Capítulo 45

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(5/5)

Índia🦋

Se passou uma semana, eu fui no seu enterro e ver ele ali, com um terninho de olhos fechados, doeu em mim pra caralho.

Quando cheguei em casa, chorei até adormecer e quando dormi, eu sonhei com ele. Ele vinha correndo me abraçar e disse várias vezes “Nosso laço é eterno”, eu não conseguia falar nada, estava tão feliz de ver ele, é como se ele não tivesse morrido.

Acordei esperançosa mas ao ver sua fotinha na minha cômoda, percebi que foi tudo um sonho.

(imaginem a criança com 11 anos, maiorzinho)

@indialua: nunca vou te esquecer, meu anjinho. uma semana que se parece um ano, meu peito dói de saudade tua. me protege e me cuida, minha estrela, minha luz, meu Nicolas. 💙

Soltei umas lágrimas vendo essa foto, a nossa única foto, de um dos dias em que ele veio aqui antes de sua aula me ver e Guto tirou pra mandar pro meu pai

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Soltei umas lágrimas vendo essa foto, a nossa única foto, de um dos dias em que ele veio aqui antes de sua aula me ver e Guto tirou pra mandar pro meu pai.

Criei forças pra me levantar e me arrumei lentamente, eu não tava pronta pra viver como se nada tivesse acontecido, tá doendo porra.

Tomei um meio café pra não ficar com barriga vazia e desci pra boca, meus olhos estavam inchados, qualquer um percebia que eu chorei.

Entrei na boca vendo Thiago, Pedrinho e meu pai conversando, eles pararam assim que me viram.

Índia: Não quero a pena de ninguém. Vou ir cobrar quem tá devendo, mais tarde eu volto. - Peguei a lista com nomes e endereços, uma glock e já ia saindo até Thiago me abraçar.

TH: Tu não tá sozinha, beleza? - Assenti dando um beijo em sua bochecha e peguei a moto do meu pai batendo nos endereços.

Não tava com cabeça nem paciência, dei prazo maior pra quem tinha de dar e quem já atingiu o limite dei tiro na mão alertando que o próximo é na cabeça.

Já estava na hora do almoço, arrastei até o restaurante aqui do morro e comprei uma lasanha de frango e uma coca cola, fui pra casa e comi calada olhando pra parede.

Hoje tinha missão de noite pra tirar um mano da cadeia, eu tava envolvida então assim que acabei, fui no salão da minha mãe ajudar ela e levar o almoço.

Quando acabei voltei, dei uma limpada na casa e tomei um banho gelado lavando o cabelo.

Desde que ele morreu, eu só fico chorando deitada já que meu pai falou pra eu ficar essa semana afastada, meu cabelo precisava de um tratamento.

Quando sai do banho passei perfume e hidratante e comecei a me cuidar fazendo minha sobrancelha e skin care. Tudo em silêncio, não tava no clima de ver série nem escutar música. Só queria ficar calada pensando.

Já estava na hora de descer, me vesti com uma roupa leve por baixo e por cima de preto colocando uma blusa de gola alta, uma calça e tênis. Coloquei a pulseira que meu pai me deu com meu vulgo e arrumei meu cabelo desembaraçando. Peguei a touca ninja e desci com minha glock na cintura.

Pensei em fazer uma maquiagem básica, só pele mesmo pra disfarçar olheira e olho de choro mas que se foda, tenho que fingir porra nenhuma não.

Comi um pedaço de torta de frango e subi na moto indo pra ponta do morro.

Cheguei vendo Guto e tio Felipe conversando com meu pai, desci da moto e cumprimentei geral que tava ali indo na direção deles.

Índia: Oi tio, saudade de tu. - Abracei ele forte, ele beijou minha cabeça sorrindo fraco.

Magnata: Como tu tá?

Índia: Tô bem. Oi pretinho. - Dei um selinho no mesmo que me abraçou.

Guto: Como tu tá pô? Tava preocupado contigo.

Índia: Tô bem.

Guto: Nem te conheço né preta. - Sorri puxando o mesmo pra um beijo, ele passou a mão pela minha cintura meio que me abraçando e ficamos assim até o ar faltar. Encostei meu rosto em seu peito e fiquei enquanto ele fazia carinho em meu cabelo.

Deu a hora, desci de moto com o TH na garupa, chegamos no local afastado e larguei a moto escondida. Entrei na van com TH e fomos rumo ao presídio, em questão de minutos a rebelião começou e já estávamos lá dentro. Resgatamos quem nós queríamos e alguns comparças, metralhei toda farda que eu via no ódio, botei a cara mermo na troca, só queria aliviar meu ódio de bota.

Guto: Bora porra, bora. - Saiu me puxando, eu queria ficar ali matando até o último mas não ia estragar o corre dos outros.

Entramos correndo na van, saímos vazado, tirei minha roupa preta jogando dentro da sacola que colocaram todas que usamos, estava com com uma roupa normal por baixo. Chegando no ponto, montei na moto com Thiago e peguei outra pista com ele.

A maioria fez o mesmo, largou a van num lugar deserto, tacou fogo em tudo que usou e pegou a nave vazando pra favela.

Fiquei observando o movimento, tinha polícia vindo pra caralho atrás de nós procurando a van provavelmente, Thiago continuou na tranquilidade pagando de bobo, eu abraçada colada nele pra eles achar que é namorado e boa.

Passou só as s10 olhando pra nós mas logo aceleraram saindo da nossa visão, respirei aliviada assim que chegamos no Vidigal, prendi meu cabelo num coque e fui tomar meu banho sem nem despedir de ninguém, não tava no clima pra ficar conversando.

Sai vestindo um pijama e guardando tudo que usei, deitei na cama e escutei eles chegando.

Guto: Vou dormir contigo. - Disse abrindo a porta do quarto, assenti pro mesmo sorrindo.

Ele entrou pro banheiro pra tomar banho, fiquei tentando esperar ele mas acabei cochilando, não dormia bem fazia dias.

Despertei quando senti a cama afundando do meu lado, ele estava com uma bandeja. Sorri me sentando e comecei a comer o que aguentei.

Índia: Obrigada amor. - Dei um selinho no mesmo fazendo carinho em seu rosto, ele sorriu e desceu pra deixar as coisas, me deitei novamente e ele subiu me abraçando também deitado.

Guto: Me chamou de amor tu viu né. - Fez graça de olho fechado, dei um tapa em sua testa rindo e deitei no seu pescoço sentindo seu cheiro - Amo tu, amor. - Disse amor debochado, filho da puta.

Índia: Cala boca Gustavo. - Comecei a rir de olho fechado, primeira vez que fico tranquila assim, me deu um certo alívio.

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