37.

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Rafaella entrou em casa com as meninas, logo viram Manu no sofá assistindo televisão, Manu as olhou.
– Pensei que demoraria Rafa.
– Não, meninas essa é a Manu, minha melhor amiga, Manu essas são Camila e Carolina, filhas da Gizelly.
– Olá — Disseram juntas.
– Oi meninas — Disse sorrindo.
– Venham, irei mostrar o quarto — Rafaella disse e as três seguiram para o quarto, Rafaella colocou as bolsas no closet — Estão com fome?
– Um pouco — Camila disse.
– Eu vou preparar o jantar, tomem um banho e depois podem me encontrar na cozinha, tudo bem?
– Sim — Disseram juntas, Rafaella seguiu para a cozinha, logo Manu apareceu.
– O que você tem? — Perguntou se inclinando no balcão, Rafaella a olhou e negou começando a chorar, Manu foi até a amiga e a abraçou — O que houve Rafa? Brigou com a Gizelly? — Rafaella negou e soluçou.
– Eu estou morrendo de medo Manu, amo aquela mulher mas não tive coragem de dizer, estou com ciúmes, pela primeira vez eu estou com ciúmes dela, eu tenho medo de perde-la, amanhã ela vai encontrar uma tal Harley, elas se envolveram, eu estou tentando ficar tranquila, mas eu não consigo, eu já planejei uma vida com essa mulher, mesmo que estejamos juntas a pouco tempo, amo as filhas dela, a amo, quero poder ter um filho nosso com aqueles olhos que tanto amo, mas eu não consegui dizer isso a ela e agora que essa mulher voltou para a vida da Gizelly, eu estou perdida e se essa mulher for melhor do que eu? E se no lugar de me amar a Gizelly a ame? O que eu vou fazer com meu coração? — Soluçou — Estou arriscando tudo por ela, não que eu me importe, mas eu estou, estou me arriscando sentir, estou arriscando me entregar porque a única pessoa que me entreguei, foi o Rodrigo, entende o que é isso? Estou sem saber o que fazer comigo, isso é sufocante e se quando ela voltar perceber que eu não significo nada pra ela?
– Precisa se acalmar Rafa, isso não vai acontecer, a forma que ela me olhou, não é um olhar de quem não sente nada.
– Gizelly é controladora Manu, gosta das coisas ao modo dela e eu faço tudo o contrário, talvez essa Harley não, talvez seja o tipo de mulher que Gizelly gostaria que eu fosse.
– Olha, vai tomar um banho, relaxa um pouco e se acalma, vai ver que tudo vai ficar bem.
– Rafa, nós já terminamos — Disse Carolina, enquanto entravam na cozinha, Rafaella secou o rosto e as olhou.
– Fiquem aqui com a Manu, vou tomar banho, não demoro — Disse saindo rapidamente da cozinha.
Rafaella após um banho, jantou com as meninas e com Manu, nenhuma das quatro disse nada.
– Podemos ver filme? — Camila quebrou o silêncio.
– Claro querida, vão indo na frente, eu vou limpar a cozinha — As meninas afirmaram e saírem, Manu olhou para amiga que se levantava começando a tirar a louça, preferiu não falar nada, a ajudou em silêncio.
Após um tempo foram para a sala, escutaram a campainha, Rafaella seguiu para a porta e ao abrir se assustou.
– Mamãe.
– Oi querida — A abraçou sorrindo.
– Como descobriu onde eu moro?
– Isso são modos Rafaella?
– Perdão, entra — Genilda entrou puxando uma pequena mala.
– O que faz aqui?
– Vim passar o final de semana com você, como você não vai me visitar, resolvi vir e sobre saber onde está vivendo agora, Manu me disse — Rafaella olhou para a amiga.
– Eu não sabia que ela viria.
– Quem são essas lindas meninas?
– Filhas da Gizelly.
– Aquela mulher além de não dar férias a você ainda fica de babá.
– Mamãe, por favor, fico com as meninas com o maior prazer, Gizelly não me pediu nada.
– E onde ela está agora? Em casa ou em alguma das festas que costuma ir?
– Gizelly está viajando.
– E ainda me diz que não ficou de babá — Rafaella respirou fundo, as meninas as olhava em silêncio.
– Não estou de babá, já disse, é difícil entender?
– Não aumente a voz pra mim, Rafaella Kalimann.
– Então me diga o que a senhora quer?
– Quero saber o que há de errado com você, não nos visita, terminou o seu relacionamento com Rodrigo que é um rapaz tão bom.
– Eu trabalho mamãe, não posso me dar o luxo de ficar viajando — Disse tentando manter a calma — Terminei com o Rodrigo porque não sinto mais nada por ele, estou com outra pessoa.
– Como assim está com outra pessoa?
– Isso que ouviu mamãe, estou namorando com alguém e estou muito feliz com isso.
– E como não comunica sua família?
– E o que a senhora queria que eu dissesse? Que me apaixonei pela Gizelly e que estamos juntas? A senhora já teria vindo aqui começar suas cobranças a muito mais tempo.
– Está com uma mulher? — Perguntou assustada — E ainda sua chefe, logo aquela mulher, não percebe que você é apenas uma diversão? No primeiro momento ela irá trocar você por alguém com mais dinheiro, isso se você não troca-la por alguém mais jovem.
– Eu nunca, ouviu bem, nunca trocaria a Gizelly por ninguém nesse mundo — Disse um pouco alterada, Manu levou as meninas para o quarto e voltou para acalmar a amiga — Amo a Gizelly e nem a senhora, nem ninguém fará com que isso mude.
– Para de ser tola, Rafaella, por Deus, não vê que você é o oposto dessa mulher? Quando ela encontrar alguém que seja como ela, deixará você sem pensar duas vezes — Rafaella se lembrou de Harley e sentiu as lágrimas caírem, Manu a segurou no braço, mas ela se afastou saindo de casa. Manu olhou para Genilda.
– Ela está frágil, dona Genilda e Gizelly é louca pela Rafa, precisa vê a maneira que a olha e que a trata, quando me viu aqui na noite passada quase me jogou pela janela por causa do ciúmes e do medo de perde a Rafa, pude ver em seus olhos.
– Isso não está certo, Manu.
– E o que vale mais? A felicidade da Rafa ou o certo e o errado? Eu vou trás dela, não demoro — Disse deixando a mulher para trás completamente pensativa.
Manu encontrou a amiga parada no meio do corredor, se aproximou abraçando, Rafaella que se permitiu chorar e só voltou para o apartamento quando se tranquilizou, viu a mãe sentada no sofá e seguiu para o quarto vendo as meninas deitadas na cama.
– Você está bem, Rafa? — Perguntou Camila.
– Sim meu bem, me perdoem pelo que aconteceu.
– Não faz mal — Disse Carolina.
– Vem, deita aqui com a gente — Rafaella sorriu e se aproximou, deitou no meio e as duas a abraçaram, tempos depois as meninas dormiam, Rafaella escutou o celular e pegou vendo que era Gizelly, atendeu.
– Oi — Sussurrou e se levantou com cuidado.
– Oi meu bem — Gizelly disse tranquila — Como estão as coisas?
– Bem, tirando a parte que minha mãe chegou aqui e acabamos brigando — Disse seguindo para a varanda, se sentou na cadeira.
– Você está bem?
– Sim, como foi a viagem?
– Tranquila, cheguei agora a pouco, tomei um banho e resolvi ligar, onde estão as meninas?
– Dormindo.
– Vida, você está mesmo bem? — Perguntou preocupada.
– Escutando sua voz tudo fica bem, queria está olhando seus olhos agora e abraçada a você — Gizelly sorriu do outro lado da linha.
– Estou com saudades.
– Eu também, não vejo a hora de que anoiteça para poder está em seus braços.
– Já comecei a odiar essas viagens — Gizelly riu.
– Eu imagino, eu não estou diferente — Ficaram conversando e depois de longas horas, Rafaella se deitou na cama de lado e foi agarrada pelas gêmeas, sorriu e logo se entregou ao sono.

A que eu não podia amar ( GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora