Recomeços

Capítulo 67

AURORA

Me espreguiço na cama. Levanto meus olhos à procura de uma figura conhecida, mas não o encontro, presumo então que Patrick saiu antes de eu acordar.

Em um movimento preguiçoso me levanto. Devido ao calor, decido prender meu cabelo em um rabo de cavalo. Saio do meu quarto bato na porta da minha mãe, abrindo-a, mas ela não está lá.

Desço as escadas indo em direção a cozinha e encontro minha mãe cantarolando enquanto faz o café. Sinto meu peito palpitar de felicidade e um pequeno sorriso cresce em meus lábios. É tão bom vê-la feliz... saber que está bem. Não tem preço.

— Bom dia, mãe — A comprimento com um beijo em sua bochecha.

Alice se vira para me encarar. Ela me dá um sorriso amplo.

— Bom dia, filha — Ela coloca uma xícara de café a minha frente.

— Obrigada — Respondo com um pequeno sorriso. Coloco uma mecha castanha por detrás da minha orelha.

— Como foi o filme ontem? — Alice pergunta. Ela guarda os talheres na gaveta.

Dou um pequeno gole no café antes de respondê-la.

— Foi bom. Eu me diverti muito.

Minha mente viaja para a memória da noite anterior, quando, eu, Patrick, Laura e Caio, assistimos ao filme de terror. Um sorriso começa a crescer em meus lábios.

— Fico feliz. — Minha mãe revela — Você deveria fazer isso mais vezes.

Assinto.

— Tenha uma boa aula, tenho que sair agora, tenho uma entrevista de emprego. — Com um beijo na minha testa, minha mãe se afasta.

Meus olhos brilham de surpresa.

— Boa sorte! — Digo alto o suficiente para que ela escute.

Já está no fim da aula. Matheus me cobra sobre mostrar a escola a ele. Então é o que estou fazendo agora. Patrick não se opôs, claro, até porque não é uma decisão dele. Ele ficou com Caio e nossos amigos. Neste momento, Matheus está atrás de mim à medida que o guio pelos longos corredores do Sant Mary.

— Essa é a secretaria — Aponto para sala de cor clara. Nos afastamos apenas para mostrar os outros lugares. O grande colégio do Sant Mary quase nos engolindo.

— Como tá escrito, esse aqui é o banheiro masculino. Encaro-o à medida que prossigo. Matheus da pequenos acenos em confirmação, mas parece distraído. Cotinuo. — Aquele é o refeitório, onde todos ficam no intervalo.

E, por último, digo com um pequeno suspiro.

— Aquela é a diretoria, um péssimo lugar para se estar. Não que eu já tenha ido... só evite. — Dou um sorriso amarelo para ele.