EXTRA - Compras parte 2

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— Bom dia, tio Tin!

— Bom dia, Phu, se troque rápido!

— Okieee!

Estávamos no fim da rua da nossa mansão e em um ponto cego das câmeras. Queria que o meu sobrinho se divertisse e não tivesse perturbações vindas dos seguranças.

— Ei, oi.

Phu se virou e deu um oi geral e Saint o olhou sério, sério demais para uma criança de oito anos. As meninas repetiram que estavam com fome e o garotinho resmungou algo ainda com o dedão do pé na boca. Elas falavam inglês e eles francês, mas meu sobrinho entendia bem aqueles idiomas. Por isso ele repetiu em inglês e teve uma melhor reação.

Acabei sorrindo de canto:

— Bem-vindo a minha creche. Você é meu tradutor oficial, fique de olho neles, ok?

— Copiado, tio!

E Nisso ele já trocava a camiseta por uma blusinha rosa claro e a calça por uma saia plissada. Phu era rápido e logo estava despenteando os cabelos para ficar 'descolado'.

— Estou bonito?

Ele perguntou para mim enquanto terminava de vestir um tênis furta-cor com laços. Eu assenti e dei uma piscadinha:

— Vamos fazer compras, coloque o cinto, copiloto!

Liguei o carro e saímos dali sendo seguidos por Ae que eu conferi pelo retrovisor e ainda tinha as crianças dormindo e estava tranquilo no volante.

— Quem é o cara da Ferrari, tio Tin?

— Meu outro marido em segredo.

— Wow! Tem mais alguém?

— São quatro, pense como o harém do tio Tin.

Disse rolando os olhos internamente.

Explicando assim fica mais fácil, Phu gostava de histórias de harém árabes.

— Como os sultões?

— Quase, a lei não é sustentar as esposas igualmente? Então, estou no processo disso.

Phu deu uma risadinha e eu acabei rindo também.

— Boa sorte tio Tin, o harém gastou a fortuna inteira do terceiro sultão de Bagdá.

— Pois é, logo vou ter que trabalhar assalariado. Com o harém veio uma dúzia de filhos e tem mais sete a caminho, Phu, eu de verdade corro o risco de ficar pobre, se tiver alguma ideia sou todos ouvidos.

Gracejei e logo ríamos juntos.

Quando chegamos no restaurante exclusivo e próximo do maior shopping da região, eu que já tinha ido ali algumas vezes, reconheci o maitre antes de sair do carro.

— Phu, fique aqui com eles, eu vou reservar uma cabine para nós em reservado.

— Certo.

Sai do carro e fiz sinal para o Ae me esperar antes de eu ir falar com o Maitre.

— Senhor Phiravich.

— Bom dia, eu preciso de uma cabine grande e privativa para agora, Mesa baixa em estilo japonês, café da manhã completo por favor e só com atendentes mais velhas e pacientes. É possível?

— Quantas pessoas?

— Dez crianças, dois adultos, tempo indeterminado.

Ele se curvou e chamou um atendente, explicou, pediu e o instruiu a me guiar. Fui para o carro do Ae enquanto um manobrista se aproximou.

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