Capítulo 61

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Índia 🦋


Já passou dois dias do baile e eu tô boa com Guto não. Ele ficou suave no baile mas depois um vapor de lá veio dar mole pra mim, nem rendi com o filho da puta quando ele deu em cima mas só porque eu rendi antes na pureza achando que ele só queria conversar, Gustavo bateu cabeça mermo.

Fiquei sem conversar com ele desde o baile até hoje, tem pouco tempo mas já tô com saudade pô, ele fica mandando mensagem toda hora querendo resolver e eu fazendo doce pra ele parar com essas graça de ciúme toda hora mas tô quase me entregando.

Ele já postou foto comigo, me chama, liga, faz tudo e eu nem tchum, finjo que nem conheço. Sai fora, ciúme é normal, eu sinto pra caralho mas bater neurose toda vez por isso não é comigo não. Principalmente porque ele da os surtos de raiva dele e sobra é pra mim tentar acalmar pra ele não fazer merda. Da última vez ele falou bosta lá e eu perdoei mas não sou otária de ficar aceitando essas porra toda vez não.

E foi só pensar no filha da puta que ele liga, eu tava bem tranquila descendo o morro tomando minha lata de coca cola até o celular começar a vibrar.

Guto: Qual foi fia?

Índia: Já não falei pra tu me esquecer porra?

Guto: E tem como sua filha da puta? Tô com saudade pô, qual foi.

Fiquei calada mermo, pagando de louca. Saudade que eu tô do meu homem.

Guto: Na sua casa ou na minha?

Índia: Em nenhuma Gustavo, some pô, some.

Guto: Vou perguntar de novo, sua mandada.

Índia: Em 30 minutos eu tô aí.

Guto: Tá bom vida. Amo tu.

Desliguei sem nem render, fez merda até de vida chama, nunca me chamou disso, filho da puta mermo.

Mandei mensagem falando que amo ele, tô ligada que eu desliguei mas fico com medo de acontecer algo e eu não ter falado, eu posso tá puta o que for mas eu sempre falo, melhor orgulho quebrado que arrependimento pro resto da vida depois.

Falando nisso, até hoje o sentimento de culpa e arrependimento reina sobre meu corpo. Meu Nicolas, que saudade de tu.

Suspirei beijando meu medalhão, montei na moto do meu pai e fui pra Rocinha, assim que cheguei já fui descendo e cumprimentando os vapores.

Guto apareceu do nada na porta me assustando, tava com saudade mesmo, ficou até marcando eu chegar.

Guto: A próxima vez que tu me ignorar assim eu raspo seu cabelo.

Índia: Raspa meu cabelo que eu corto seu pinto, cuzão do caralho.

Guto: Saudade pô, pra caralho mermo. - Ele me abraçou forte sentindo meu cheiro.

Índia: Saudade também, mesmo tu sendo vacilão.

Guto: Vou nem falar nada pra nós não brigar de novo.

Canela: Isso aí patrão, a mulher que manda.

Guto: Pior que é ela que manda mermo, fico pianinho com essa filha da puta.

  Sorri pro mesmo que me olhou serinho, os vapores riram gastando o mesmo. Entrei na casa deixando minhas coisas na mesa e já logo deitei no sofá sentindo ele fazer o mesmo, me virei o abraçando e ficamos assim durante um tempo.

Índia: Tô com saudade do Nicolas.

Guto: Cada dia que passa fica pior.

Índia: Queria tanto ter tido mais tempo com ele amor. - Falei baixo deitando minha cabeça em seu pescoço e deixando cair algumas lágrimas. Assim que Guto sentiu que eu estava chorando, me abraçou mais forte beijando minha cabeça enquanto fazia carinho em minhas costas.

Guto: Tu foi importante pra caralho pra ele mesmo com o pouco tempo, tu era chamada de mãe por ele pô. Não é justo ele ter morrido mas tu sabe que enquanto ele esteve aqui, tu foi incrível pra ele pô.

Eu concordei com a cabeça me aconchegando mais em seu peito, ficamos assim a tarde toda até eu começar a cochilar junto a ele.

Na moral, o povo acha que sozinho a gente transa pra caralho. Não vou negar que na primeira oportunidade de transar a gente tá transando, mas a maioria do tempo nós dorme pô, parecendo bicho preguiça.

A gente dorme juntinho e acorda juntinho, e é a melhor coisa papo reto. Me sinto segura pra caralho com ele pô.

O Nosso Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora