21

5.3K 315 30
                                    

Parando e frente a porta do quarto do nosso hotel, girei a maçaneta, adentrando o quarto, sendo engolida pela escuridão que habitava aquele lugar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Parando e frente a porta do quarto do nosso hotel, girei a maçaneta, adentrando o quarto, sendo engolida pela escuridão que habitava aquele lugar. Ouço a porta sendo fechada, minha cabeça é puxada para todas as coisas que aconteceram hoje, me fazendo lembrar, logo sendo seguida por um nó que se forma em minha garganta.

Tirei minha jaqueta, jogando em cima da cama, parei totalmente imóvel no meio do quarto. Eu não sabia o que fazer, o que falar ou até mesmo como me mover perto dele. Eu havia perdido todas as minhas forças.

No carro, ele não havia dito nenhuma palavra, o silêncio me corroeu como uma doença que estava me comendo por dentro, e isso me incomodou um pouco. Talvez eu tivesse a sensação de que ele tentaria conversar, se explicar, ou até mesmo contar uma boa desculpa, para sair como uma vítima de toda essa situação conturbada, mas não, ele se calou.

Observei ele em silêncio andar até sua cômoda, tirando a arma que estava em sua cintura e guardado a mesma onde ele sempre colocava. Meu coração bateu ao pensar na possibilidade dele poder puxar aquela arma e apontar para o homem que eu havia beijado. Ele parecia transtornado, não estava pensando nas consequências.

Eu nunca havia o visto assim.

Ainda com meus olhos sobre ele, Caleb andou até o banheiro tirando sua camisa social e sumido para dentro.

Me sentei sobre a cama, cansada. Soltando um suspiro longo e passando as mãos em meus cabelos. Todo o álcool que havia em meu organismo havia sumido, minha cabeça latejava de tanta dor, e eu sabia que minha aparecia não era uma das melhor. Meu interior, eu o sentia sangrar. Eu tinha que superar, eu precisava disso.

Meu trabalho dependia disso, e minha saúde mental também. Eu teria que ser forte, e eu seria, não deixaria nada me abalar, custe o que custar.

Me levantei, indo em direção a minhas malas que ainda estavam no chão. Com tanta coisa acontecendo, acabei não tendo tempo de organizar minhas coisas no closet. Revirei a mesma que estava um pouco bagunçado, tendo um pouco de dificuldade de achar alguma coisa para vestir no meio de toda aquela bagunça. Mas para minha sorte, acabei achando um conjunto de pijama de seda, da cor vinho que eu havia trazido.

Olhei para o banheiro ainda vendo a porta fechada. Foda-se, eu me vestiria aqui mesmo.

Começo a me despir, tirando minha calça e minha blusa, quando estou somente com o conjunto de sutiã e calcinha, escuto a porta do banheiro sendo aberta e endureço no lugar, parando o que eu estava fazendo. Ouço seus passos se aproximando de mim, meu coração começa a bater rápido, e quando acho que ele me tocaria ou tentaria algo do tipo, ele passa por mim e se senta na cama, me encarando, com aqueles grandes olhos azuis. Droga, eu amava aqueles olhos em mim.

Evitando todo aquela tensão que se estalou naquele quarto, voltei a fazer o que eu estava fazendo. Tirei meu sutiã, sentindo seu olhar queimar em cada pedaço do meu corpo. Respirei fundo, pegando meu pijama e me vestindo. Minha intenção não era de provocá-lo, até porque, sexo não iria resolver todo esse problema, e a única coisa que eu queria, era dormi, e esquecer ele, apenas por algumas míseras horas.

Desejo e Ódio - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora