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“Só o nosso filme.” Jiwoo respondeu séria. “Vamos conversar no meu quarto.”
Sooyoung assentiu e seguiu com a outra menina para o seu quarto, estranhando por não ver nenhum sinal do reverendo Kim pela casa.
Ao entrarem no quarto, Jiwoo fechou a porta e olhou para a mais velha.
“Seu pai não tá em casa, não?” A rockeira questionou, desconfiada após ver Christopher ali.
“Ele está em uma reunião com os ministros da igreja.” Jiwoo respondeu, e Sooyoung teria até se engasgado se tivesse tomando alguma coisa após ouvir aquela resposta.
“E ele sabe que esse garoto tá aqui? Tipo, sozinho com você?” Sooyoung acabou deixando escapar, em total choque, mas Jiwoo claramente não gostou da pergunta e fechou ainda mais a cara e cruzou os braços.
“Onde você tá querendo chegar com isso, Sooyoung?” A menina questionou.
“Estou surpresa em ver um pastor tão liberal a ponto de deixar a filha sozinha com um garoto em casa.” Ela respondeu, sentindo uma certa raiva de Christopher.
Nenhum garoto era confiável. Mesmo com aquela pose de bonzinho, ele ainda era um adolescente com hormônios em ebulição e não estava imune a sentimentos e pensamentos sexuais.
“Me diz o que você veio fazer aqui?” Jiwoo mudou o assunto.
Sooyoung suspirou e tentou esconder sua raiva naquele instante, afinal, não podia ter ido até a casa de Jiwoo para elas brigarem mais.
“Eu queria te pedir desculpas por ontem.” Falou se sentindo envergonhada. “Eu fui uma grande babaca com você. Me perdoa pela falta de jeito e pelas palavras grosseiras que eu usei.”
Jiwoo desviou o olhar e comprimiu os lábios, deixando Sooyoung ainda mais apreensiva. Sentia até um aperto no peito.
“Está bem.” Jiwoo respondeu e abriu um pequeno sorriso.
Aquele gesto fez Sooyoung se sentir como se um peso enorme tivesse saído de suas costas.
“Eu quero fazer as coisas certas com você, Jiwoo.” Ela continuou. “Você sempre foi muito legal comigo e eu já pisei na bola com você mais de uma vez, mas eu prometo que a partir de agora vou me controlar e tentar fazer tudo diferente.”
“Você é uma boa pessoa, eu sei disso.” Jiwoo comentou e Sooyoung abriu um sorrisinho ao ouvir aquilo. “Mas eu também sinto que devo te pedir desculpa, porque você tentou me alertar sobre a sua irmã, mas eu não te ouvi e achei que podia resolver essas questões entre vocês duas. Eu fui muito boba.”
“Está tudo bem, as suas intenções foram boas.” Sooyoung tentou consolar a outra.
“É, mas de boas intenções o inferno está cheio, não é mesmo?” Jiwoo comentou um tanto sem graça e as duas riram juntas.
Aquele momento foi tão terno, que Sooyoung até se esqueceu da presença de Christopher Bang na sala.
“Mas por que você trouxe a guitarra aqui?” Jiwoo perguntou, e Sooyoung engoliu em seco. Estava tão aflita e ansiando por aquela conversa, que nem havia parado pra pensar em uma história sobre estar com o seu instrumento musical junto dela.
“Bom, eu pensei que nós pudéssemos ensaiar algo juntas.” Mentiu e abriu um pequeno sorriso. “Eu quis fazer uma surpresa, mas acho que não foi uma boa ideia, eu nem imaginei que você estaria acompanhada.”
“Chris é um grande amigo, nos conhecemos desde criança.” Jiwoo começou a se explicar. “E na verdade era pra Hyunjin estar aqui também, mas ela pegou um resfriado e precisou ficar em casa de repouso. Meu pai também não gostou muito e ele já ligou umas três vezes pra saber se tá tudo bem.”
Ao ouvir aquilo, Sooyoung ficou inicialmente aliviada, mas depois se deu conta de que estava agindo de maneira estranha com a outra garota.
“Você não precisa me dar explicação de nada.” Ela disse. “Não teria problema nenhum se você tivesse num encontro.” Mesmo se sentindo incomodada, Sooyoung admitia que não tinha direito algum de questionar a vida particular da outra. “Bom, mas nós podemos combinar de fazer algo legal, só eu e você, sabe? Eu quero me redimir por ontem.”
“E o que você quer fazer?” Jiwoo perguntou. “Um filme?”
“Pode ser.” A mais velha concordou. “Eu garanto a pipoca e o refrigerante, certo?”
As duas sorriram novamente, e então Jiwoo tomou a iniciativa e deu um abraço em Sooyoung, que ficou paralisada por alguns segundos, mas logo retribuiu o gesto.
Aquele abraço estava tão quentinho e aconchegante, que ela nem queria mais que aquele momento acabasse.
“Eu estou tão aliviada, Sooyoung. Estava me sentindo péssima pensando que você estava com raiva de mim.” A religiosa confessou, e segurou nas mãos da outra, que estava até meio abobada com aqueles gestos por parte da outra.
“Eu também estou.” A outra também admitiu.
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Após sair da casa de Jiwoo, Sooyoung voltou para sua casa sorrindo sozinha, e ao chegar na porta de sua casa, ela parou e puxou a gola de sua camiseta, sentindo o perfume delicado que exalou de Jiwoo e ficou em sua roupa.
Nesse instante, Hyejoo saiu de casa junto de Chae Won.
“O que é isso? Tá tentando adivinhar há quanto tempo você não toma banho?” A irmã caçula provocou e Chae Won abaixou a cabeça para rir, fazendo Sooyoung fechar a cara e disfarçar o que estava fazendo.
“Vá ver se eu tô na esquina!” Ela sussurrou em resposta, e entrou em casa, indo direto para o quarto, onde ligou a guitarra e decidiu tocar as músicas da lista do avô de Haseul.
“Only yoooou can make all this world seem right. Only you can make the darkness bright. Only you and you alone can thrill me like you do. And fill my heart with love for only yooou...” Ela começou a cantar e a tocar, e quando se deu conta estava pensando em Jiwoo, porque a letra dessa música era tão inocente e sincera, assim como a garota.
Talvez ela gostasse de ouvi-la.
Mas então ela teve uma ideia ao olhar para o guarda-roupa: iria performar em frente ao espelho, para ver como se saia, afinal, a postura era algo muito importante para um rockstar, e ela não queria ser uma simples e apagada guitarrista.
Estava em um grupo com meninas talentosas e carismáticas e precisaria dar o seu melhor para se destacar tocando e cantando ao lado de Haseul e Yerim.
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“Splish splash I was takin' a bath. Long about a Saturday night, yeah. A rub dub just relaxing in the tub. Thinking everything was alright...” Sooyoung performava “Splish Splash” de Bobby Darin, com sua jaqueta de couro, um óculos escuro modelo aviador enquanto  tocava e rebolava bastante, quando Gyuri entrou no quarto e até se escandalizou com a imagem.
“Mas o que é isso, minha filha?” A mulher perguntou, levando as duas mãos a boca.
Sooyoung parou o que estava fazendo na mesma hora e olhou para a mãe, tirando o óculos e olhando para trás.
“Que eu saiba Jiwoo te emprestou essa guitarra pra você ensaiar as músicas do coral e não essas baixarias!” Gyuri falou impaciente.
“Eu só estou tocando algumas músicas pra me distrair. Não tem nada de mais nisso.” A jovem se defendeu. “Um músico de verdade toca qualquer coisa. Não posso me ater a um único estilo musical.”
“Vem jantar, na mesa conversamos.” A mulher disse e saiu do quarto, fazendo Sooyoung revirar os olhos e bufar, antes de seguir para a cozinha, onde Hyejoo já estava esperando pelo jantar.
“O quarto deve estar fedendo a mofo de tanta música de velho que a Sooyoung tocou lá.” A garota provocou a irmã, que sentou-se a mesa a frente dela.
“Eu nem vou responder, porque você é uma burra que desconhece a história do Rock.” Sooyoung respondeu, enquanto Gyuri trouxe comida para a mesa.
“Não quero saber de brigas aqui na mesa, hein? As duas podem parar agora!” A mulher ordenou, e as duas garotas se entreolharam, mas mantiveram o silêncio.
