Capítulo 24

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*ATENÇÃO: Esse capítulo contém Gatilho de Assédio e Violência.

AURORA

Já estou arrumada para a tal festa que Richard mencionou. Encaro meu relógio de pulso e logo escuto uma buzina soar lá fora, já sabendo quem é Desço as escadas e Alice me encara com olhos acusativos, como se não acreditasse.

— É só uma festa mãe. Vou estar aqui antes mesmo que você perceba. — Digo ao dar um beijo na testa dela.

— Onde está a minha irmã e o que você fez com ela? — Caio pergunta do outro lado da sala. Ele está sentado no meio do sofá folheando uma revista.

— Muito engraçado, maninho. Vejo você mais tarde!

— Divirta-se!

O estacionamento está tão cheio que Richard tem dificuldade de achar uma vaga livre

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O estacionamento está tão cheio que Richard tem dificuldade de achar uma vaga livre. Entramos no local cheio de pessoas de todo tipo. Tento controlar o desconforto devido à multidão de casais bebendo, fumando e se pegando.

É por isso que eu não gosto de festas. Só concordei com isso, porque Richard disse que aqui tem comida, e isso não recuso.

Me espremo desconfortavelmente ao passar por um grupo de pessoas. O loiro, logo à frente comandando o caminho.

— Quer uma bebida? — Richard pergunta parando no bar. Ele se senta em uma mesa.

— Não, não bebo. Obrigada.

A sala está ensurdecedora. A música está tão alta que acho que ficarei surda. Adolescentes e adultos se espremem por todos os lados. Alguns até com vaporizadores, outros mais animados e outros mais misteriosos.

— O quê? Não escutei o que você disse! — Richard grita sob o som da música alta ao levar as mãos ao ouvido, como se isso ajudasse a melhorar a audição.

— Eu disse que não quero! — Falo alto o suficiente.

Richard pede duas bebidas para o barman. Encaro-o com raiva enquanto o garçom coloca duas bebidas à nossa frente.

— Eu disse que não queria.

— É? Desculpe — Ele abre um sorriso grande — Entendi que você queria.

Apenas dou de ombros despreocupada. De certo modo, me arrependo de ter vindo, e nem faz vinte minutos desde que chegamos aqui.

— Vamos lá! Relaxa! Uma dose não faz mal.

Solto um resmungo, sem me preocupar se Richard vai escutar ou não, e bebo uma dose do álcool, que passa queimando pela minha garganta.

Depois Richard pede outro drink. Depois outro... minha cabeça vai ficando mais e mais leve.

Sei que estou zonza, pois minha cabeça rodopia. Eu nunca me senti assim antes...

É como se todos meus pensamentos sumissem da minha cabeça. Como se eu estivesse em outro lugar, mas é bom.

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