24- Não vejo a hora de sermos nós

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SINA... ?.

Tudo estava escuro quando eu abri os olhos, apenas uma linha de luz iluminava o lugar onde eu estava. Senti o cheiro de Noah e fiquei mais calma, mas mesmo assim, eu ainda estava morrendo de medo. Sentei na cama e massageei o cantinho da minha testa, tentando aliviar a leve dor de cabeça que eu sentia. Respirei fundo e me vi vestindo uma camisa larga, mas nada por baixo. Fiquei ainda mais confusa, como se isso fosse possível.

— Noah?- minha voz saiu mais baixa que o esperado.

Eu estava sozinha, e muito assustada. Um quarto escuro era tudo o que me rodeava, eu estava completamente sozinha em algum lugar que eu nem sabia onde era. Um barulho fez com que eu me encolhesse na cama, uma luz foi acesa e eu vi Noah na porta, me senti aliviada. Reparei uma sacola em sua mão, a outra mão dele estava rodeada com uma faixa branca.

— Hey você- ele se aproximou sorrindo fraco, deixou a sacola ao meu lado na cama e sentou perto de mim. Eu quis que ele me tocasse, para que eu me sentisse confortável, como seu toque sempre fazia.

— Onde nós estamos?- segurei sua mão e entrelacei nossos dedos.

— Em uma cidade não muito longe de casa. Você está com alguma dor?

— Estou com fome- Jacob se esticou, tirou um sanduíche de dentro da sacola que segurava antes e me entregou— obrigada. Quando nós vamos embora?

— Amanhã cedo, o carro está no concerto- ele afastou do meu rosto uma mecha do meu cabelo— será que alguma dia você vai me perdoar?- senti seus dedos tocarem minha testa, me encolhi na mesma hora ao sentir ardor— perdi o controle do carro Si.

— Você se machucou?- perguntei preocupada.

— Não. Consegui evitar uma batida, e que você se machucasse muito- sorri fechado enquanto comia meu sanduíche, Noah continuou fazendo carinho no meu rosto enquanto eu comia, me dando até um certo conforto— você sentiu medo de mim, não sentiu?

— Não- embalei minha comida e deixei de lado para dar atenção ao Noah— só fiquei assustada.

— Desculpa- levantei do colchão e subi em seu colo, o abraçando com força. Eu não queria que ele ficasse mal, pois algo muito sério e grave devia ter acontecido para fazer ele agir daquele jeito.

— Está tudo bem, nós estamos bem e tudo vai se resolver. Mas você precisa ter paciência Jacob, não é assim que nós vamos resolver as coisas. Tínhamos combinado ir com calma, por quê você mudou de ideia?

— Eu preciso te proteger- ele me apertou um pouco mais forte— preciso ter certeza de que você está bem, não posso correr o risco.

— Mas o que poderia me machucar?- beijei sua cabeça.

— Eu. Eu precisava te deixar longe de mim- ele fungou o nariz, me afastei dele e vi seus olhos vermelhos antes que ele abaixasse a cabeça.

— Não quero ficar longe de você- levantei seu rosto e o beijei delicadamente, tentando passar alguma tranquilidade que nem eu mesma tinha.

Meu corpo foi empurrado para trás com calma, até que eu estivesse deitada na cama com Noah em cima de mim. Nosso beijo foi se aprofundando, principalmente quando Jacob começou a me tocar. Me senti amada de novo, aquele homem tinha esse dom sobre mim.

— Eu te amo- falei contra os seus lábios, logo depois recebi uma mordida no meu.

Ele também me amava.

[...]

Depois do que fizemos, Noah e eu encostamos na cabeceira da cama e ficamos abraçados vendo televisão. Ficamos assim por horas, eu agarrada em sua cintura enquanto seus braços me protegiam, junto com o lençol branco da cama. De vez em quando eu recebia um beijo na cabeça, e eu conseguia aproveitar a doçura do toque, já que o filme versão novela mexicana que passava na televisão era horrível.

Oásis - NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora