Desejo e Ódio - LIVRO 1

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Abro meus olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade que entrava no quarto. Sinto um braço sendo passado por minha cintura e um corpo se aconchegando mais a mim.

Puta merda!

Rapidamente olho para o lado, logo encontrado uma loira deitada nua, enquanto seu corpo está envolvido por um lençol, deixando apenas seus seios a mostra.

Eu deveria ter ficado muito bêbado ontem, porque eu não faço a mínima ideia de como vim parar até aqui, com essa mulher me abraçando.

Pego em seu braço com cuidado, tirando-o de cima de mim. Me levanto tentando fazer o mínimo de barulho possível e começo a procura pelas minhas roupas.

Isso já tinha virado uma rotina para mim.

Quase todas as noites eu e meu irmão mais velho, saiamos e entramos na primeira boate que encontramos pelo caminho, e adivinha o que vinha depois?

Era óbvio! Enchíamos a cara e terminavam dormindo com a primeira que víamos em nossa frente.

Por mais que eu soubesse que isso era errado, era o único jeito de me fazer esquecer das merdas que já haviam acontecido. Eu esquecia quem eu era, os problemas simplesmente sumiam e eu me entregava ao prazer de estar dentro de uma mulher quente e apertada enquanto ela gemia em cima de mim. Aquilo era música para os meus ouvidos.

Assim que termino de me vestir, saio do quarto e começo a andar pelo corredor da casa, tentando achar a porta da frente. Pego meu celular que está no bolso da minha calça e vejo que já se  passava das nove da manhã.

Porra, meu pai vai me matar.

Consigo achar a sala e logo vejo o corpo de David Jogado no sofá. Ele estava sem camisa e com o zíper da calça aberto. Provavelmente tinha acontecido com ele o mesmo que aconteceu comigo na noite anterior. Ando até ele e balanço seu corpo.

— David? — Chamo, porém ele continua dormindo como uma pedra. — Porra cara, levanta logo! — Digo um pouco mais alto, impaciente e logo vejo ele começar a abrir os olhos.

— Há?… O que aconteceu? — ele perguntou um pouco atordoado, olhando para os lados.

— Aconteceu que se eu não estiver na agência do FBI daqui a trinta minutos, o nosso pai vai incorporar o chefe insuportável e vai encher a porra do meu saco, e tudo o que eu menos quero é que aconteça isso hoje. —  David continua quieto. Ele volta a fechar os olhos lentamente e se joga no sofá com um resmungo. — Caralho, David. Vê se não fode, seu merda. Levanta logo daí! — Pego em seu braço, tentando puxar ele para fora daqui.

Seria um grande trabalhando colocar David para fora antes que a garota acordasse, e eu não estava preparado para enfrentar isso logo agora, em plena às nove da manhã.