Amor - Parte 2

495 73 171
                                    



  Aquilo se tornou o inferno em segundos.

Eu na verdade só percebi que estava ficando histérico ainda que silencioso, quando Minseok surgiu no meu lado tentando me afastar do Pete que ainda se debatia.

O trailer ficou pequeno enquanto Dr. Jin entrava com o cachorro em forma humana se curvando com cuidado para pegar o Pete no colo:

— NÃO!

Eu gritei.

Can veio e puxou meu rosto enquanto Seok tirava Pete do meu colo:

— Tin, confia em mim, Pete precisa ir para a clínica.

— Se ele morrer...

Minha voz parecia insana em loucura e Can me beijou forte até que parasse de tremer:

— Ele não vai – Can disse baixo encostando a testa na minha – Ele não vai.

Virei meu rosto e percebi que apenas eu e Can ainda estávamos ali.

— Ele... Ele...

— Tin. Confia em mim.

Eu fechei os olhos e apertei minhas mãos caídas ao lado do meu corpo ainda sentado na cama. Congelado, em torpor alucinado.

— Can... – Ergui os olhos para ele em pânico – Me promete que não vai deixar nada acontecer.

— Eu não vou, eu...

E então ele arregalou os olhos me soltando e envolvendo as mãos na barriga.

Eu senti tudo ao meu redor rodar...

Não... Não! NÃO... NÃO!

— Can!

— Mestre!

E Jili estava ali se curvando sobre Can e tocando a barriga dele com cuidado.

Só podia ser um pesadelo, não era possível! Não assim! Não era hora de nenhum dos dois, inferno!

INFERNO!

— Tin... O-O... X-Xiao...

Can caiu com um joelho no chão e isso foi o suficiente para eu sair da letargia e agir.

Praticamente avancei no Can e o ergui no meu colo me virando para o espelho de forma furiosa:

— Chama quem tem que chamar, vai!

Pela primeira vez ele não me respondeu.

Apenas correu para o espelho e eu saí com Can no colo ofegando forte e começando a transpirar pesado:

— Vai ficar tudo bem, vai ficar... Se acalme e...

— Se preocupe com você, Cantaloupe! – Resmunguei e então me dei conta da estupidez e abaixei minha cabeça o olhando enquanto o levava para a clínica – Desculpe, eu...

— Está tudo bem – Ele sorriu um pouco antes de fechar os olhos com alguma pontada, possivelmente – Eu sei o que me espera e...

— Mas eu não, não diga isso de novo. Não saber me deixa louco!

— Bem vindo a um parto, papai.

Ele ainda teve a gracinha de me provocar.

— Pare, Tin.

TinOnde histórias criam vida. Descubra agora