40.

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A semana se passou rapidamente, Rafaella mal havia trocado um palavra com Gizelly e no fim de semana não ficaram juntas.

A segunda chegou rapidamente junto com a correria que sempre habitava na Runway, Rafaella percebeu que Gizelly estava estranha, mas não iria perguntar o motivo, não no momento, acabou de anotar tudo o que Gizelly precisava fazer durante a tarde e durante o dia seguinte.

Gizelly passou o dia entre revisões e reuniões, estava exausta e completamente arrependida de ter procurado Harley para fazer a capa, mas devia admitir que ela era a melhor que já havia passado pela Runway, mal havia olhado para Rafaella durante aquela manhã e se sentia horrível por não contar, sabia que a morena estava com ciúmes e tinha medo que isso tudo conturbasse algo que apenas estava começando, respirou fundo olhando para o lado de fora vendo Rafaella completamente atenta ao que fazia e sentiu o coração apertar, tentou voltar ao que fazia, mas sabia que seria algo quase impossível.

Às horas se passaram, Gizelly foi embora sem ao menos direcionar o olhar para Rafaella, o que deixou a morena completamente confusa, Rafaella saiu da Runway e seguiu para casa, sua mãe já havia ido embora durante a manhã, encontrou Manu na sala.

- Tudo bem?

- Eu vou tomar um banho, depois nos falamos.

- Está bem - Rafaella seguiu para o quarto, logo tomou um banho e voltou para a sala e sentou ao lado da amiga - Agora diz, o que houve?

- A Gizelly está estranha, ela me ignorou o dia inteiro, mal me olhou e até agora nem ao menos uma ligação.

- Talvez ela esteja ocupada.

- Gizelly é do tipo de pessoa que faz mil coisas ao mesmo tempo, algo aconteceu.

- Talvez ela tenha te ligado esse tempo que você estava no banho, mas se não ligou, ligue você Rafa, talvez ela esteja sentindo algo e não quis dizer.

- Eu vou olhar meu celular.

- Está bem, quer jantar?

- Não, eu estou sem fome - Disse se levantou - Boa noite.

- Boa noite Rafa e fica tranquila, não deve ser nada - Rafaella não disse nada, apenas seguiu para o quarto, fechou a porta e seguiu em busca do celular, assim que pegou discou o número de Gizelly, esperou alguns minutos e logo foi atendida.

- Alô?

- Gizelly, é... - Ela respirou fundo e fechou os olhos - Está tudo bem?

- Sim Rafaella.

- Por que saiu daquela forma e no fim de semana nem ao menos me procurou - Gizelly sentia às lágrimas caírem, sentia o sofrimento de Rafaella pelo jeito de sua voz.

- Eu tinha algumas coisas para resolver, mas podemos jantar amanhã aqui em casa, acha que sua amiga se importa em ficar com as meninas?

- Não... Eu acho que não.

- Tudo bem... - Gizelly respirou fundo - Rafaella, Harley chega amanhã às seis, quero que pegue ela e a leve para o hotel que ficará, a sessão de fotos dela é na quarta e quanto antes isso terminar, mais rápido ela vai embora, não quero que prolongue a estadia dela aqui.

- Está bem.

- Não estou pedindo isso porque quero você perto dela, mas é o trabalho.

- Eu sei, não quero que nossas vidas pessoais se misture ao trabalho - Disse quase em um sussurro - Eu vou te deixar descansar, até amanhã.

- Até - Gizelly desligou respirando fundo, precisa achar uma forma de contar para Rafaella sobre o que Harley havia feito, mas qual seria a melhor forma para isso? Como não abalar o que tinham? Não sabia, mas não iria perder Rafaella.

A que eu não podia amar ( GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora