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“Você é ótima com seus dedos.” Jin Sol falou baixinho, ainda aproveitando aquela sensação do orgasmo proporcionada por Sooyoung, que mantinha seus olhos fechados e respirava ofegante, e em seguida voltar a beijar a colega de banda.
Sooyoung nem conseguia falar muito, ainda estava um tanto atordoada parte por todo o álcool consumido, parte pelo o que havia acabado de acontecer. Quando saiu de casa horas antes, jamais imaginou que iria viver algo semelhante.
Tudo bem, ela ainda era virgem, porque aquilo não tinha sido sexo de verdade,  mas era a coisa mais ousada que ela já havia feito em toda a sua vida, e estava se sentindo imensamente feliz por isso.
Enquanto deixava Jin Sol explorar a sua boca com sua língua quente e deliciosa, Sooyoung, que tinha suas mãos repousadas na cintura da outra, as desceu devagar, fazendo questão de deslizá-las, transformando aquele gesto em uma carícia provocadora, para repousá-las sobre as nádegas de Jin Sol e dar um apertão bem forte dessa vez.
“Hmmmm.” A baterista gemeu, sendo obrigada a interromper o beijo por aquela sensação. Após gozar seu corpo inteiro parecia ter ficado mais sensível.
“Você tem um rabo perfeito.” Sooyoung murmurou e corou levemente, um pouco envergonhada de si mesmo pelo termo chulo usado, coisa que ela geralmente só fazia quando estava com raiva, mas naquele instante parecia deixar a situação ainda mais excitante e Jin Sol não pareceu se incomodar, pelo contrário, ela até riu.
“E você tem uma boca bem gostosa e viciante.” Jin Sol respondeu, e passou a mão pela nuca de Sooyoung e a beijou novamente.
Ficaram ali por mais alguns segundos, até serem interrompidas por batidas na porta.
“Eu preciso usar o vaso! Tô quase me mijando aqui!.” Era a voz de Jung Eun do outro lado.
“Porra.” Jin Sol esbravejou, frustrada. “Tá ocupado.” Falou mais alto em direção da porta.
“Sim, tá ocupado faz quase meia hora, e não tem outro banheiro pra usar.” A baixista retrucou, fazendo Sooyoung ter certeza de que ela estava exagerando, pois era impossível que tivesse passado tanto tempo assim.
Após bufar, Jin Sol se levantou do colo de Jin Sol e esquecendo-se totalmente de que estava só de sutiã e com a calça aberta, ela simplesmente destrancou a porta do banheiro.
“Jin Sol, não...” Sooyoung pediu baixo, mas não deu tempo de nada, logo a porta havia sido escancarada e Jung Eun arregalou os olhos, totalmente surpresa por ver Jin Sol com pouca roupa, o rosto ruborizado e os lábios levemente inchados e com o batom todo borrado.
O que tinha de gostosa tinha de lerda.
Jung Eun soltou um grito seguido por uma gargalhada tão alto, que assustou Sooyoung. Parecia que um espírito pterodáctilo que estava vivendo no corpo da garota se libertou.
“Não acredito!” Jung Eun exclamou, colocando as mãos no rosto, ainda incrédula com o que havia visto. “E eu preocupada com as duas, achando que vocês tinham bebido demais e tinham passado mal, e vocês de saliência no banheiro. Eu sou muito inocente mesmo.”
“Nós já estamos saindo.” Sooyoung falou, se levantando do vaso, e ajeitando a jaqueta e o cabelo, sentindo-se envergonhada e mal conseguindo olhar para o rosto de Jung Eun.
“Lavem essas mãos, pelo o amor de Deus.” Jung Eun falou para as garotas. “E não esqueça de pegar sua camiseta.” Disse para Jin Sol e apontou para a peça de roupa preta em cima do box.
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Haseul e Kahei continuavam trocando beijos e carícias no quarto da segunda, estendendo o máximo possível aquelas preliminares antes ds, finalmente, se entregarem ao desejo completo.
“Eu acabei de ter uma ideia pra deixar nossa noite mais apimentada.” Kahei murmurou e sorriu, se levantando da cama e caminhando até a sua cômoda, enquanto Haseul permaneceu deitada na cama, apenas observando cada movimento da outra.
Afinal, ter Kahei desfilando apenas de calcinha e meia arrastão era um privilégio que ela deveria aproveitar ao máximo.
A chinesa se abaixou para abrir a última gaveta, e é claro, ao invés de se agachar, ela apenas se curvou, deixando a bunda empinada, apenas para provocar e pelo prazer de saber que Haseul ficaria olhando para ela.
“Eu acho que morri e fui pro paraíso, porque eu tenho um anjo na minha frente.” Haseul comentou e Kahei riu.
