42.

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Rafaella chegou no aeroporto no horário dado pelo pessoal da companhia aérea, seguiu para o portão de desembarque e esperou alguns minutos, assim que os passageiros começaram a sair, ela segurou o pequeno papel com o nome de Harley escrito em negrito, a mulher magra de cabelos castanhos logo se aproximou.
– Harley?
– Sim, Gizelly quem mandou você?
– Sim, sou assistente júnior dela.
– Ah ótimo, Gizelly sempre pensa em tudo — Disse sorrindo abertamente deixando Rafaella completamente em chamas por conta do ciúmes.
– Suas malas?
– Estão... Deixe-me ver — Olhou em volta — Ali — Apontou.
– Henry irá pega-las — Disse e olhou para o motorista, esse se afastou indo pegar as malas e logo seguiram para o carro, entraram e logo partiram para o hotel.
– A quanto tempo trabalha com Gizelly?
– Alguns meses — Disse sem olha-la, tinha náuseas apenas ao olhar para a modelo.
– Por isso não me lembro de você, quando trabalhei na Runway, era a outra morena de olhos escuros que trabalhava lá, ela ainda está lá?
– Sim.
– Fiquei muito feliz com o convite da Gizelly, estava louca de saudade só não imaginava o quanto, mas depois do beijo que demos dentro daquele elevador e de sentir o quão molhada ela conseguia ficar apenas com um toque, me fez querer recupera-la — Rafaella apenas ouvia em silêncio, segurava a vontade de chorar, não o faria na frente daquela mulher só não sabia se faria o mesmo na frente de Gizelly — Nós nos amávamos com tanta intensidade, com tanta entrega, eu errei muito em expor tanto, Gizelly é muito focada no trabalho, jamais deixaria que a mídia soubesse do nosso caso, mas sei que agora será diferente, quando falei com ela ontem, senti que talvez minha estadia possa demorar um pouco mais, tenho certeza que poderei tê-la outra vez.
Harley dizia cada palavra bem segura de si, Rafaella virou para a janela e fechou os olhos com força contendo a vontade de chorar, o carro parou em frente ao belo hotel e logo a porta foi aperta por Henry.
– Henry vira busca-la às oito para leva-la para a Runway.
– Perfeito — Sorriu largo e saiu do carro, Henry fechou a porta e logo entrou.
– Para onde senhorita?
– Para a casa de Gizelly — Disse com a voz embargada, Henry deu a partida, Rafaella encarou o lado de fora, pensando em tudo o que havia escutado, nem ao menos percebeu quando o carro parou em frente a casa da editora.
– Senhorita — Rafaella o olhou vendo que ele já havia aberto a porta.
– Sim?
– Chegamos.
– Obrigada Henry.
– Devo espera-la? — Perguntou quando ela saiu do carro.
Rafaella olhou para a casa e depois para o homem parado em sua frente.
– Não... Você pode ir — O homem afirmou com um aceno de cabeça, Rafaella seguiu para a entrada da casa, parou na porta e segurou a maçaneta, ao mesmo tempo que queria sair dali, queria ficar, fechou os olhos e abriu a porta.

A que eu não podia amar ( GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora