Pousamos no aeroporto particular de Sidney com o dia nascendo.
Zong tinha chegado no nosso hotel no Camboja horas antes de embarcarmos e parecia tenso sobre isso. Eu não o julgava, embora quase ninguém soubesse da OMMP ou o que ela era e realmente significava, no submundo do mundo havia contos e fofocas e não eram nada atraentes.
Aquele homem era chinês e a China tinha um braço da organização muito atuante até onde eu consegui descobrir na época. Mesmo sem saber dos detalhes porque Can pediu para que eu não me envolvesse e na época era o usurpador tomando a frente do meu Can, eu sabia que Can fez uma faxina na escória da OMMP pela Margot e o preço disso foi ela passar a coroa para mim em um jogo perigoso de golpe.
Ela saia, eu entrava e a minha única função era lidar com o conselho e com as consequências.
Quebraríamos uma tradição secular.
Can falou em mudar a Roda, contudo eu não tinha intenção de mudar a roda e nem quebrá-la. Eu seria a roda, porque só assim poderia dar o que Pete e Can desejavam.
Mas as coisas agora tinham mudado.
Eu era o principal suspeito da chacina na mansão dos Phiravich e conhecia bem os 'não limites' de Magnólia Margot o suficiente para saber que ela podia e usaria isso contra mim. Recorrer a ela era um punhal de dois gumes coberto de veneno e afiado como uma navalha.
Ela era sádica como o meu pior lado e ambos sabíamos disso.
Saímos do jatinho e tinha uma limusine nos esperando e ninguém menos do que o Purple Flower - Ren, mão direita da rainha e a quem eu provoquei anos antes, e com certeza queria mesmo minha cabeça junto de sua amada líder, estava encostado nela, com a juba roxa presa em um rabo de cavalo e roupa oficial de gala dos guardiões.
Tudo preto dos pés a cabeça e o símbolo da OMMP em dourado bordado na manga esquerda.
Sorri cínico.
O e-mail curto dele voltou a minha mente, palavra a palavra, enquanto íamos em direção ao carro luxuoso e proposital. Margot sabia que eu tinha uma criança comigo, aliás aquela altura ela devia ter acessado até os documentos oficiais da polícia no caso da chacina, ela sabia jogar o jogo:
"Parabéns garoto, você conseguiu. Ainda não entendo como Margot permitiu uma coisa dessas, mas ela é minha rainha e eu a obedeço. Se prepare, antes de dar golpe no Conselho, você passa por mim, se suportar a dor, você vai, senão, esqueça. Não vou obedecer a um rei fraco.
Ren."
Eu iria passar por ele e aparentemente seria naquele dia.
Ele devia estar saltitando de felicidade estonteante.
Cheguei diante dele e ele olhou diretamente para Phu que naquele momento estava colado ao meu lado e com a mesma desconfiança que eu. Meu sobrinho... Tinha traços da minha personalidade, eu sabia.
— Seja bem-vindo, Phu! Como foi de viagem?
Purple Flower perguntou realmente interessado e parecia amável com a criança. Phu relaxou um pouquinho e assentiu:
— Foi cansativa, mas podia ter sido pior.
— Imagino, está com fome?
— Estou.
Ren sorriu suave, de verdade e eu me dei conta do porquê. Ele automaticamente classificou Phu como Pet e sendo assim, ele seria todo seda e amores, óbvio. Ele era o líder dos guardiões, o chefe da guarda também, ele era o exemplo a ser seguido. Embora aparentemente ele tinha falhado naquele quesito.
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Tin
Romance- Você destruirá o mundo, garoto. A voz da mão direita da rainha, Ren, soou irritada e tensa. Eu, naquele momento coberto de raiva - Algo que sempre me acompanhava desde que nasci - E um certo desejo de destruir todos que me irritavam e principa...