“Eu quero falar sobre uma coisa com vocês.” A mãe quebrou o silêncio após vários minutos de silêncio. “Amanhã iremos almoçar fora.”
“Nossa.” Hyejoo comentou fazendo uma expressão de impressionada. “Achei que as palavras de ordem eram 'economia de dinheiro'”.
“Foi o Donghae quem nos convidou.” Gyuri esclareceu.
“Aah sim, agora tá explicado.” Hyejoo fez um comentário ácido.
“Nós vamos almoçar junto dele e de Jiwoo.” Gyuri continuou explicando, e ao ouvir o nome da garota, involuntariamente Sooyoung deixou um sorriso brotar em seu rosto, e se dando conta disso dois segundos depois, ela tentou disfarçar tomando o suco. “Vamos almoçar todos juntos depois do culto.” As duas meninas olharam para a mãe. “Portanto, seria bom que vocês dormissem cedo, porque não podemos chegar atrasadas na igreja. Não fica bem pra futura família do reverendo chegar depois do culto já ter começado.”
“Eu não vou em culto nenhum “ Hyejoo disse, voltando a comer.
“Você não vai fazer essa desfeita pro Donghae, menina.” Gyuri falou para a garota, que deu os ombros. “Hyejoo, não me faça perder a paciência com você.”
“Por que você simplesmente não me deixa em paz? Eu não tô nem aí de você namorar esse homem, mas você não pode me obrigar a ir nessa igreja com você. Por que você não respeita a minha individualidade?” A garota respondeu, e Gyuri balançou a cabeça.
“É só um dia, você não vai morrer por isso!” A mulher retrucou. “Custa você fazer alguma coisa que eu te peço, sem antes ficar de picuinha e me tirando do sério?”
Hyejoo cruzou os braços e revirou os olhos, irritada.
No entanto, o celular de Gyuri tocou naquele instante, e a mulher ao pegar para atendê-lo, até se assustou.
“Alô.” Ela atendeu, e as duas garotas continuaram jantando. “Ei ei ei, você não fale nesse tom comigo, porque eu nem tô sabendo dessa história!” A mulher se defendeu, e as suas palavras chamaram a atenção de Sooyoung.
Não demorou para que ela desligasse o celular, e então ela olhou para sua filha caçula.
“Hyejoo, você bloqueou o seu pai nas redes sociais?” Ela perguntou, e a garota deu os ombros. “Mas o que te deu? Ele agora está possesso achando que fui eu quem mandou você fazer isso!”
“Não entendo porque ele está bravo, ele nem lembra que eu existo.” A garota comentou calmamente. “Vai lá olhar a data da nossa última conversa.”
Gyuri comprimiu os lábios, abaixou os olhos por alguns instantes e suspirou.
Sooyoung olhou para a irmã, que continuou jantando normalmente e se sentiu culpada por aquela situação, afinal, foi ela quem havia dito aquelas palavras para a caçula.
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O resto do jantar foi completamente silencioso, e Hyejoo foi direto para o quarto assim que terminou de comer, enquanto Sooyoung não conseguiu parar de se sentir culpada, pois ela sabia o quanto sua irmã valorizava seu pai e agora estava sofrendo por ele.
Sooyoung entrou no quarto e viu Hyejoo deitada em sua cama, lendo uma HQ, uma vez que ainda estava sem seu celular.
“Hyejoo, eu quero te pedir desculpas.” Sooyoung falou, e isso fez a outra parar de ler e olhar para a irmã. “Me desculpa pelo o que eu disse sobre o seu pai. Nós duas exageramos ontem e eu fui babaca por ter falado aquilo sobre o seu pai.”
Hyejoo arqueou uma sobrancelha e depois começou a rir.
“Ai ai.” Hyejoo murmurou. “Você é mesmo uma babaca, mas tinha razão no que disse sobre o meu pai.” Ela completou e voltou sua atenção para a HQ. “E não me aporrinha mais com essa merda de assunto. Já bloqueei e vai continuar bloqueado.”
“Cara, é impossível de ter um diálogo com você mesmo, hein?” Sooyoung reclamou, e recebeu um dedo do meio como resposta. “Grossa!”
Sooyoung cruzou os braços e abaixou a cabeça, frustrada, deitando em sua cama.
