Eu ainda permanecia sentada no bar. Perdi o contas de quantos copos de bebidas eu já havia tomado, sozinha. O barman me encarava de longe, enquanto secava um copo em suas mãos. Assisti ele se aproximar e parar em minha frente, se inclinando para ficar mais perto do meu rosto.
- Não vou te trazer mais bebidas, mocinha. - ele fala um pouco alto para que eu ouça, por conta da música eletrônica que tocava alto.
Acabei sorrindo com suas palavras e seu tom brincalhão.
- Foda-se, eu quero outra tequila. - peço com a voz um pouco enrolada.
- Você está incrivelmente bêbada. - fala e toca a ponta do meu nariz com seu dedo indicador, ergo uma sobrancelha para ele, desafiando.
Eu sabia que eu estava bêbada, mais do que devia, mas não admitiria para ninguém.
- Eu não estou bêbada! - protesto.
- Está sim. E por conta disso, chamarei um táxi para te levar para casa. Não deixarei você ir para casa desse jeito sozinha.
Nego rapidamente, levantando meu dedo e balanço de um lado para o outro.
- Eu não estou sozinha. - Digo sorrindo, graças ao efeito do álcool. - O meu colega de trabalho, ou melhor, "O homem que me come", veio comigo, então vou atrás e aí podemos ir embora.
- Ele é uma babaca por deixar você sozinha. - o homem em minha frente diz com sinceridade.
Paro de rir, sentindo uma dor fina atingir meu peito.
É, talvez ele fosse mesmo.
- De qualquer forma, obrigada pela bebida. - Digo me levantando e saio sem dar uma chance para ele dizer algo.
Talvez eu estivesse com um pouco de ciúmes do Caleb, ou isso poderia ser o álcool, fazendo eu sentir sentimentos que não existiam.
Andei pela multidão. Corpos suados esbarrando em mim, pessoas dançado sob a luz azul néon que cobria o lugar, deixando tudo mais sexy e excitante.
Chegando em um lugar mais afastado, observei o lugar um pouco mais vazio, casais se beijavam, outros flertavam. Até meus olhos caíram sobre os cabelos escuros que eu sabia muito bem a quem pertencia. Nem mesmo o álcool conseguia fazer com que eu não a conhecesse. Amélia estava encostada na parede, e para minha surpresa, Caleb estava perto dela. Muito próximos, e aquilo começou a me incomodar.
Caleb tinha uma expressão indecifrável em seu rosto. Amélia tentou tocá-lo, mas ele esquivou. Parecendo perder a paciência, ela agarrou seu rosto com as duas mãos e o puxou, grudando suas bocas com urgência.
Dando um passo para trás em choque, meu corpo foi atingido por uma dor que senti apenas uma vez na minha vida. Quando perdi meu pai. Meus olhos foram tomados pelas lágrimas, e minha respiração ficou pesada, quase impossível de sair pela boca ou nariz. Eu estava sufocado aqui dentro.
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Desejo e Ódio - LIVRO 1
Lãng mạnLivro sendo reescrito.⚠️ Morgana recebe um e-mail pelo qual aguardou a vida toda, ela foi aprovada para ingressar no FBI. Então ela e sua mãe se mudam para Nova York buscando seguir adiante e esquecer o passado que tanto as atormentar. Caleb trabal...