Mulheres

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 E deu tempo pessoal! Amém!

A reunião entre nós três levou quase o dia todo, mas no fim concordamos em uma série de coisas, entre elas que eles permaneceriam no Conselho pelos próximos dois anos, um conselho provisório de 'guerra' que eu pretendia montar e que me ajudariam a encontrar mulheres dentro da OMMP para assumirem as onze cadeiras restantes.

Iríamos rever as leis, organizar os hábitos 'tradicionais', reformular comportamentos e impor algumas regras que deviam colaborar com a ordem de verdade.

Eu tinha planos de visitar cada família tradicional pessoalmente, me reunir com os príncipes das outras quatro famílias reais e resolver de uma vez por todas as várias babaquices que a OMMP deixou entrar em seu meio. Claro que não usei esse termo com eles, mas dava no mesmo.

Minha família não iria habitar uma sociedade problemática, não mesmo! E ambos concordavam comigo sobre aquele aspecto.

Voltei para o Domo, já que me reuni com os dois no jardim do palácio, para ver Cai me esperando com uma sacola do Burger King.

— Sério isso?

— Você cozinha? Eu não, e minha serva de cozinha e copa em casa não sai da minha mansão e hoje não é um bom dia para sair do palácio, você no caso.

Ele sorriu todo mal e zombador e eu rolei os olhos. Adolescentes... Mesmo os máquina de matar eram esfomeados nas porcarias.

— Assume que isso é desculpa para comer gordura saturada e dizer que não é você.

Ele deu de ombros e eu ri lembrando que agora eu tinha uma adolescente em casa também. Lay...

Deixei meu sorriso cair e suspirei, havia mil coisas a serem feitas em casa... Mil decisões e Pete ainda estava auto sedado.

— Vamos comer. Eu quero ir dormir cedo hoje.

Visitei Phu no quarto e sorri ao pegar ele falando todo empolgado com o Saint por uma vídeo conferência. Ele estava mesmo mostrando a cortina do quarto dele?

— Tem algo de misterioso na cortina do seu quarto?

Perguntei falsamente curioso chegando por trás do vídeo e vendo Saint com um olhar de tolerância que realmente não pertencia a uma criança de nove anos. Ele nem se dignou a me dar oi, a não ser um aceno. Phu se voltou animado para mim:

— Yao disse que ouviu por aí que essas cortinas são as mesmas que formam bordadas pela Dama em pessoa e que se salvou na viagem do navio até aqui, dá para acreditar?

Olhei de relance para o tecido que sim, parecia um veludo bem cuidado, mas nunca que teria mais de duzentos anos.

— Oh é mesmo!? Ela era uma boa bordadeira então, porque essas flores na barra das cortinas são mesmo bem feitas.

— Viu! Tio Tin sabe dessas coisas, eu disse que era verdade!

E ele pareceu que podia pular pelo celular e agarrar o pescoço do Saint que me olhou claramente com enfado me julgando.

— Quando você volta para casa?

Ele perguntou do nada, sem emoção e eu estiquei os braços lentamente falando com preguiça...

— Saudades de mim?

— Minseok está passando mal. Enjoos.

Parei de brincar na hora e o encarei fixo:

— Explique isso.

— Ele passa muito tempo do lado da cama do Pete e anda tendo enjoos, eu não sei mais o que aconteceu.

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