Ia tentar dormir, pois no dia seguinte precisaria acordar cedo para ir ao culto.
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Sooyoung tinha que admitir que ela realmente não queria ir na igreja e que ela achava tudo aquilo uma grande besteira e perda de tempo, mas, só de pensar que ela iria poder passar um tempo com Jiwoo depois da celebração da cerimônia era algo que aliviava o pesado fardo de aturar as baboseiras cristãs.
Hyejoo já não tinha a mesma sorte, e só aceitou a ideia de ir para o culto, após Gyuri prometer devolver o seu celular se ela se comportasse bem. Mas ainda assim, a garota estava com a cara amarrada e uma tromba de elefante.
O pior de tudo, no entanto, eram as vestimentas que elas teriam que usar para a ocasião: para uma igreja neopentecostal exigia mulheres com saias até os joelhos, camisas sociais claras e cabelos presos em um rabo-de-cavalo.
Chegando na igreja, Gyuri foi cumprimentada por várias pessoas, em sua maioria mulheres, pra quem ela apresentou suas duas filhas, como se as garotas problemáticas fossem seu maior orgulho.
As três sentaram-se no primeiro banco, bem próximo do altar e de local da banda. Jiwoo e os outros já estavam se arrumando para o início do culto.
Hyejoo abriu um sorriso malicioso, bastante satisfeita e com os olhos fixos em Wonpil.
“Agora sim isso tá começando a ficar bom.” Ela sussurrou e depois cutucou Sooyoung com o cotovelo. “Quem é o gato do instrumento esquisito ali?”
Sooyoung arqueou uma sobrancelha, estranhando a forma como sua irmã olhava para o rapaz.
“Hyejoo, se aquieta aí, porque o cara tem namorada.” A mais velha respondeu. “É feio ficar olhando pro homem de outra.”
Hyejoo soltou um risinho.
“Mas olhar não vai arrancar pedaço, não é?” Hyejoo respondeu provocativa.
“Se você arrumar treta com essa galera, a mãe vai te esfolar viva.” Sooyoung alertou a irmã com certa ironia.
Então as duas foram pedidas para se calar por Gyuri, avisando que o culto já iria começar.
Jiwoo começou a tocar uma música no piano, enquanto as três garotas do coro cantavam.
Nesse momento, o reverendo Kim entrou na igreja, vestindo terno e gravata e com uma bíblia na mão.
“Bom dia, bom dia, bom dia.” Ele cumprimentou os fiéis com um sorriso simpático. Ele sorriu ainda mais ao ver Gyuri e suas filhas na primeira fila.
Quando a música terminou, o homem então iniciou seu culto.
“Bom dia meus irmãos, bom dia minhas irmãs, que a paz do Senhor esteja com todos vocês.” Ele cumprimentou os fiéis que responderam “amém” em uníssono.
Jiwoo se virou um pouco para trás e olhou para Sooyoung. As duas trocaram sorrisos, exalando carinho.
Mesmo usando aquela camisa social rosa claro, cabelos presos e saia até nos joelhos na cor preta, Sooyoung não poderia negar que a outra menina estava linda daquele jeito simples, já que ela não usava quase nenhuma maquiagem, apenas um pouco de blush e um batom bem claro.
No entanto, os olhos de Jiwoo logo se voltaram para o seu pai e ela deu toda a sua atenção para um sermão chato e que parecia não ter fim que ele dava para os fiéis.
Sooyoung podia até estar olhando pra Donghae, mas ela não estava ouvindo praticamente nada sobre o que ele falava. Só sabia que era um assunto sobre famílias e sobre os aprendizados que todos poderiam ter com as famílias bíblicas.
Estava certa de que aquele assunto não estava sendo tratado por acaso.
Cruzou os braços enquanto seus pensamentos viajavam pensando na apresentação que a banda faria na festa do avô de Haseul. Ela já sentia um grande nervosismo só de imaginar tocando em frente a um grupo de pessoas estranhas. Estava com medo de errar, afinal, não iria envergonhar apenas a si mesma, mas a todas as suas colegas de grupo.
Aquele seria um bom teste para saber se realmente a vida como música era para ela.
Após um tempo que parecia infinito, a banda começou a tocar a música “My God is real” de Johnny Cash, cantada por Jiwoo e com as meninas fazendo o coro.