“Anjo? Acho que eu estou mais pra uma criatura menos pura.” A chinesa respondeu, e então se levantou com o objeto que estava procurando. “Eu prefiro ser uma sucubo.”
Quando Kahei se virou, Haseul arregalou os olhos por ver os “brinquedinhos” que ela tinha em mãos.
Uma cinta strap on e um pênis de borracha de uns 15 centímetros, ambos cor-de-rosa, como quase tudo na casa da garota.
Haseul ficou meio desconcertada, e mordeu o lábio inferior, nervosa. Ela nunca tinha usado um negócio daqueles antes, muito menos esperava usar aquilo naquela noite.
“Amorzinho, você topa vestir essa cintaralho pra me foder hoje a noite?” Kahei perguntou, fazendo uma expressão inocente, como se estivesse pedindo algo simples como um passeio no parque. “Você vai dizer não para a sua Kahei, vai?”
“É... Eu... Eu nunca usei isso, não sei se vai ser bom pra você.” Haseul comentou, então Kahei caminhou devagar até a cama, onde se sentou ao lado da outra. “Eu não quero te decepcionar, é a nossa primeira vez juntas.”
Kahei acariciou o rosto da outra e depois lhe deu um beijinho no rosto.
“Eu não vou me decepcionar, Haseul.” A menina garantiu, ainda com aquele olhar pidão.
“Eu posso tentar, né? Se é isso que você quer, eu faço pra você.” Haseul respondeu e abriu um pequeno sorriso, ainda insegura, mas disposta a agradar sua garota.
“Então, levanta pra eu colocar o strap on em você, bebê.”
Após tirar suas roupas, ficando apenas de lingerie verde escura, enquanto Kahei voltou pro armário e pegou lubrificante e camisinha.
“Vai ser melhor se você tirar a calcinha.” Kahei falou e mordeu o lábio inferior. “Sabe, quando você fizer o movimento de penetrar em mim, você vai sentir uma pressão no seu clitóris, vai te fazer gozar bem gostosinho.” Ela explicou.
Haseul corou levemente, mas colocou as mãos na lingerie e a abaixou, sentindo-se um pouco nervosa por estar se expondo tão intimamente na frente de alguém.
Kahei acoplou o pênis de borracha na cinta, encaixando-a no local adequado, par depois colocá-lo na garota.
Haseul não conseguia não achar estranho usar um treco desses, mas estava se sentindo menos estranha com o fato do pênis ser cor-de-rosa, e não com uma cor realista.
Kahei se ajoelhou na frente de Haseul, abriu a embalagem de camisinha e a colocou no pau de brinquedo.
Haseul até pensou um perguntar qual a necessidade daquilo, já que ela deveria ser a única a usar o brinquedo, mas era meio óbvio que a chinesa não era a única a usá-lo e Haseul, definitivamente, não queria saber disso.
Depois de envelopar bem o dildo, Kahei pegou na mão de Haseul e a levou de volta para cama.
“Deita aí, meu bem, e fica bem relaxada.” A chinesa falou com um sorriso sexy, ligando o som de seu celular, tocando “Naughty Girl” da Beyoncé, depois arrumou os travesseiros para a outra ficar mais confortável, ao se deitar de barriga para cima.
Kahei tirou a própria calcinha, e depois passou uma pequena quantidade de lubrificante na própria vagina, para na sequência, se sentar na barriga de Haseul, que depositou as duas mãos sobre as coxas da chinesa.
“Você é linda.” Haseul murmurou, deslizando suas mãos pelas pernas de Kahei, que se curvou para frente, encostando seus seios nos seios da coreana. Os mamilos, eretos, se tocaram, provocando gemidos em Haseul.
A chinesa tocou no rosto da vocalista e lhe beijou, de forma ardente e profunda, e foi descendo bem devagar, dando uma mordidinha no queixo, depois passou a dar chupões no pescoço de Haseul, que mordeu o lábio inferior.
Haseul embrenhou suas mãos nos cabelos rosas da outra, e com delicadeza a puxou de volta, para um beijo na boca, onde a língua de Kahei voltou a invadir a boca da coreana, para explorar todos os cantos, a sensação era de como se ela quisesse engolir a Haseul.
Kahei passou a ponta da língua pelo céu da boca da outra, causando uma sensação prazerosa que fez seu corpo todo estremecer.
Após o beijo, Kahei se levantou e se posicionou sobre o pênis de brinquedo, segurando-a e o posicionando na entrada de sua vagina lubrificada, tanto artificialmente quanto naturalmente.
Na posição correta, ela foi descendo devagar, sendo penetrada pelo brinquedo, e gemendo baixo.
Haseul olhava bastante excitada a forma como o brinquedo estava desaparecendo dentro da outra.
Que visão
Quando o dildo entrou inteiro em Kahei, a chinesa gemeu um pouco mais alto, e depois ela levantou um pouco, mas sem retirar o objeto totalmente de si.
E assim ela foi subindo e descendo, tirando metade do dildo de dentro da vagina e depois colocando-o todo de uma vez, enquanto gemia cada vez mais alto, aumentando e variando os movimentos. Além de subir e descer, também passou a rebolar e os seus movimentos foram criando certa pressão no clitóris de Haseul, que fechou os olhos e mergulhou a cabeça no travesseiro, com o prazer que tinha origem no meio de suas pernas, mas se espalhava por todo o seu corpo.
Para intensificar o seu prazer, Haseul começou a movimentar seu quadril, fazendo movimentos opostos aos de Kahei, e assim lhe penetrando mais fundo, aumentando o prazer das duas.
“Oh Haseul...” A chinesa gemeu mais alto e colocou as duas mãos na cabeceira da cama, para conseguir se manter equilibrada em cima da outra, que segurou firme em sua cintura e passou a puxá-la para baixo quando movimentava o quadril pra cima, fazendo com que o pênis de borracha atingisse pontos intensos de prazer e lhe preenchesse totalmente. A cada esticada ela sentia suas paredes vaginais se estreitarem em volta do objeto e o êxtase ficando cada fez mais próximo. “Isso... Não para, não...”
Totalmente tomada pelo desejo, Haseul inclinou o corpo para o lado e rolou na cama, invertendo as posições, e ficando por cima de Kahei, soltando seu peso, que nem era muito, sobre a outra, e excitando-se ainda mais por sentir a pele quente e suada da mais velha sob a sua.
Sem demora ela voltou a se movimentar, penetrando Kahei, que passou a usar a mão esquerda para acariciar as suas costas, e mergulhou a mão direita em seus cabelos negros, enquanto Haseul passou a beijar seu rosto de forma luxuriosa.
A outra posição dava para Haseul uma visão incrível de sua garota nua balançando sobre o seu corpo, mas essa nova deixava tudo mais intenso, romântico e sexy, já que tinha pele na pele, corpos colados, e sua boca com fácil acesso a boca de Kahei.
E aproveitando-se disso, Haseul foi descendo pelo rosto da chinesa, beijando cada centímetro de pele que seus lábios encontrassem, descendo até o pescoço, quando Kahei inclinou a cabeça para trás, dando um maior acesso a sua pele, que foi beijada, lambida, mordida e chupada com força, enquanto continuava metendo mais rápido e com mais voracidade na sua namorada, que ora gemia ora implorava para ela não parar.
A língua faminta de Haseul continuou a saborear todas as partes do corpo da outra que se encontravam ao seu alcance, e chegou no seio direito, onde abocanhou o mamilo direito, fazendo Kahei gemer alto e tremer debaixo de seu corpo.
A vocalista brincou com a língua, passando ao redor do mamilo duro algumas vezes, antes de começar a chupá-lo com mais firmeza e até se arriscou ao dar uma mordidinha e puxá-lo devagar e sentindo imensa gratificação ao ver como Kahei cravou as unhas em suas costas no mesmo instante.
Haseul grunhiu, mas não pela dorzinha sentida, e sim pelo prazer de provocar aquelas reações na outra.
“Mais forte, Haseul... Eu já estou quase lá.”
No celular começou a tocar “Love to love tou, baby” da Donna Summer, e a garota apenas pensou em como Kahei sabia criar o clima perfeito para uma transa.
Após esse pequeno pensamento, voltou toda a sua atenção para a garota deitada debaixo dela, e Kahei cruzou suas pernas, envolvendo o quadril de Haseul entre elas e com isso ajudando na pressão das estocadas.
Haseul fazia o melhor que podia, usava toda a força em seu quadril, sentindo gotas de suor escorrendo por seu rosto e costas. Até seu cabelo estava ficando molhado, já que a temperatura ambiente do quarto parecia estar aumentando muito.
Usou suas mãos para lhe darem sustentação ao erguer o tronco e abrir os olhos, para ver que Kahei também estava com o rosto escorrendo suor, com alguns fios do cabelo rosa grudados na testa, olhos fechados, respiração pesada e os lábios entreabertos, por onde escapavam os gemidos que a provocavam.
Aquela imagem era a coisa mais linda que Haseul havia visto em sua vida e saber que era ela a responsável por todas aquelas sensações não tinha preço.
Seu coração, que já estava acelerado, conseguiu bater um tantinho mais rápido.
“Aaaaah isso, assim... Assim...Haseul...oh porra!” A chinesa gemeu bem alto e agarrou Haseul em um abraço, puxando-a para baixo, colocando seus corpos suados novamente, e lhe dando um beijo bem molhado e com muita troca de salivas. “Você me fez gozar tão gostoso.” A chinesa falou baixo e deu um beijo no rosto da outra.
As respirações ainda estavam pesadas, os corações batendo forte e acelerados, e Haseul sentia até as pernas um tanto trêmulas, provavelmente por conta daquele grande esforço para movimentar o quadril com rapidez e força.
A jovem vocalista saiu de cima de Kahei e se deitou ao lado dela na cama, fechou os olhos e parou um segundo pra pensar no que estava acontecendo: ela havia acabado de transar com Wong Kahei, a garota pela qual estava completamente apaixonada.
E Kahei estava ali, deitada ao seu lado, usando somente um par de meias arrastão. Um momento bom demais pra ficar registrado apenas na memória.
“Eu posso tirar uma foto sua?” Haseul perguntou, fazendo Kahei, que estava relaxada e num momento de transe, abrir os olhos, surpresa com a pergunta. “Eu prometo que seremos só nos duas que vamos vê-la, vou salvá-la em um local seguro e apagar do meu celular pra evitar problemas.” Ela já tratou de explicar, antes de qualquer questionamento. “É que eu gosto muito de você e quero ter as lembranças da nossa primeira noite pra sempre.”
Kahei pensou um pouco, mas abriu um sorriso safado, gostando da ideia de ser apreciada.
“Tudo bem, mas você vai ter que fazer uma coisa pra mim também.” Kahei respondeu. “Você sabe que foi má e falou coisas indevidas pra Sooyoung, portanto, eu quero que você peça desculpas e retire tudo o que disse sobre a capacidade dela como música.”
“Tudo bem, eu sei que eu agi mal, mas tudo o que eu disse foi da boca pra fora, ela já deve ter esquecido.” Haseul falou, tentando se esquivar daquele pedido. Não dava pra negar que no momento que Kahei botou o nome de Sooyoung no meio delas novamente, ela deu uma brochada e até desanimou de fazer a foto.
Odiava a forma como a outra jovem era superprotetora com uma garota que já tinha idade pra se defender sozinha.
“A Sooyoung tem uma vida muito complicada, e precisa de afirmação e elogios pra se sentir aceita e bem quista pelos outros. Cada xingamento é como se fosse uma pedrada na autoestima frágil dela.” Kahei explicou. “Espero que você compreenda, juro que vou tentar melhorar com você, mas você também precisa entender que a Sooyoung sempre vai ser importante pra mim, e eu vou dar pra ela todo o carinho do mundo, porque quero que ela seja feliz.”
Haseul ficou em silêncio por alguns segundos, mas acabou por concordar meio a contragosto.
“Tudo bem, eu falo com ela amanhã.” A vocalista afirmou.
“Ótimo.” Kahei falou sorrindo. “E eu sei que você está fazendo isso por ser uma boa pessoa e não só pra ter uma foto minha pelada.”
Haseul deu um risinho e depois se levantou e procurou a sua calça, que estava perdida pelo chão com o celular em um de seus bolsos.
“Eu vou cobrir o meu rosto com uma almofada, não é por não confiar em você, mas sim pra caso algum incidente acontecer, os boomers tarados e incels que vão bater punheta pra minha foto não vão ver a minha cara pelo menos.” Kahei falou e Haseul soltou um risinho concordando com ela.
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Enquanto isso, as outras quatro garotas esperavam na sala chegar duas pizzas que elas haviam encomendado, ouvindo “Ziggy Stardust” do David Bowie baixinho, pra nenhum vizinho chamar a polícia.
Yerim e Jung Eun estavam sentadas no chão, Sooyoung no sofá e Jin Sol era a única a se manter em pé.
“Cara, eu acho isso uma sacanagem da Kahei chamar a gente pra dormir aqui e se enfiar lá no quarto pra dar pra Haseul com as nossas coisas lá.” Jin Sol reclamou, com a voz arrastada e meio sonolenta.
“Não se faz, Jin Sol, você tava até agora lá no banheiro fazendo a mesma coisa com a Sooyoung.” Jung Eun provocou.
“Não tava não, o que aconteceu lá no banheiro foi apenas uma mão amiga.” A morena retrucou, e a sua resposta, claro, arrancou gargalhadas de Yerim e Jung Eun e fez Sooyoung corar de vergonha.
Yerim começou a imitar gestos de DJ, fazendo Jung Eun rir mais ainda. Sooyoung só queria evaporar.
Aquelas meninas eram uns capetas.
“Eu vos declaro Adam” Yerim começou e apontou para Jin Sol e depois para Sooyoung. “E Yves.”
“A Jin Sol já fala um monte de bosta normalmente, bêbada então, vira uma fábrica de pérolas.” Jung Eun debochou.
“Eu tô com sono, quero o meu pijaminha, não durmo sem o meu pijaminha.” Jin Sol falou e bateu os pés no chão como uma criança contrariada. “Sooyoung, vai lá buscar as nossas coisas.”
“Eu?” Sooyoung, que tentava não falar muito pra não se comprometer ainda mais, se assustou com aquele pedido. “Eu não vou lá, não, que é capaz da Haseul achar que eu tô fazendo isso pra empatar a foda dela de propósito.”
“Quem vai é a Yerim.” Jung Eun falou séria e a recebeu um olhar surpreso da caçula.
“O caralho que eu vou.” A menina respondeu de imediato.
“Nós somos as mais velhas aqui, você não pode nos desobedecer, são as regras sociais.” Jung Eun argumentou brincalhona e Yerim fez uma careta e lhe mostrou o dedo do meio. “Você vai mesmo se recusar a cumprir uma ordem das suas unnies?” Perguntou em tom professoral e colocando as mãos na cintura.
Yerim bufou, balançou a cabeça, mas acabou por se levantar e ir até o quarto.
“Tomar no cu quem inventou essas regras sociais idiotas!” A guitarrista falou alto, enquanto caminhava até o fundo da casa, onde ficava o quarto de Kahei.
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No quarto, Haseul tirava fotos de Kahei, ,que mudava de posição, fazendo poses provocantes, mas sempre com a almofada na frente do rosto.
“Você está linda.” Haseul a elogiou ao fazer mais um clique, passando a língua pelos lábios e com uma vontade crescente de voltar pra cama e foder a garota de novo.
Kahei não podia negar que estava sentindo um tesão enorme e começando a achar que tinha algum fetiche de exibicionismo, pois estava gostando muito de ser fotografada só de meia.
Por isso, decidiu ir um pouco além nas provocações.
Manteve a almofada sobre o rosto com a mão esquerda, mas abriu as pernas e colocou a mão direita sobre a vagina massageando o próprio clitóris.
Ao ver a cena, Haseul até engoliu em seco e sentiu um arrepio no meio das pernas, piscando algumas vezes e quase se beliscando para ter a certeza de que não se tratava de um delírio seu.
Porém o som de batidas na porta, fez aquele clima se dissipar no mesmo instante, e Haseul que ainda estava com a cinta strap on, pulou na cama imediatamente, puxando um cobertor para esconder seu corpo.
Ninguém, além de Kahei, poderia vê-la usando um troço daqueles, caso contrário, seria motivo de piada para sempre.
“Quem é?” Kahei perguntou.
“É a Yerim.” A resposta veio do outro lado. “Eu só vim buscar as nossas roupas, porque a gente quer dormir.” Se explicou, então Kahei bateu na própria testa.
Havia se esquecido que as mochilas das garotas estavam em seu quarto.
“Eu já vou.” Kahei disse, se levantando e pegando um roupão vermelho de dentro do armário, o qual vestiu antes de pegar as duas mochilas e abrir a porta para entregá-las a outra jovem. “Se precisar de qualquer coisa é só chamar.”
“Está bem, valeu.” Yerim agradeceu e Kahei fechou a porta novamente, e logo tirou seu roupão e voltou para cama, subindo no colo de Haseul.
“Onde a gente parou mesmo?” A chinesa perguntou, voltando a beijar a vocalista, após se sentar em seu colo, mas logo interromper o beijo, incomodada pelo pênis de borracha que estava lhe cutucando. “Vamos tirar isso?” Kahei perguntou, apontando para o brinquedo e Haseul concordou.
Kahei se sentou ao seu lado, tirou a coberta de cima de seu corpo e foi abrindo as travas daquele negócio, para tirá-lo da outra, deixando seu sexo exposto.
Kahei soltou um risinho, antes de tocar na vagina de Haseul, que soltou um gemido devido a sensação boa que sentiu no momento.
“Eu não sou egoísta, você me fodeu gostoso e agora é a minha vez de retribuir o favor.” Kahei praticamente sussurrou, olhando fixamente nos olhos bonitos e diferentes da outra garota, que ficou um tanto tensa ao ouvir aquilo.
“Eu não quero esse treco em mim, não, sei lá, ele é muito grande.” Haseul confidenciou apontando para o dildo que estava em cima da cama e ainda com a camisinha nele, e a outra riu.
“Existem outras maneiras de fazer isso, meu bem, me deixe te mostrar.” Kahei piscou, segurou no rosto da outra com a mão direita e deu um beijo na outra face. “Deita aqui.”
Haseul seguiu as ordens da namorada, pegou um travesseiro e se acomodou, deitando de barriga para cima.
“Eu vou colocar uma música mais apropriada pra esse momento.” A chinesa pegou seu celular e mudou de música, colocando “Cola” de Lana Del Rey.
Após isso, ela se deitou em cima de Haseul, colando seu corpo no dela, e aproximou seu rosto do rosto da outra, que, antecipando um beijo, entreabriu os lábios, mas a chinesa apenas encostou sua boca na boca dela, deixando-a apenas na vontade e em seguida desceu para o pescoço, onde sim, passou a beijar a pele.
Além de ter seu pescoço atacado, Haseul sentiu as mãos de Kahei segurarem firme em seus seios e apertá-los.
Soltou um gemido alto e praticamente virou os olhos antes de fechá-los e e se entregar completamente aos carinhos da outra.
Kahei foi fazendo uma trilha de beijos pelo pescoço da mais jovem, descendo devagar, passando pelo colo e chegando aos seios, que receberam atenção especial e foram chupados sem nenhuma pressa, fazendo Haseul estremecer com a sensação de prazer e aquele arrepio gostoso que percorria por todo o seu corpo.
Kahei desceu mais um pouco e deu uma mordida de leve no abdômen de Haseul, que gemeu novamente, e já se arrepiou inteira quando a outra jovem lhe deu um chupão no interior da coxa esquerda.
Haseul olhou para baixo no momento em que se antecipou ao que estava por vir. Sem nenhuma cerimônia Kahei posicionou a cabeça entre suas pernas e usou as mãos para separar os grandes lábios e ter um acesso maior ao clitóris, começando o sexo oral com beijinhos na parte mais sensível do corpo de Haseul.
“Porra!” A vocalista exclamou, e sentiu seu corpo inteiro se contorcer quando a namorada abocanhou seu sexo e começou a sugar seu clitóris. “Oh meu Deus! Eu vou morrer!”
Haseul colocou a mão direita sobre a cabeça de Kahei, pressionando-a levemente contra seu sexo.
“Seu gosto é tão bom... Seu cheiro também.” Kahei sussurrou para a garota, com os lábios ainda bem próximos do clitóris, o que o fazia vibrar com o ar saindo da boca da chinesa. “Eu poderia te chupar pelo resto da minha vida.” Após dizer isso, ela caiu de boca novamente no sexo da outra, movimentando sua língua como se estivesse a beijando na boca.
Haseul também poderia passar o resto de sua vida sendo chupada por Kahei. A garota estava demonstrando ser muito habilidosa oralmente e isso era um presente e tanto.
Kahei se afastou alguns centímetros do sexo, já bem úmido, de Haseul, e passou a língua pelos lábios antes de voltar a ação, dessa vez usando a língua para penetrar no canal vaginal e esfregando o clitóris sensível e inchado com os dedos anelar e médio da mão direita.
Uma dose dupla de prazer que fez Haseul se contorcer e gemer ainda mais alto. Ao sentir as paredes da vocalista começarem a ficar mais apertadas, Kahei passou a movimentar sua cabeça em um ritmo rápido, com a língua esticada, saindo e entrando daquele local úmido, quente e, definitivamente, delicioso.
“Mais rápido.” Haseul pediu num sussurro, sentindo que poderia explodir de tesão a qualquer momento, apesar de tentar se segurar, para que aquela sensação maravilhosa durasse o maior tempo possível. “Caralho...Oh meu Deus.”
E Kahei continuou a fazer aqueles movimentos até que Haseul finalmente alcançou seu êxtase e tudo nela começou a se contrair.
A chinesa sorriu e deu mais alguns beijinhos no clitóris da namorada, antes de engatinhar de volta para cima da garota, que lhe abraçou forte, muito agradecida por todas aquelas ótimas sensações e pela noite incrível que passaram juntos.
“Você é, definitivamente, a melhor coisa que aconteceu na minha vida.” Haseul falou e abriu um sorriso carinhoso, que foi retribuído por Kahei, antes delas se beijarem novamente.
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No meio tempo em que Yerim foi buscar suas mochilas, o motoboy chegou trazendo as pizzas pedidas pelas garotas.
"Cara, eu tô achando essas mochilas com um cheiro estranho.” Yerim comentou e as outras riram. “Tô falando sério, pô, vai saber onde a Kahei enfiou a mão dela antes de pegar isso aqui?”
“Eu tenho um palpite, mas prefiro não comentar.” Jin Sol respondeu, pegando um pedaço de pizza.
“Isso deve ser coisa da sua cabeça.” Jung Eun falou para Yerim, puxando o celular do bolso. “Vamos tirar uma foto pra postar no Instagram.”
As quatro garotas se juntaram ao redor da pizza e sorriram para o clique da baixista.
“Bota na legenda: As Sensacionais Garotas de Vênus comendo pizza. Menos a nossa vocalista Haseul, que tá comendo outra coisa.” Jin Sol sugeriu rindo.
“E marca a Haseul lá no corredor que leva pro quarto da Kahei.” Yerim completou e riu ainda mais com Jin Sol.
Enquanto isso Jung Eun ia editando a foto antes de postá-la em sua rede social.
“Me falem os Instagrans de vocês aí, pra eu marcar aqui na foto.” Jung Eun pediu, e assim Yerim e Jin Sol falaram seus users, mas Sooyoung titubeou.
“Desculpa, mas prefiro que não me marquem.” A guitarrista falou envergonhada e abaixando os olhos. Claro, seu pedido, no tom usado, deixou as outras meninas intrigadas.
“Por que não?” Jin Sol questionou após alguns segundos de total silêncio. Apesar de tudo o que a garota havia lhe confidenciado mais cedo, era bem provável que ela já tivesse se esquecido de quase tudo, por conta da bebida.
“Minha mãe não sabe que eu faço parte de uma banda, ela nem pode sonhar com isso, minha família é um pouco complicada.” Sooyoung explicou, e sentiu um nó na garanta e logo a emoção aflorar por conta da bebida. “Eu não sei porque tudo na minha vida tem que ser tão complicado.” Completou, em prantos, com um pouco de inveja das meninas que tinham muito mais liberdade que ela e não precisavam viver escondendo as coisas, como se fossem criminosas.
“Não fica assim, não, bebê.” Jin Sol a consolou, fazendo um carinho em sua cabeça. “Tudo nessa vida passa, seja uma situação ruim ou não, é como diz aquela música daquela banda... Gente como chama mesmo aquela banda?” Ela perguntou, olhando para Yerim e Jung Eun, que deram os ombros, pois não tinham como saber do que ela estava falando.  “Ah lembrei, é do Creedence Clearwater Revival:  I wanna know have you ever seen the rain?” Jinsoul começou a cantar e bater palmas.
“I wanna know have you ever seen the rain?” Jung Eun e Yerim também começaram a cantar, batendo palmas, e Sooyoung abriu um sorriso tímido, pois era um gesto pequeno, mas que para ela significava muito ter suas amigas de banda cantando para animá-la, ainda mais uma música tão bonita e com uma mensagem tão positiva de que depois da tempestade furiosa sempre vem o dia ensolarado e calmo, e mesmo que sua vida tenha sido uma tempestade na maior parte do tempo, naquele momento, ela sentiu que um dia, talvez, o sol brilharia pra ela. “Comin´down on a sunny day.”
Após elas terminarem de cantar, Jin Sol envolveu Sooyoung em seus braços e lhe deu um beijo na testa, enquanto as outras duas garotas faziam coraçõezinhos com as mãos.
“Se vocês não pararem com isso, vou ser obrigada a começar a shippar vocês.” Jung Eun disse, pegando um pedaço de pizza.
“A Sooyoung já gosta de outra menina, você tá por fora.” Jin Sol respondeu, também pegando um pedaço da pizza, mas de um sabor diferente.
“Ah sério? Que fofo, e a gente conhece ela?” A baixista loira questionou.
“Não, não conhecem, não.” Sooyoung respondeu e se dependesse dela, as meninas e Jiwoo nunca iriam se conhecer. Era uma incompatibilidade muito grande de universos e seria um baita choque se eles colidissem.
“Tem foto?” Yerim questionou, falando de boca cheia e recebendo um tapa no braço de Jung Eun por isso. “Mas que porra! Eu já comi morcego, eu tenho direito de falar de boca cheia.”
“Você não comeu morcego nenhum, você só mordeu um morcego, e de pelúcia ainda por cima, sua versão noob de Ozzy Osbourne!” Jung Eun retrucou, se referindo a foto de perfil de seu WhatsApp, onde ela estava com um morcego de pelúcia na boca, imitando a lenda do rock e vocalista do Black Sabbath: Ozzy Osbourne.
Jin Sol riu tanto daquilo, que ficou por uns dois minutos gargalhando, sendo ignorada pelas outras garotas, que seguiram na conversa.
“Fala o Instagram dela.” Jung Eun pediu.
“O Instagram dela é fechado.” Sooyoung respondeu rápido, e não estava mentindo. Jiwoo não seguia muita gente e nem tinha muitos seguidores, mas ela e Sooyoung se seguiam.
“Poxa, Sooyoung, que você goste de alguém e não tenha uma mísera foto dela aí no celular.” Jung Eun insistiu.
“Acho que você tá é com ciúmes, com medo da gente roubar sua garota se ela for muito bonitona.” Yerim provocou. “Ou ela deve ser muito feia, e você tá com vergonha por saber que temos espírito de porco e vamos te zoar.”
“Ela não é feia!” Sooyoung se defendeu. “Ela é linda, a garota mais bonita que eu conheço.” Sabendo que não teria paz caso não fizesse o que estavam lhe pedindo, Sooyoung pegou seu celular e entrou no perfil do Instagram de Jiwoo.
A filha do reverendo não tinha muitas fotos em seu Instagram, e quase todas ela estava sempre com alguém, inclusive tinha uma com a própria Sooyoung, mas as outras eram com seu pai, com aquele povo da banda da igreja, com a chata da prima dela, com Heejin, com Yeojin, com o lambe-botas do Christopher Bang, tinha uma com a família inteira, isso incluía sua mãe e Hyejoo, além de si mesma, uma vez que foram almoçar após a primeira vez que tinha ido ao culto, e uma foto antiga, provavelmente digitalizada, em que uma mulher jovem, de cabelos compridos e negros, que devia ser sua mãe, que segurava um bebezinho muito fofo, que devia ser Jiwoo, no colo.
Sooyoung abriu aquela imagem e foi ler a legenda. A mesma tinha sido postada em um mês de maio dois anos atrás, e estava escrita:
“Você sempre esteve lá, e como uma luz brilhante, em meus dias mais escuros, você estava lá para me guiar. Eu sinto sua falta agora, e gostaria que você pudesse ver, o quanto a sua memória será sempre importante pra mim... Como uma estrela cadente, cruzando a sala, tão rápido e tão longe, você se foi muito cedo. Você é parte de mim e eu nunca mais serei a mesma aqui sem você. Você se foi muito cedo.
Te amo, mamãe.”
Sooyoung achou aquela postagem bonita e triste, e naquele instante se deu conta de que quase ninguém parecia pensar em como Jiwoo sofreu e ainda sofria por ter perdido a sua mãe. Donghae parecia ser um pai amoroso, apesar de um tanto rígido, mas com certeza ele não podia suprir o buraco deixado pela falta da mulher na vida da jovem.
Era até um pouco difícil de acreditar que Jiwoo estivesse tão bem como sempre demonstrou depois de viver uma experiência tão traumática como a perda da mãe. Talvez ela realmente tivesse uma fé inabalável que lhe dava uma força sobrenatural ou o seu exterior conseguia esconder bem o quão destruída ela era por dentro.
“Vai ou não vai mostrar logo a foto dessa menina pra gente?” Jung Eun perguntou, fazendo Sooyoung “acordar” de seu devaneio.
“É tanta enrolação que eu tô começando a achar que ela nem existe, você inventou essa história pra dar um perdido na Jin Sol, não é?” Yerim brincou e Sooyoung sorriu, mas estava triste.
“Quem dera.” Respondeu baixo.
Quem dera mesmo. Quem dera ela não estivesse em uma situação tão difícil, nutrindo sentimentos alguém que nunca poderia ter.
“É essa de franjinha.” Sooyoung falou, ao abrir uma foto de Jiwoo com Hyunjin e entregar o celular para Jung Eun.
Yerim se aproximou da loira para olhar a foto, já Jin Sol estava praticamente dormindo e se encostou no ombro de Sooyoung para isso.
“Ela é bonitinha.” Jung Eun falou.
“É mesmo, mas pra ser sincera, eu achei a outra mais bonita que ela.” Yerim falou, fazendo Sooyoung rir. Se ela tivesse ideia do quanto Hyunjin era insuportável, não falaria isso.
“Pode ser bonita, mas é uma crentelha nojenta. Você não conseguiria ficar cinco minutos perto dessa garota.” Sooyoung falou com toda a sinceridade de seu coração.
Ao ouvir aquilo, Jung Eun clicou na marcação de Jiwoo e foi para o Instagram de Hyunjin, que era aberto.
“Ela tem um gatinho muito fofo.” Jung Eun comentou, vendo que o perfil da garota só tinha fotos do seu gato, de livros religiosos que ela estava lendo, no sonho de se tornar uma pastora, uma ou outra selfie e algumas imagens de suas amigas e família. E todos elas eram legendadas com frases bíblicas, tornando tudo muito cafona.
Até o sono chegar as garotas gastaram seu tempo comendo pizza e rindo dos Salmos nas fotos, que nada tinham a ver com as imagens postadas.









































































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