16.

1.5K 176 4
                                    

O fim do dia finalmente chegou, Rafaella guardou tudo o que precisava ser guardado, se levantou e seguiu para a sala de Gizelly, vendo-a de costas para a porta, colocou as pastas em cima da mesa e saiu da sala.

Gizelly virou a cadeira olhando-a guardar as coisas na bolsa e logo seguiu para o elevador, Rafaella respirou fundo assim que as portas se fecharam e se apoiou na parede gélida do elevador, quando saiu da Runway pegou um táxi e seguiu para o seu apartamento, cumprimentou o porteiro com um breve aceno de cabeça e entrou.

Ao chegar à porta do apartamento viu uma caixa média no chão, aproximou-se vendo que havia papel com seu nome escrito e a pegou, entrou em casa e seguiu para a cozinha, colocou a caixa em cima da mesa e foi para o quarto, seguiu para o closet, se despiu vestindo o roupão, logo entrou no banheiro, após um breve banho colocou uma calcinha e uma camisa de dormir, colocou meias e seguiu para a cozinha, começando a preparar um molho enquanto a massa cozinhava, olhou para a caixa e abaixou o fogo, seguiu para a mesa e abriu a mesma vendo uma garrafa de vinho dentro da mesma, observou a garrafa vendo que era um Primitivo Di Manduria Dal 1947 um dos melhores da carta de vinhos italianos, ela seguiu para a pia e pegou o saca-rolhas e abriu sentindo o maravilhoso aroma de frutas negras maduras com um toque de baunilha.

Pegou uma taça e colocou certa quantidade, levou à taça a boca, deixando molhar seus lábios, a colocou de lado e foi ver o molho, desligou o fogo e escorreu a massa, escutou a campainha e seguiu para a porta confusa, pensando que seria algum vizinho, pois o porteiro nem ao menos havia anunciado, abriu a porta ficando surpresa ao ver Gyzelly, o olhar da mulher a sua frente desceu por seu corpo e depois voltou pelo mesmo caminho a olhando nos olhos, fazendo Rafaella se arrepiar por completo.

– O que faz aqui? — Perguntou por impulso.

– Posso entrar? — Rafaella lhe deu espaço, completamente corada, Gizelly aspirou o cheiro que habitava o local.

– Em que posso ajuda-la, Gizelly? Algo de trabalho? — Gizelly a olhou depois de passar o olhar pelo ambiente, havia outra decoração.

– Não — Disse olhando Rafaella nos olhos — Vim para falarmos de ontem a noite.

– Você passou o dia inteiro me ignorando e agora quer falar sobre ontem à noite? — Perguntou irritada.

– Acha mesmo que eu irei envolver meu trabalho com minha vida pessoal, Rafaella? Não seja tola.

– Eu não estou dizendo para que envolva, mas você foi fria Gizelly, passou o dia inteiro me afastando.

– Não poderia deixar você por perto, não entende que se você ficasse eu iria acabar deixando minha postura de mulher de ferro e me entregaria a algo que há tempos estou tentando controlar — Rafaella a olhou sem reação diante da afirmação — Não posso expor minhas filhas a isso Rafaella, mesmo que seja o que elas mais queiram, por enquanto não posso gritar aos quatro cantos o que sinto, precisa entender isso é tudo muito novo, muito recente, precisamos ir com calma.

– Precisamos?

– Sim, até porque eu não gosto quando quebram promessas feitas as minhas filhas — Disse sorrindo de canto.

– Sabe que não prometi, apenas disse que tentaria, mas não foi uma promessa.

– Bom... Ao menos está valendo - Disse se aproximando, Rafaella sorriu abaixando o olhar — Pode fazer o que quis fazer o dia inteiro — Disse em um sussurro e jogou a bolsa e o casaco em cima do sofá, Rafaella sorriu e se aproximou puxando-a para seus braços, passou o nariz pelo dela vendo-a fechar os olhos.

Gizelly a apertou nos braços e logo sentiu os lábios de Rafaella sugarem os seus com lentidão enquanto segurava seu rosto, o beijo tomou intensidade, Rafaella sentiu as mãos de Gizelly deslizarem por suas costas e apertar sua cintura, Gizelly sorriu ao sentir uma mordida em seu lábio e logo o beijo voltar de forma mais intensa, Rafaella sugou o lábio dela afastando-se ofegante.

– Aceita jantar comigo? — Perguntou próximo aos lábios dela, sendo presa naquela imensidão castanha, Gizelly afirmou e Rafaella voltou a beija-la lentamente e logo se afastou, as duas seguiram para a cozinha, Gizelly sentou-se em frente ao balcão enquanto Rafaella a servia com vinho.

– Gostou do vinho?

– Você quem o mandou? — Perguntou entregando a taça.

– Sim.

– Ele é divino — Disse indo até a pia terminar de preparar a massa, arrumou a mesa e as serviu.

A que eu não podia amar ( GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora