38.

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Gizelly terminou de se vestir e seguiu para o restaurante do hotel, assim que chegou viu a mulher de cabelos lisos e castanhos sentada e se aproximou.
– Harley — Disse séria, Harley sorriu.
– Gizelly, sente-se — Gizelly sentou e a olhou — A que devo a honra da sua procura? Sentiu saudades?
– Nem um pouco, estou muito bem em minha relação, se procurei você foi extremamente profissional — Harley se inclinou sobre a mesa a olhando com atenção.
– O que quer?
– Que seja a modelo da próxima capa da Runway — Foi direta.
– Trabalhar outra vez com você, iremos nos divertir como a última vez? — Perguntou com um largo sorriso.
– Mas é claro que não, já disse que estou em uma relação e muito bem com ela, quer saber Harley, esqueça, você não sabe ser profissional, eu tenho muito o que fazer — Disse se levantando e saiu seguindo para o elevador, Harley a seguiu, entraram no elevador juntas.
– Tudo bem, eu aceito — Disse próxima ela, Gizelly a olhou pelo susto de ser agarrada e logo foi beijada, manteve os lábios parados, sentiu a mão de Harley adentrar suas pernas por baixo do vestido.
– O que está fazendo, Harley? — Perguntou virando o rosto, Harley a mordeu no pescoço.
– Matando a saudade — Gizelly a empurrou.
– Nada irá acontecer, entendeu bem? Agora saia — Disse séria, as portas do elevador se abriram, Gizelly saiu a passos rápido, entrou no quarto e logo seguiu para o banheiro, tomou um banho e se preparou para o evento.
As horas se passaram, a chuva caia como se um dilúvio estivesse prestes a acontecer, ela pegou o celular ligando para o aeroporto, foi informada de que os vôos haviam sido cancelados, ligou para Rafaella que atendeu no segundo toque.
– Alô?
– Rafaella?
– Oi Gizelly, não vi que era você, apenas peguei o celular.
– Preciso que consiga um vôo para mim, o mais rápido possível.
– O que houve com o seu vôo?
– Está uma chuva horrível aqui, com muito vento, cancelaram o vôo.
– Amor, eu não sei o que posso fazer, se eles cancelaram os vôos por causa da chuva, não há nada a ser feito.
– Amor? — Perguntou surpresa e sorriu, só então Rafaella se deu conta do que havia dito.
– Perdão — Disse rápido.
– Não precisa se desculpar, vida.
– Mas como eu dizia, se cancelaram, eu não tenho como conseguir um avião pra você, até porque ninguém quer voar com um temporal e eu não te colocaria em risco — Gizelly sorriu — Espere a chuva passar e pegue o primeiro vôo de volta para meus braços, estou morrendo de saudades.
– Eu também vida, você não faz ideia de como.
– Mais do que a minha não é, te garanto, agora se acalma e descanse um pouco, vai ver que daqui a pouco estará aqui comigo.
– Já que não há outro jeito.
– Fique tranquila, nós estamos esperando você.
– Tudo bem — Disse sem ânimo, Gizelly desligou e jogou o celular na cama, sentou respirando fundo.
Rafaella colocou o celular na bancada da cozinha e seguiu para o armário.
– Mamãe não vem hoje? — Camila perguntou parada na porta, Rafaella a olhou vendo-a se aproximar do balcão.
– Não sei meu bem, ela está presa por causa de uma tempestade, só poderá voltar quando estiver passado.
– Você chamou ela de amor — Disse rindo da morena, Rafaella a olhou assustada.
– Você ouviu?
– Sim, você ficou vermelha pedindo perdão — Voltou a rir.
– Não deboche Cami — Camila gargalhou e Rafaella a beijou na bochecha.
– Podemos colocar um colchão na sala para esperarmos ela?
– Claro, peça para a Manu pegar no armário do quarto de hóspedes que ela está.
– Tudo bem — Camila saiu depois de abraça-la.
Genilda olhou para a filha que mexia na panela que acabava de por no fogo.
– Ela gosta muito de você — Rafaella olhou para a mãe e voltou a atenção ao que fazia.
– E eu delas.
– Rafaella, eu ainda acho uma loucura essa relação, quero netos, entende? Você é minha única filha.
– Mamãe... — Disse a olhando.
– Não estou criticando você — a interrompeu — Quero sua felicidade e se ela será com essa mulher, eu tentarei aceita-la em nossa família e já estou avisando que eu quero netos.
– Sabe que existe meios para isso.
– Eu sei, evolução — Revirou os olhos, Rafaella riu e voltou a mexer na panela.
– Rafa — Carolina entrou na cozinha.
– Oi meu bem.
– Não estamos encontrando a bomba para encher o colchão.
– Está na lavanderia — Carolina afirmou e saiu, Rafaella terminou de fazer a pipoca com a ajuda da mãe e levou para a sala, encontrou Manu e as meninas tentando encher o colchão — Vou buscar o lençol e os travesseiros.
Rafaella voltou depois de alguns minutos, assim que terminaram de arrumar tudo, sentaram começando a assistir.
As horas se passaram, Genilda foi se deitar no quarto, estava cansada. Rafaella, Manu e as gêmeas ficaram assistindo até pegarem no sono.

A que eu não podia amar ( GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora