Uma Chance Para O Amor- Segunda Temporada

dança pra mim

Taehyung.

A estrada foi um pouco longa já que moramos um pouco longe do centro onde ficava o nosso restaurante, mal posso acreditar que estava com ciúmes de Jimin pela primeira vez e com Jungkook, obviamente ele me amava já que casou comigo e não com ele.

Mas não posso mudar o que senti ao ver Jungkook com toda aquela intimidade com o meu Jimin, eu posso estar imaginando coisas já que o meu maior medo de todos ainda era perdê-lo. Os três anos que Jimin ficou em coma deitado naquela cama de hospital foram torturantes para mim, eu não tinha mais esperanças quando se passou seis meses e ele não havia tido nenhum tipo de reação que indicasse seu despertar. Mas toda vez que eu estava ao seu lado aguardando que despertasse, sentia uma pequena corrente de vento entrar pela janela enquanto estava sentado em frente à cama. Em meu coração, sabia que Jimin me ouvia, acho que foi por isso que não desliguei aquelas máquinas que o mantinham vivo.

Eu ainda não havia contado para ele, mas eu demorava para dormir quando nos deitávamos à noite e às vezes acordava mais cedo somente para observá-lo enquanto dormia angelical como um verdadeiro anjo, eu tinha medo de um dia acordar de manhã cedo e voltar para aquela cama de hospital. Em meu diário, registrei todos os meus pensamentos dia após dias enquanto ele dormia, todas as minhas anotações eram uma forma de fugir daquilo tudo e encontrar alguma forma de consolo.

- Dorme com os anjos, meu pequeno docinho. Saiba que eu te amo demais, ninguém nesse mundo irá fazer mal para você porque eu não deixarei e nem Jimin irá deixar. - Disse colocando Jennie em seu berço após ter dado sua mamadeira, cuidar de uma criança está sendo uma das melhores experiências em minha vida e eu amava poder ter dádiva divina em ser pai. Eu não era tão preocupado quanto Jimin que vigiava Jennie minuciosamente, mas me sentia um lobo cuidando do filhote e pensar que daqui à alguns anos, a minha pequena Jennie será uma bela e jovem menina que irá arrasar corações de quem quer que fosse e eu irei espantar todos com um taco de beisebol, porque a minha princesinha só irá namorar quando tiver uns 30 anos.

Verifiquei se as janelas estavam bem fechadas para evitar possíveis perturbações ou algo do tipo, coloquei o quarto iluminado com o abajur para que Jennie não ficasse em pleno escuro e saí de seu quarto dando uma última olhada. O nosso quarto ficava logo em frente nos deixando mais perto quando ela chorasse à noite, queríamos ficar o mais perto porque ainda tínhamos medo por causa do passado.

Jimin colocou alarmes pela casa toda com sistema de segurança de última geração, instalou câmeras por todos os lugares possíveis para ter um controle de pessoas e também trancas reforçadas nas portas e janelas que somente abriam com senha.

Pode ser um pouco já que nós dois estávamos praticamente dentro de uma casa com segurança e vigia durante vinte e quatro horas por dia, mas entramos em acordo que todo cuidado é pouco e agora tínhamos uma criança que dependeria de toda nossa atenção. E todo cuidado é pouco depois de tudo o que aconteceu com ele antes.

Entrei em nosso quarto fechando a porta, meus olhos encontraram Jimin se encarando no espelho e analisando o próprio corpo. Eu sabia o que ele olhava, a marca da cicatriz de quando Minho atirou nele há três anos naquele terraço, Jimin me contou que ainda conseguia sentir a sensação de quando a bala entrou em seu corpo e como era uma das piores dores que já sentiu em vida. Quando Minho atirou nele pelas costas, a cicatriz da bala ficou do lado esquerdo na direção de seu coração e mais um pouco acertava. Não que seja impossível salvar alguém que levou um tiro no coração, mas as chances são poucas.

- Jimin, você continua tão lindo quanto antes ainda que seja com essa cicatriz perto do coração. - Fui até ele lhe abraçando pelas costas e lhe beijando no pescoço, eu sabia que ele era inseguro em relação à sua aparência e ainda mais agora com a cicatriz que mostrava a marca que Minho deixou mesmo morrendo naquele dia.