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"Vai, para de drama e come aí." Hyejoo falou para Sooyoung, que estava deitada em sua cama, coberta até a cabeça. "Nós já levamos surras piores."

"Vai se foder!" Foi a resposta agressiva e abafada pelo cobertor.

"Eu tento te ajudar e é assim que você me retribui?" A mais nova indagou com certo cinismo, comendo uma garfada do rámen que estava em seu prato.

A mais velha nada respondeu.

"Sooyoung, você passou o dia inteiro deitada aí debaixo desse cobertor e já é quase noite e você ainda não comeu nada!" Hyejoo insistiu.

A mais velha levantou repentinamente, sentando-se na cama e até assustando a irmã.

O pescoço de Yves agora não só tinha a marca pequena do chupão, como também um vergão vermelho. Seu lábio inferior estava machucado e sua testa estava roxa.

"Agora você vem encher o meu saco, mas se omitiu na hora de defender!" A garota acusou a caçula que arqueou uma sobrancelha.

"E você achou mesmo que eu ia arriscar a minha pele? Não era justo eu apanhar se foi você quem pegou a mini pastora." Hyejoo respondeu dando os ombros, para a grande surpresa da outra.

"Como é que é? Hyejoo você tá louca?" Sooyoung perguntou, sabendo que a irmã estava se referindo a Jiwoo. "Nunca mais fale uma coisa dessas!"

"E não foi ela, não?" A mais nova perguntou de forma simplória.

"Mas é claro que não! E que pergunta mais idiota." Sooyoung até riria daquela situação se não tivesse em uma situação tão deprimente e levado uma surra que deixará seu corpo todo dolorido, incluindo seus maxilares.

"Mas é o que a mãe tá pensando." Hyejoo falou, deixando a outra nervosa.

Seria horrível se ela falasse daquilo para Donghae, afinal, Sooyoung não saberia como o homem reagiria com a filha, e sabe-se lá que tipo de punição, injusta, a menina receberia por parte dele.

"Mas ela foi a única pessoa de fora com quem você esteve ontem." A caçula comentou, mas Sooyoung negou de imediato, se levantando da cama.

"A mãe não falou nada pro reverendo Kim, falou?" Ela perguntou e Hyejoo deu os ombros como resposta.

Sooyoung saiu do quarto, apressada, até ignorando a dor em seu corpo, atrás de Gyuri, que estava na cozinha, sentada a mesa, frente a um prato cheio de rámen, parecendo bastante entristecida.

Ao ouvir passos, ela olhou para o lado e se surpreendeu ao ver que era a primogênita quem estava ali.

"O que estava fazendo aqui? Eu não te proíbi de sair daquele quarto nesse final de semana?" Ela perguntou friamente, evitando olhar diretamente para a jovem, sentindo-se bastante mal pelos machucados que havia causado na filha naquele momento de fúria.

"Mãe, não foi a Jiwoo." Sooyoung disse e Gyuri foi obrigada a lhe olhar, parecendo confusa. "Não foi a Jiwoo quem eu beijei, foi...foi um garoto que eu encontrei quando voltava do ensaio da igreja. Ele se chamava Sehun, e eu achei ele bonito, ele me achou bonita e a gente ficou."

Gyuri balançou a cabeça negativamente.

"Despudorada, 'a gente ficou'." Imitou Sooyoung com uma voz aguda. "Eu não criei filha pra se comportar como uma messalina de rua." Completou com total desgosto, mas sentindo que um peso saiu de suas costas saber que Jiwoo não tinha nada a ver com aquilo.

Sooyoung engoliu em seco ao ouvir sua mãe lhe chamando de prostituta, mas estava aliviada por ela ter acreditado naquela história que ela havia criado para proteger Kahei e não incriminar Jiwoo por algo que ela não tinha feito.

You're my sunshineOnde histórias criam vida. Descubra agora