Capítulo 50

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                      MC narrando

Sábado            

Dia de baile,mó correria.

Enquanto o CL tá viajando o bagulho fica tudo na minha responsabilidade.

Era até bom,só que isso cansa véi.

Olhei no Rolex e vi que já era quase meio dia.

Desci pra cozinha e peguei comida na geladeira e coloquei no microondas pra esquentar.

Depois de quente eu comecei a comer.

Enquanto eu comia meu celular tocava.

Olhei e vi que era a Marina.

Puta que pariu que que essa mandada quer dessa vez.

Ligação📱

MC:Coe Marina,oque tu quer?- Falei tirando o prato da mesa.

Mari:A Gabi tá passando mal,leva ela pra um hospital.- Quase gritou.

MC:Passo ae agora.

Ligação📱

Já me preocupei,veio na mente vários bagulho.

Peguei a chefe do carro e sai de  casa a milhão.

Parei na frente da casa da Gabi e ela já tava no portão com a mãe.

Elas entraram no carro e fui saindo.

Pelo que a Mari falou a Gabi teve sangramento.

Parei em frente ao hospital e desci do carro,Abaixei bem o boné pra cobrir o máximo possível do rosto.

Peguei a Gabi no colo e entrei no hospital,eles colocaram ela em uma maca e levaram ela...

▪▪▪▪

Depois de duas horas disseram que a Gabi tava bem e que o bebê também tava.

MC:Ae Marina,eu vou pra casa.- Ela me olhou.

Mari:Nossa!- Soprou.

MC:Quié Marina?- Olhei pra ela que me olhou.

Mari:Não vai lá nem ver minha filha não,saber do filho de vocês?- Neguei.- Esse não era o pai que eu queria pra meu neto.- Encarei ela no ódio.- Um pai que nem se importa em saber do filho,um irresponsável um bandido irresponsável!- Gritou e geral que tava perto olhou.

MC:Tu tá na minha reta.- Apontei na cara dela arrumei o boné e sai do hospital.

Mais uma vez a Marina me tirando do sério,filha da puta do caralho.

Mais ela tá bem na minha reta,isso não vai passar sem cobrança não!

Peguei o carro e fui dirigindo pro morro novamente.

Parei na boca principal e entrei,acendi meu cigarro e fui fumar na janela.

Resolvi ir ver o coroa da Bruna.

Peguei o carro e despiei pra casa dela.

Ela tava sentada na calçada e quando eu parei o carro ela me olhou.

MC:Iae Bruna.- Fiz toque com ela ao sair do carro.

Bruna:Oi MC.- Sentei perto dela.- Como vai?

MC:Bem e tu,seu pai?

Bruna:Eu tô bem e meu pai tá melhorando.- Sorriu forçada.

MC:Tá acontecendo alguma coisa?- Olhei pra ela que limpou os olhos.

Bruna:Não,tá tudo bem.

MC:Cadê teu pai?

Bruna:Tá lá dentro,pode ir lá.- Apontou pra porta e eu levantei e entrei e fui até o quarto.

Olhei pro seu Zezinho que tava deitado de olhos fechados e bem quietinho.

Cheguei perto dele e fiquei olhando ele que não movia nem um dedo.

Coloquei e mão na testa dele e tava gelada,foi nessa hora que eu vi que ele tava morto.

Puta que pariu,como vou falar pra Bruna.

MC:Bruna,vem cá.- Gritei.

Ela veio e ficou olhando pro pai dela.

MC:Encosta nele aqui,ele tá gelado pô.- Ela deixou as lágrimas escaparem e veio até ele,ela encostou a mão na testa dele e se desesperou.

Bruna:Não pai,não.- Gritou chorando.- Ele morreu MC.

MC:Vem cá pô.- Abracei ela.

Bruna:Perdi minha única família.- Chorou mais ainda.

Abracei forte ela que chorava.

Bruna:Me tira daqui,me leva pra longe.- Pediu chorando.

Peguei na mão dela e sai puxando ela pra fora da casa.

Entrei no carro e ela entrou também,fui dirigindo pra fora do morro,O único lugar que eu lembrei na hora foi a praia.

Parei o carro em frente a praia,ela limpou as lágrimas e desceu do carro.

Tirou o chinelo e foi andando na areia.

Corri atrás dela e parei bem do lado,ela me olhou de relance e eu deixei um sorriso escapar.

MC:Bruna...- Parei de falar quando vi que a gente tava sendo cercado de policiais,tava tudo apontando arma pra gente.

Olhei pra cada policial que tinha ali,eram uns dez.

Me fodi.

Nem adianta eu tentar atirar,eu sou só um e eles são muitos.

Levantei a mão em rendição e eles foram se aproximando,com as armas ainda apontadas pra mim.

Um deles chegou bem perto de mim e tirou a arma que tava na minha cintura,jogou pra um outro PM e colocou as algemas em mim.

Eles algemaram a Bruna também,só que graças a Deus ela nem fica,ela tá apenas comigo é não tá fazendo nada de errado.

Eles me colocaram em um carro e a Bruna em outro.

Eu sei que essa merda toda que tá acontecendo é culpa da Marina.

▪▪▪▪

Eu tinha sido preso por 157,121,155,158 e 171.

Fodi bonito,peguei 17 anos de cadeia,até parece que vou ficar aqui esse tempo!

Bruna nem sei no que deu,mais provavelmente em nada.

Um guarda me levou pra cela e me jogou lá junto com uns 15 homens.

Entre eles já vi o índio,parceiro meu.

Índio:Pô.- Passou a mão na cabeça e fez toque comigo.

MC:Companhia pra tu aqui agora.

Índio:Caiu aqui por que pô?- Encostou na grade comigo.

MC:Uma pá de bagulho,eu nem esperava isso pô.

Índio:Ninguém nunca espera.

MC:O pior é que o CL tá de viagem,o morro agora tá sem ninguém no comando.- Soprei já preocupado.

Índio:Te arrumo um celular ae,tu liga pra ele,mais tem que ser rápido os guarda não dorme no ponto não.- Concordei.- Ae Juninho,descola o celular ae.- Um homem alto entregou um celular na mão dele e ele me deu.

MC:Valeu.

Peguei o celular e disquei o único número que eu lembrava,o da Alice.

A gente se conheceu na favelaOnde histórias criam vida. Descubra agora