Aqueles minutos foram uma espécie de alívio depois de um sermão enfadonho.
Sooyoung sentia que poderia passar horas observando Jiwoo cantando e tocando. Ela era tão boa naquilo. Tão jovem, mas dona de um talento imenso e de uma doçura sem par.
Quando a música terminou, Sooyoung percebeu que estava sorrindo apenas de observar a outra. Ao notar o gesto involuntário, ela logo tratou de se recompor e fazer sua expressão neutra.
Algum tempo depois do reverendo Kim voltar a falar, Sooyoung olhou no relógio e não escondeu a expressão frustrada ao ver que não tinha se passado nem meia hora ainda.
Aquilo ia demorar tanto...
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Quando aquela tortura em forma de culto terminou, Sooyoung sentiu um alívio enorme. Estava imaginando o quão difícil seria ter que aturar aquilo semanalmente.
Saiu da igreja acompanhada de irmã e mãe.
“A próxima vez que você vier aqui.” Gyuri começou, chamando a atenção de Sooyoung. “Faça o favor de ao menos fingir que está interessada na Palavra.”
“Mas eu não fiz nada.” A garota se defendeu.
“Não fez nada? Ficava toda hora olhando pra esse relógio e bocejando.” A mulher respondeu. “Uma tremenda falta de respeito!”
“Foi mal aí, eu não quis desrespeitar ninguém.” A garota disse, sem muito interesse e nem um pouco arrependida, já que ela não era obrigada a fingir que estava gostando daquele sermão pedante.
“Nós conversamos depois.” Gyuri encerrou o assunto, assim que viu Donghae e Jiwoo se aproximando.
“Bom dia, meu amor.” O homem cumprimentou a mulher e lhe deu um selinho. “Bom dia, meninas.”
Sooyoung e Hyejoo responderam ao cumprimento do pastor e depois de Jiwoo.
“Eu já falei pra elas sobre o nosso almoço.” Gyuri falou para o homem, e então os cinco seguiram para um restaurante próximo.
“O que você achou de mim hoje? Eu toquei bem?” Jiwoo perguntou, se aproximando de Sooyoung, enquanto elas caminhavam até o restaurante.
“Sim. Você, definitivamente, nasceu pra cantar, é quase como um dom.” A mais velha respondeu, fazendo um sorriso nasceu no rosto da outra, que até deu uma leve corada.
“Se você tiver preparada, semana que vem já pode começar a tocar com a gente.” Jiwoo sugeriu, e Sooyoung sentiu um certo nervosismo. “Eu gostei muito de te ver na igreja. Espero que você tenha se sentido bem e acolhida com a gente.”
“É, eu ainda preciso me acostumar um pouco com isso, sabe? Nunca foi da minha rotina ir pra uma igreja.” Sooyoung disse, um pouco sem jeito, já que ela havia odiado aquele culto, mas Jiwoo demonstrava estar tão animada com sua presença ali, que ela não podia falar a verdade para a garota.
“Eu espero que um dia você se sinta em casa e decida se converter.” Jiwoo falou e Sooyoung soltou um risinho. A outra garota era muito inocente mesmo, pois se ela a conhecesse bem, saberia que aquilo era praticamente impossível.
“Vamos ver, né?” Sooyoung respondeu evasiva.
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Após chegarem no restaurante, eles se acomodaram em uma mesa e começaram a ler o cardápio.
“Meninas, não fiquem tímidas, vocês podem escolher o que quiserem, não se preocupem com o preço.” Donghae disse simpático para Hyejoo e Sooyoung, que assentiram.
“Mas não se esqueçam que gula é pecado.” Gyuri fez uma piada que só ela e Donghae riram.
Após alguns minutos, todos escolheram o seu prato.
“Bom, vamos aproveitar esse momento sagrado que estamos todos aqui reunidos, pra anunciar que Gyuri e eu marcamos a data do nosso casamento.” Donghae falou, chamando a atenção de todas as meninas.
O homem então olhou sorrindo para Gyuri.
“Nós vamos nos casar no final do mês que vem.” Gyuri completou.














You're my sunshineOnde histórias criam vida. Descubra agora