Capítulo 82

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Índia 🦋

Eu acordei assustada vendo fogos serem lançados, corri pegando tudo que precisaria e desci encontrando meu pai e Thiago fazendo o mesmo.

Meu pai me olhou com cara fechada me vendo de colete mas respirou fundo vindo em minha direção.

Neguinho: Se cuida, eu te amo.

Índia: Eu também te amo pai, mais que tudo. Fé!

Ele saiu me olhando, Thiago ficou me fitando na porta e eu sabia que ele queria fazer o mesmo mas nem dei confiança, estava com raiva pra caralho mesmo. Peguei o fuzil e saí passando ao seu lado sem dirigir uma palavra.

Desci as vielas rápido atirando em todos os policiais que eu via, fui me escondendo em lixeiras e metralhando todo mundo.

Vi um deles indo em direção ao Thiago que estava de costas, meti tiro na cabeça do mesmo e Thiago se virou assustado assim que sentiu o sangue sendo espirrado, ele sorriu de longe mas me virei voltando a concentração.

Quando eu achei que estava sendo estabilizado, senti alguém me puxando, duas pessoas diferentes até chegar um maior que todos.

Xxx- Finalmente vou ver o rosto da mais procurada do rio de janeiro.

Eles tiraram minha touca e eu olhei no maior deboche.

Índia: Rostinho lindo desses né?

Xxx- Sim, vai ser ótimo te ouvir gemendo meu nome.

Cuspi na cara do mesmo que me virou um tapa, eu estava com os dois braços presos e não tinha como sair.

Se fosse a um tempo atrás, eu estaria tranquila. Nunca tive medo da morte, sempre pensei nela como uma aventura seguinte. Mas na minha cabeça, só vinha Gustavo. Como ele ficaria, como ele reagiria, se iria voltar com os seus distúrbios de raiva, se iria procurar vingança, eu só pensava nisso.

Eu sempre estive pronta para morrer até que conheci um cara especial. Ele me fez querer viver, pela primeira vez, tive medo de morrer.

Eles se vangloriaram por terem pegado a famosa “mão do crime”, depois daquela foto nos jornais. E mesmo que eu não demonstrasse uma reação se quer, por dentro eu sentia medo de tudo acabar, dos sonhos e metas não se realizarem, da gente não morrer juntos como era o combinado.

Eu não ficaria presa, ou eu fugia ou eu me matava, não perco minha liberdade por nada nesse mundo.

Xxx- Tá escutando filha da puta?

Índia: Não curto dar atenção pra porcos.

Xxx- Você vai ficar caladinha até chegar lá, mais um deboche e eu te mato.

Índia: Mas que pena, eu só estava começando.

Xxx- Se bem que eu não vou te matar antes de comer essa buceta gostosa.

Índia: Cheira queijo, mas deve combinar com o cheiro do seu pau pequeno.

Ele me virou outro tapa na cara e eu ri alto enquanto olhava pra ele. Vi uma movimentação atrás e escutei vários tiros e os mesmos caindo no chão, um deles conseguiu atirar em mim mas pegou no braço.

Gritei de dor e em segundos vi Foguete me pegando no colo e saindo correndo até o posto. Toda aquela adrenalina, medo, dor, nervosismo, me deixou aflita. Fui sentindo minha pressão abaixar até eu acabar desmaiando em seus braços.

Acordei depois de um grande tempo vendo uma claridade em meus olhos, fechei o olho rápido tentando entender tudo que estava acontecendo e senti uma dor insuportável no braço.

Guto: Amor, amor.

Eu não tinha força pra responder, respirava fundo tentando voltar ao normal e escutava outra pessoa me chamando.

Xxx- Luiza, acorda.

Guto: Para de forçar.

TH: Vocês estão brigando desde que entraram, será que podem parar com essa discussão idiota pelo menos agora? Ela acabou de tomar um tiro.

Fui voltando ao normal vendo que a terceira pessoa era o Foguete, sorri em direção ao mesmo que coçava a cabeça de longe me olhando.

Índia: Obrigada, você salvou minha vida. - Falei baixo enquanto tentava controlar a dor no braço, vi que tinha uma agulha ejetada e depois de uns minutos a dor foi sendo amenizada.

Vi que Guto fechou a cara mas ainda sim segurava minha mão, apertei o dedo do mesmo e ele sorriu me olhando.

Guto: Filha da puta, tu me deu um susto do caralho.

Índia: Eu achei que de hoje eu não passava.

TH: Você não ia pra longe de mim antes de nos resolvermos. Mas sei que tá com raiva, vim aqui só pra ver se tava bem, depois a gente se resolve.

Índia: Eu te amo. - Disse depois de segundos quando ele já estava saindo sem respostas.

TH: Eu te amo pra caralho, Luiza.

Eu sorri fraco pro mesmo e acabei adormecendo, provavelmente pelo remédio de dor.

O Nosso Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora