THUR (LOUD) | ConcluĂda â Tiana sempre amou a chuva. Sempre amou as gotas escorrendo na sua janela, o toque melancĂłlico e poĂ©tico que ela trazia e a sensação de aconchego em meio ao caos. Ela gostava tanto ao ponto de passar horas encarando o cĂ©u, desejando que a tempestade dentro de si fosse tĂŁo passageira quanto as que costumava ver, porque o que mais bonito tinha nas tempestades era calmaria apĂłs elas, como se tudo estivesse novo e renovado. Thur era como a chuva. ImprevisĂvel, por vezes tempestuoso, por outras, calmo. Sempre necessĂĄrio, presente, por perto. Ăs vezes aconchegante, Ă s vezes caĂłtico, sempre intenso. Bonito, melancolicamente poĂ©tico dentro dos seus prĂłprios jeitos. NĂŁo sĂł đđđđ a chuva, ele đđđ a chuva. Inteiramente ela, com todo poder, força e sem meios termos. Isso era o que Tiana tambĂ©m pensava quando, assim como a chuva, ele veio e se foi da sua vida tĂŁo rapidamente. E talvez, por isso, que toda as vezes que a chuva vinha, Tiana se lembrava dele, na esperança de que talvez ele dissesse que tinha voltado e que daquela vez ele nĂŁo iria mais embora.
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