declaração de amor vinda de mim.

– Não acho que seja para tanto — Rafaella chegou à porta da sala.

– Com licença Gizelly — Gizelly a olhou — Estou indo buscar os documentos e materiais que pediu se precisar de algo basta ligar no meu celular.

– Não esqueça de trazer meu almoço, quero ao meio dia em ponto.

– Tudo bem — Rafaella saiu da sala.

– Daniel, eu não estou vendo aqui o desenho que pedi para que fosse feito para a nova campanha.

– Estão dando os últimos ajustes.

– Tudo bem, quero o livro, mande Rafaella levar até minha casa às oito.

– Está bem, o seu vestido já está pronto, mandarei que ela o leve também.

– Ótimo — Disse fechando o livro — Isso é tudo.

– Qualquer coisa me chame —Disse levantando — Mandarei Ivy trazer os tecidos para serem avaliados — Gizelly afirmou em um aceno de cabeça e Daniel saiu da sala deixando-a para trás, ela ré encostou-se na cadeira e pegou o café virando para a janela, em tão pouco tempo Rafaella havia virado seu mundo de pernas para o ar, havia lhe deixado frágil apenas com um simples olhar, um simples sorriso, ela não estava disposta a ser fraca diante da situação, mas era algo inevitável, Rafaella tinha esse poder sobre ela e não era necessário muito para que todo o gelo derretesse, ela sabia disso, porém Rafaella não precisa saber, pelo menos não por enquanto.

Às horas se passaram, Gizelly estava atenta ao notebook quando Rafaella entrou na sala carregando muitas pastas e sacolas, Gizelly mordeu os lábios para segurar o riso ao vê-la tão atrapalhada e voltou à atenção ao que fazia, Rafaella colocou o almoço dela em cima da mesa e logo começo a separar as pastas, murmurando palavrões quando fazia algo errado, Gizelly a olhava vez ou outra e logo desviava o olhar.

Assim que tudo estava pronto Rafaella saiu da sala sem dizer uma só palavra, estava evitando olhar para a editora, não queria encontrar aquele par de olhos castanhos, pois já não aguentava mais o desejo de beijá-la e não demoraria para que o fizesse, principalmente se continuassem tão próximas, não poderia perder o emprego, muito menos perder algo que não tinha, Gizelly.

Rafaella olhou para a mesa vazia de Bianca que obviamente havia saído para almoçar, o seu celular tocou e ela logo tratou de atender, sorriu ao ouvir a voz da mãe do outro lado, Gizelly que a observava pelo vidro da sala fechou o semblante, não sabia com quem Rafaella falava, mas o sorriso que carregava não lhe agradava nem um pouco.

A que eu não podia amar ( GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora