Caverna, ala médica do laboratório – noite do segundo dia:
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Já era de noite, uma noite calma.
Desde toda a confusão, as noites em Gotham estavam estranhamente calmas. Coringa estava agindo por debaixo dos panos em um de seus planos grandiosos e sem sentido, ou simplesmente foi tirar férias depois de ter "assassinado" a gata.
Bruce, mais estável física e psicologicamente, continuava afastado das patrulhas por um consenso de todos, excerto ele – Selina também estava de molho, ajudando a cuidar dele. Dick e os outros membros da Batfamília tomavam conta da cidade, incluindo Jason – o rebelde tinha voltado para casa, mas ainda se recusava a falar com Bruce e ir ver Damian.
Timothy e o caçula eram os únicos que ainda ficavam no laboratório, um desacordado e o outro ainda se desintoxicando. A pedido de Alfred, Tim só sairia de lá quando os pulmões estivessem funcionando perfeitamente – aquela toxina ainda desconhecida inalada em altas quantidades causou severos danos.
Tim estava aproveitando o tempo de descanso para fazer mais simulações. O notebook já estava consertado e funcionando a todo o vapor, com o nerd digitando as informações como se o mundo dependesse daquilo – e, talvez, realmente dependesse.
Se não fosse um dos aparelhos de monitoramento disparar, Drake nem ao menos iria notar o irmão se remexendo na maca e começando a desprender alguns dos fios.
— Dami? — Ele se levantou — Damian, fica parado! — pediu, indo até ele.
— Me acorda... — o caçula pediu, praticamente implorou, balançando a cabeça de um lado para o outro — Me acorda!
— Você já está acordado, gremlin! — Tim tentou o conter.
— Me acorda! — se contorceu mais.
— Damian! — o mais velho o chamou e, nervoso como estava, resolveu que seria uma boa ideia tentar acordar o irmão com um tapa no rosto. Ele acertou o caçula e, como esperado, Damian finalmente abriu os olhos.
Entretanto, os olhos verdes encaravam o nada, perdidos. A única coisa que o pequeno disse antes de voltar a dormir foi uma suplica:
— ... Me acorda desse pesadelo, por favor...
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Caverna, ala médica do laboratório – manhã do terceiro dia:
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— Eu não imaginei nada, ele estava tendo um pesadelo! — Tim teimou entre uma colherada e outra do cereal com leite que estava comendo como café-da-manhã.
— Foi uma crise epilética, Mestre Tim, por isso alguns fios se desprenderam... — Alfred tentava soar como a voz da razão, mas Bruce estava interessado na outra versão dos fatos:
— E como sabe que era um pesadelo? Ele falou alguma coisa?
— Só ficava pedindo pra acordar ele... — Ergueu os ombros.
— Então era um pesadelo... — Jason disse desinteressado, desviando o olhar para um ponto qualquer — Ele fica pedindo pra acordar ele quando tem sonhos ruins.
O rebelde só tinha ido até lá, apesar de toda a mágoa com Bruce, porque Tim havia ligado para todos avisando que Damian tinha acordado novamente. Porém, só serviu para piorar ainda mais o clima entre pai e filho rebelde.
— E o que você fez?
— ... Dei um tapa nele, mas não funcionou — Timmy encarou o chão, envergonhado por ter batido em uma criança naquele estado.
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Reviver
FanfictionReviver é voltar à vida, é relembrar de do que passou e renovar em uma melhor versão. Tudo conciliou para que Damian revivesse, experimentasse a vida de um rapaz normal, com uma família normal, em um mundo normal. Damian reviveu, deixando Robin mort...