Eu fingi dormir até que consegui que Yao e Zong que estavam no mesmo quarto comigo, caíssem em sono exausto também. Phu já estava desmaiado na cama ao meu lado e ressonava baixinho.
Usei aquele tempo para traçar um plano e finalmente eu estava satisfeito com ele, mas precisava primeiro corrigir uma pequena falha e nisso, Joy entrava como especialista.
Saí do quarto de motel com o meu silêncio habitual e entrei no quarto das Velvet rompendo a tranca da porta mal feita. Estávamos em um motel de beira de estrada propositalmente e aquilo também era interessante aos meus planos.
Entrei no quarto por um pequeno vão e logo tinha uma arma na minha cabeça.
Ri baixo:
— É assim que me recebem na cama depois de me roubarem de uma mulher mais velha?
Debochei enquanto ouvia Wendy resmungar e abaixar a pistola:
— Porra, Tin! Bate da próxima vez.
— Tenho dois carcereiros, não dava para fazer barulho – Continuei falando baixo e então olhei ao redor, Joy não estava ali – Onde a baixinha está?
— Com os meninos lá fora. Espera, deixa eu me vestir e a gente desce.
— Ok.
Notei que ela estava só de calcinha naquele momento e rolei os olhos. Se Pete soubesse que eu fiquei em um quarto com uma mulher seminua com certeza eu seria degolado. Ainda que fosse as Velvet ou justamente por serem elas.
Eu não tinha contado sobre elas a ninguém e isso seria outro problema, droga.
Saímos do quarto com ela terminando de vestir um vestido curto e eu olhei um pouco atravessado:
— Não acha que isso daí está curto demais, não?
— O quê, virou paternalista agora?
— Wendy...
— Aí Tin, para que está feio! Se eu quiser sair nua eu saio e se algum homem vier de gracinha eu meto bala na testa, quero ver.
— Sobre bala na testa, eu preciso aprender a atirar para ontem.
Wendy parou comigo do alto da escada e me olhou séria:
— Você nunca quis sujar a mão, por que mudou agora?
— Variáveis. Eu quero cobrir todas as variáveis.
— Tin... Seu bem mais precioso é o cérebro, não os músculos.
— Por isso quero aprender a atirar. Não é sobre músculos, é sobre velocidade e mira.
— Existe força braçal também, uma arma com o peso certo ajuda na mira, como um rifle.
Assenti. Dica anotada com sucesso.
Ela voltou a descer e logo passávamos pelo hall e saíamos da construção de dois andares indo para o furgão no ponto mais longe do estacionamento. Do outro lado do furgão, Joy e dois homens estavam assando marshmallows em uma mini fogueira, sentados em banquinhos de acampamento e rindo como um bando de adolescentes.
Olhei de canto para a Wendy que deu de ombros:
— Gostamos de doce, lide com isso.
— Tin! Insônia?
— Também, Joy – Respondi assentindo para os dois caras que deram um oi bem efusivo para mercenários. O loiro inclusive estava com as bochechas cheia de doce como um hamster – São irmãos do fofoqueiro, presumo.
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Tin
Romance- Você destruirá o mundo, garoto. A voz da mão direita da rainha, Ren, soou irritada e tensa. Eu, naquele momento coberto de raiva - Algo que sempre me acompanhava desde que nasci - E um certo desejo de destruir todos que me irritavam e principa...