Você

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— Ainda me sinto culpado saindo de casa e passando a noite fora quando o Pete e o Can ficam com as crianças.

Ae resmungou enquanto entrávamos em um bangalô de um hotel agradável e de frente para a praia em uma cidadezinha litorânea há três horas de Bangkok. Eu consegui reservá-lo em cima da hora, mas com pouco esforço consegui um dos melhores bangalôs.

Realmente ainda que eu tivesse usado do artificio que eu precisava de descanso, para que Ae aceitasse, quando cheguei ali me dei conta que também estava exausto. A cama era imensa, chamativa e naquele exato segundo me senti o Can sobre coisas macias e aptas a dormir por dia seguidos.

Sorri divertido com meu súbito desejo de apagar totalmente enquanto Minseok entrava no quarto, colocava as chaves do carro em uma mesinha lateral e se sentava no sofá espaçoso do ambiente.

— Pete disse que está tudo bem e que fazíamos muito bem em dar uma pausa, Ae. Eles estão bem e eu passei todas as informações daqui para eles. Vamos jantar de frente para o mar, respirar ar fresquinho, dormir e voltamos amanhã renovados, que tal?

— Hummm... – Ae deu uma volta pela construção e grudou os olhos na varandinha que levava a areia da praia – Eu acho esse deque mal estruturado, precisava de uma camada a mais de madeira.

— Eu achei que o workaholic éramos nós dois, mas veja só, ele já está criticando a construção – Minseok disse rindo baixo e me olhando risonho. Eu dei de ombros, talvez todos nós fossemos meio loucos sobre nossas funções. Ae se voltou para nós e acabou tirando a carteira, o celular e colocando tudo junto com a mochila em um canto. Ele tinha vindo direto das aulas afinal.

— Então... O que faremos?

— Você vai dormir até o jantar de preferência.

— Não estou com sono, Tin.

— Deite-se mesmo assim – Apontei para a cama e então pensei que era melhor ele tomar banho primeiro – Quer dizer, vá tomar banho, vista algo mais confortável e durma.

— Eu não trouxe roupas, você nem nos deixou passar em casa.

Ae me olhou levemente chateado e eu sorri irônico:

— Não precisa de roupas, você definiu esse abdômen tão bem que seria desperdício, dentro de casa, claro.

— Tin!

— Estou falando a verdade. Vá, vá logo homem!

— Homem louco.

Ele resmungou, mas foi para o banheiro, Minseok me olhou rindo com os olhos e apertando os lábios divertidos:

— Você o provoca em todas as oportunidades.

— Está no meu DNA.

— Você gosta muito dele, não é? Admite.

— Eu amo todos os meus maridos, está no pacote.

— Não somos casados.

— Ainda não oficialmente, mas vou resolver isso em breve. Eu tenho meus meios.

— Tãoooooooo decidido.

Ele provocou e eu fui para ele empurrando o corpo para se encostar no sofá e subi no colo em seguida, para ficar cara a cara com ele e sorri maligno:

— Você assinou sua permissão nas letras miúdas do contrato quando deu em cima do Can, Raio de sol. Lide com isso.

— Eu lido, não por isso - Minseok virou nós dois e logo eu estava debaixo dele no sofá o encarando desafiante. Ele sorriu tão maligno quanto eu – Eu posso lidar com qualquer coisa que você demandar, Tin, a pergunta é, você pode fazer o mesmo?

TinOnde histórias criam vida. Descubra agora