Uma Chance Para O Amor- Segunda Temporada

a briga

Taehyung.

Estávamos praticamente no fim do expediente no restaurante, foi um grande movimento no nosso primeiro dia e foi completamente incrível.

Pela minha experiência, um pouco, em faturamento diários, conseguimos o triplo do esperado em primeiro dia de abertura. Não consegui nem parar direito para poder mexer no celular, consegui somente almoçar e respirar por uma hora antes de voltar para a cozinha. Agora que consegui checar as minhas mensagens no celular, em especial, uma de Jungkook que parecia ser urgente. Deslizei a tela e li a sua mensagem, fiquei praticamente nervoso ao ler o que Jungkook tinha me escrito, era sobre Jimin e parecia ser muito sério pelo jeito.

- Droga, Jungkook... - Respirei fundo, por mais que estivesse morrendo de vontade de saber o que ele queria me contar, eu fiquei com ciúmes disso. Não estava gostando dessa aproximação dele com o Jimin, não estava gostando nem um pouco e iria afastá-lo dele.

- Algum problema, Tae ? - Seojoon saiu do banheiro com a sua mochila, era bom ter ele por perto de novo, mas não tinha um pressentimento positivo sobre isso. Não é normal trabalhar no mesmo local onde tem o seu atual e o ex, era incomum e estranho até demais.

- Uma pessoa que não quero perto de Jimin, não sei como fazer.

- Bom, se quer um conselho e eu sei que quer, coloque em pratos limpos a intenção dessa tal pessoa com o seu... - Parou um pouco, Seojoon não acostumou com a ideia de que não estava mais solteiro e descobriu de uma forma inusitada.

- Não precisa terminar, eu sei que essa situação deve ser totalmente estranha para você.

E era, só que Seojoon é uma pessoa bastante discreta e tímida para falar certas coisas, especialmente para mim.

- Não precisamos falar sobre isso, estamos aqui e está tudo bem. Eu adorei trabalhar nesse restaurante, estava precisando desse emprego. - Disse.

- Eu achei que tinha conseguido aquele emprego em Gwanju que tínhamos conversado antes de me formar.

- Dificilmente empregam filho de ex presidiário, os filhos sempre pagam pelos erros de seus pais.

O pai dele foi preso por roubo a uma joalheria, foi assalto à mão armada e pegou cinco anos de prisão por isso, prejudicou demais os laços sociais de Seojoon ao longo da vida dele.

Eu lembro que ninguém queria ser amigo e nem falar com ele, as pessoas possuem uma ideia preconceituosa de pessoas com familiares condenados na cadeia. Infelizmente, ele passou muito tempo sendo apontado apenas como o filho de um ex presidiário e não como a pessoa maravilhosa que sempre foi comigo. Seoojon era o tipo de pessoa que abaixava a cabeça mesmo estando certo e era gentil com quem fizesse grosseria com ele. Isso era admirável numa pessoa, uma grande qualidade.

Embora, tivesse sido uma grande surpresa ter sido ele o contratado para a vaga na minha cozinha, acho que foi um grande acerto ter Seojoon de novo  em minha vida e aceitei isso como um sinal de boa sorte. Assim espero, que seja um sinal de boa sorte para mim e Jimin.

- Foi um bom primeiro dia de trabalho cumprido, Chef. - Ele sorriu e bateu continência, o seu senso de humor não tinha mudado. - Como eu fui ?

- Você foi ótimo, Seojoon, espero que fique conosco por um bom tempo. - Peguei em seu ombro e o parabenizei.

- Por quê a gente terminou mesmo, Taehyung ?