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Minha cabeça girava, minha garganta estava seca, o sentimento ruim corroía meu peito como um parasita

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Minha cabeça girava, minha garganta estava seca, o sentimento ruim corroía meu peito como um parasita.

Já tínhamos chegado na agência há quase uma hora, eu ainda vestia o vestido de festa, o cheiro dele ainda estava em mim, aquele maldito cheiro amadeirado, impregnado no meu corpo como a porra de uma tatuagem. Quis arrancar minha pele, apenas para esquecer tudo que havia acontecido dentro daquele clube.

Na sala de reuniões, todos os agentes estavam sentados em volta da mesa, e pela minha grande sorte, Caleb sentou bem na minha frente. Seus olhos em nenhum momento pousaram sobre mim, como se sentisse a mesmo que eu, como se quisesse apagar a droga dessa noite de seus pensamentos.

Quero correr e me esconder, fugir e não ter que lidar com toda essa caos embaraçado.

- Como deixaram isso acontecer? - A voz enfurecida de Oliver é o que me faz voltar a realidade.

- Chegamos tarde demais. - Diz caleb, usando as mesmas palavras que a dona do clube disse. - Estava fora do nosso controle.

- Fora do nosso controle? - Oliver exclama ao se levantar da mesma. - Somos uma agência, somos o FBI, porra! - Ele bate sua mão contra a mesma. - Nada pode estar fora do nosso controle, sempre temos que estar atentos a tudo, a cada pista, missão, ou seja, lá o que tenhamos que fazer, nada pode sair dos trilhos. Não podemos vacilar, pessoas estão envolvidas nisso... - Ele suspira e olha para o rosto de cada um - vidas estão em perigo.

- Temos total noção disso Oliver. - Tomo coragem de dizer algo, mesmo sentindo meu corpo ficar tenso ao sentir os olhos de todos sobre mim, incluindo ele. - Nos arriscamos, muito, indo até aquele clube. Talvez, poderíamos ter entrado em uma emboscada, já que ele sabe que a FBI está o caçando, mas ao contrário, conseguimos algumas informações valiosas, temos agora a certeza de onde ele está e algo pior não aconteceu. - todos prestam atenção em cada palavra que digo, alguns concordando comigo, o que aumenta ainda mais minha confiança aqui dentro.

Já não me sinto tão pequena como quando cheguei. Acho que estou conseguindo lentamente achar que meu lugar aqui dentro, e isso me enche de esperanças, que talvez as coisas voltem para seu devido lugar, ou assim espero que aconteça.

- Thomas é um verme, consegue rastejar sobre nossos pés sem o menor esforço. - Fala Nicolas que está na ponta da mesa, perto de Oliver.

- De fato. - afirmo - O que podemos fazer agora é montar um plano, trabalhar mais ainda em uma forma de chegar até ele, e assim dar um fim nessa missão.

Oliver observa tudo calado, absorvendo gradualmente. Ele volta a suspirar, passa as mãos em seus cabelos parecendo exausto ao se sentar.

- Tem razão, Morgana. - Diz ao me encarar e acabo soltando a respiração que mal tinha me dado conta de que estou segurando.

- O que fazemos agora? - Pergunta Nicolas

- Voltamos para Nova York na próxima segunda-feira. Dessa vez, temos que ser o mais discretos possíveis. Trabalharemos como fantasmas, sem deixar rastros.

Desejo e Ódio - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora