Capítulo 12

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AURORA

Minha mãe me encara com uma cara estranha e um sorriso sacana em seus lábios. Contudo, ela parece melhor. Estou comendo torrada com geleia de morango, essa última feita por ela.

— Sobre aquele menino que veio ontem aqui em casa, Patrick, né? — Minha mãe começa dizendo — Eu gostei dele.

Quase engasgo com a torrada.

Então é por isso?

— Então mãe... A conversa está muito boa, mas infelizmente estou atrasada.

— Ei! Não esqueça de comer no intervalo!

— Pode deixar, mãe! — Grito quando já estou quase na porta.

— Pode deixar, mãe! — Grito quando já estou quase na porta

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Encaro os amplos portais do Saint Mary. Logo avisto Laura em um canto um pouco afastado da entrada do corredor. Não há muitas pessoas, apenas um grupo pequeno de meninas não muito longe.

— Então, o que aconteceu lá na sua casa com o Patrick? — Laura pergunta sem rodeios enquanto segura a alça de sua bolsa.

— Olá, como você está? Estou bem e você? Que bom! — Digo para ela de modo brincalhão — É assim que as pessoas se cumprimentam.

Laura dá um belo sorriso e balança a cabeça levemente em negação. Ela me encara com olhos brilhantes.

— Vamos, lá! — Ela diz animada, e me puxa para mais perto — Não me diga que vocês se beijaram?!

Luto contra a vontade de revirar os olhos.

— Não viaja, Laurinha. — Respondo dando tapinhas de brincadeira na garota ao meu lado — Isso não vai acontecer.

— Hmm... Sei. — Seus olhos estão com um leve brilho de decepção — O que aconteceu exatamente?

Abro a boca para falar, mas meu irmão aparece bem na hora.

— Uau! Vocês não se separam nunca, hein? — Caio diz ao se aproximar. Ele para ao meu lado.

— Tá com ciúmes hein, maninho? — Pergunto, e cruzo os braços em frente ao corpo.

— Eu? Jamais. — Meu irmão diz, com ironia.

— Homens... — Laura revida e meu irmão abre um sorriso, o qual ela acaba retribuindo.

Vou direto para minha cadeira e me sento

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Vou direto para minha cadeira e me sento. Encaro o lugar quase totalmente preenchido, adolescentes fofocando e flertando, tudo normal, pelo visto. Abro meu caderno quando o professor de matemática entra na sala. Depois de alguns instantes, ele começa a anotar quem está presente ou não.

Olho de esguelha à minha volta. O assento atrás do meu está vazio.
Bem a cara de Patrick fazer entradas dramáticas... Lembro-me de quando ele se atrasou na aula de Biologia, escondo o sorriso que começa a parecer em meu rosto.

O professor continua a fazer a chamada.

— Patrick? — Ele pergunta ao ajustar os óculos, e encara toda a sala.

Olho para a porta, esperando ele aparecer. Após esperar um pouco para ter certeza de que Patrick não entrará na sala a qualquer momento, o professor dá falta para ele. Tento afastar a preocupação que já cresce em meu peito.

Por que será que ele faltou à aula?

Procuro não pensar muito nisso e me concentro na aula de matemática. Deve ter um bom motivo.

Duas aulas excruciantes se passam, e nada do menino de cabelos negros. Continuo fazendo os longos exercícios de matemática, mas minha mente está em outro lugar... Em outra pessoa, para ser mais exata.

Sei que não deve ter acontecido nada demais.

Ou aconteceu?

Ou aconteceu?

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