— Você tem certeza disso, Senhor Phiravich?
Eu sorri para a secretária da Faculdade e assenti de leve. Eu não precisava daquele curso, nunca precisei, mas eu queria o diploma como mais um fato que poderia esfregar na cara dos meus odiosos pais, contudo, eu sabia o que estava por vir e por isso decidi que terminaria a universidade depois.
O importante era os outros dois que estavam ali. Minseok que estava concluindo o curso e Ae que precisava terminar o primeiro ano. Terminei os tramites e saí da área administrativa de forma mais lenta do que gostaria, mas com a voz imperiosa e praticamente assassina do Pete nos ouvidos:
"Se você desmaiar de novo e ainda fora de casa, Tin, eu não respondo por mim".
Assim, melhor devagar que correndo o risco de estressar meu mais novo quase marido doce mortal. Quem veio dirigindo foi o Minseok, porque também não tinha autorização de dirigir ainda e por isso tinha a tarde inteira para resolver outras coisas até ele passar e buscar Ae e eu para casa.
Casa...
Se um dia alguém me dissesse que ia pensar em uma igreja modificada para uma fazenda, camping exótica, como casa, eu iria com certeza indicar a pessoa para um tratamento psicológico. Mas agora era verdade, pura verdade embora... Eu soubesse que aquilo era até os bebês nascerem.
Can tinha feito uma permuta com Margot e em troca de limpar a OMMP para ela, Can negociou minha coroa. Sempre pensei que ela queria meu cérebro como atuante, mas não como pivô de todos os problemas titânicos da organização.
Quando mais novo eu queria o poder e status da OMMP para usar contra meus inimigos, agora...
Não sabia se queria meus quase maridos naquele ninho.
Agora não era só sobre mim, era sobre minha família.
Contudo quando finalmente me sentei em um espaço tranquilo e abri meu notebook, os milhões de e-mails a minha espera, havia três com o símbolo real da OMMP.
Dois eram da Margot, claro. Um... Era do Purple Flower.
Ri seco e abri aquele. Era um e-mail curto, seco, prático. Como o próprio dono.
Parabéns garoto, você conseguiu. Ainda não entendo como Margot permitiu uma coisa dessas, mas ela é minha rainha e eu a obedeço. Se prepare, antes de dar golpe no Conselho, você passa por mim, se suportar a dor, você vai, senão, esqueça. Não vou obedecer a um rei fraco.
Ren.
— Você esperou todos esses anos para me ferrar, e agora conseguiu, deve estar todo felizinho.
Resmunguei baixo abrindo o primeiro e-mail da rainha:
Phiravich,
Espero que esteja melhor do seu acidente, pois sei que vai ler esse e-mail quando estiver de alta. Deu um grande susto em seu pseudo pet, não foi? Ou devo chamá-lo de irmã Mio não oficial? Sei que as Cicutas também estão rondando-o como vespas, parabéns, você queria minha influência para derrubar as torres inimigas e conseguiu duas rainhas e seus exércitos de fêmeas no pequeno xadrez. Enfim, vamos dar um golpe e Can e eu já organizamos a data, um dia antes do próximo baile anual. Seja delicado e venha com traje a rigor e de preferência com a cicatriz a mostra, precisa se fazer de bárbaro, mas ambos sabemos que você é bárbaro e brutal, certo, meu pequeno regente? Sei que seu show será épico. Eu sei do seu segredinho, mas jamais direi a alguém, fique tranquilo. Também temos um acordo sobre o Castelo das flores voltar para minhas mãos em vinte anos e claro, Tuany deve ser tratada como a princesa que é com tudo o que tem direito, não pense que eu não saberei se minha filha tiver um mínimo que seja de problemas, Tin meu querido. No mais, você lida do seu próprio jeito. Boa sorte!
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Tin
Romance- Você destruirá o mundo, garoto. A voz da mão direita da rainha, Ren, soou irritada e tensa. Eu, naquele momento coberto de raiva - Algo que sempre me acompanhava desde que nasci - E um certo desejo de destruir todos que me irritavam e principa...