Capítulo 5

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Guto 💰

Liberdade cantou sem eu nem estar na jaula, não via a hora de voltar pro meu morro, ver meus parceiros, as piranhas, curtir o melhor baile e fumar o verde do melhor.

Ninguém consegue me controlar quando eu tô possesso. Mato o primeiro que tiver na minha frente, ver a pessoa sofrer me alivia de algum jeito. Fiz altas terapia, mó coisa de viado, tá ligado? Mas fortaleceu, tô numa paz terrível parceiro.

Fui no morro do irmão do meu pai, como diz ele mesmo, gostei de cara do Neguinho, da pra ver que é fechamento. Nem sabia que o vacilão do TH era menor dele, já curti baile demais com esse cara, nunca passou de curtição mas tô ligado que ele é firmeza, purão mermo.

Fiquei ali trocando mó ideia com ele até chegar uma gata do caralho, toda cheia de intimidade com meu coroa. Não consegui parar de olhar a morena não, papo reto.

Th: Cole menor, gamou na minha irmã foi?

Guto: Viaja não, gay.

Fiquei ali na boa até chegar mais perto e me apresentar pra ela. Então ela é a tão falada Índia? Caralho, por onde eu vou eles falam dessa mulher, que na verdade é uma menina né, mó cara de princesa, deve nem pegar numa arma direito e esse povinho aumenta a história. Odeio fofoca mas já ouvi muito, e o que dizem é que ela mata a sangue frio, não perde a postura nem com uma arma na cabeça e faz de tudo pra proteger quem ama. Se for tudo isso mesmo, tem meu respeito pô.

Fiquei o dia todo marolando depois de almoçar no Vidigal, o outro dia passou voado e chegou a hora do bailão, me arrumei gato mesmo, dia de anunciar minha volta, porra.

Fui chegando e já dei de cara com o Neguinho e a gata, cumprimentei os dois e já vazei pro camarote aproveitar do bom e do melhor.

Th: Tudo na paz? - Fez um toque comigo assim que chegou acompanhado de uma loira, então essa é a tal mulher que tá no nome dele. Gostosinha até, mas a morena é mais.

Guto: Melhor que isso é impossível, liberdade cantou irmão. - Meu pai começou a rir me dando um tapa na cabeça, tô ligado que ele sentiu a minha falta, ninguém põe esse morro pra funcionar como eu, deve ter passado um aperto sem o braço direito dele.

Fiquei curtindo suavão mermo com meus parceiros e não tirava o olho da mina, mó papo de feitiçaria pô, tô malucão. Ela sorria com uma cara de filha da puta que eu que nem sou de dar simpatia pra ninguém acabei retribuindo.

Magnata: Bora dar um giro aí, pô. - Todo mundo concordou ajeitando as armas e descemos juntos, geral olhava e respeitava, alguns me temiam pelo que já fiz mas pô, morro por essa favela aqui, meu legado, sou herdeiro porra!

Saí pra resolver um b.o até ser encurralado num beco, porra deixa nem eu curtir meu baile.

Rato: Cê tá achando o que, menor? Que vai matar geral e voltar achando que nós esqueceu? Esqueceu não vagabundo! Se o filho da puta do teu pai não te cobrar, nós mesmo cobra. - Disse apontando o dedo pra minha cara enquanto segurava uma arma na minha barriga.

Guto: Mata eu hoje e amanhã você e sua família toda amanhece morto no matagal, tomar no seu cu, cê não é ninguém não, pilantra do caralho. - tomei um soco na cara do mesmo e nem pude revidar, qualquer deslize eu tomava bala.

Rato: Cê é cuzao Guto, todo mundo aqui tá ligado disso.

Guto: E você não passa de um merda.

Rato: Um merda que vai te matar. - Ele destravou a arma e sorriu vitorioso, até sentir um cano em sua cabeça.

Índia: Você vai largar essa arma e sair no sapatinho, no primeiro erro cê toma bala.

Rato: E você é quem, uma das putas dele?

Índia: Não meu bem, eu sou a Índia.

Rato me olhou surpreso e ficou imóvel. Tava todo mundo ligado que além dela matar sem dó, se ele tentasse encostar nela amanhã ia descer um tanto pra matar ele, ela era a preferida dos morros.

Índia: Vai logo porra, tenho todo tempo do mundo não, atira nele que você não tem chance nenhuma de se salvar e ainda vai sujar meu corpinho lindo com esse sangue de judas.

Ele largou a arma e já ia saindo vazado até cair no chão gemendo de dor.

Índia: Santo silenciador, eu sei que tu me sondas. - Sorriu debochada pro mesmo que a olhava com ódio - Pô agradece que foi na perna, ou talvez não né, quem vai te dar o fim é o Magnata.

Ela acionou ele e rapidinho chegou os menor pegando ele de soco até matar, preferi me manter afastado, tô afim de voltar a ser quem eu era não.

Guto: Eu sei me defender, não preciso da sua ajuda.

Índia: Tô ligada. - Disse guardando a arma enquanto saía rindo debochada, eu vou matar essa filha da puta.

Ela realmente é o que falaram, tem meu respeito então pô. Dei uma risada pensando nisso e saí voltando pro baile.

Magnata: Que isso porra, em 2 minutos já arrumou tumulto.

Guto: Fiz nada não caralho. - Falei pro mesmo que riu me abraçando.

Magnata: Já agradeceu a Índia?

Guto: Eu ia dar meu jeito. - Dei de ombros.

Magnata: Era pra tu tá morto seu merda. Ninguém ia te ver lá pra te ajudar não colega.

Acendi um baseado e sai deixando o coroa na voz, chato mesmo menor. Subi pro camarote e ela já tava lá cantando enquanto bebia no seu copão.

Começou a tocar AK do Flamengo, os bandidos tudo levantando os fuzis pro alto cantando e a maluca na hora deu um sorriso.

Índia: AK do Flamengo muito barulhenta famosa na roda por matar alemão. - Cantou sorrindo enquanto fazia arminha com a mão. Essa filha da puta é diferenciada.

Balancei a cabeça e voltei a curtir a música com meus parceiros, tava tudo na paz porra!

Guto: Confesso que gosto da vida bandida, buceta e dinheiro nunca é demais. - Cantei acompanhado geral, baile vai a loucura, fé pra tudo, tô feliz onde eu tô.

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