Capítulo 7

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Índia 🦋

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Quem não conhece até fala que é paty

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Quem não conhece
até fala que é paty

Escutei uma buzina de moto e peguei minha bolsa que já estava arrumada, coloquei uma pistola dentro que nunca se sabe.

Índia: Tô saindo com o Guto, se eu morrer cês tão ligado quem foi ou com quem foi.

Neguinho: Tomar no seu cu mandada, papo ruim do caralho. Quem deixou cê sair com ele?

Índia: Cê disse que nem precisava pedir mais desde que fosse gente conhecida.

Neguinho: Tô te gastando piveta, ainda mais Guto, ele é de fé pô. Só não me arruma neto, pelo amor de Deus.

Índia: Nós somos amigos meu gato.

Dei um beijo nele que fez cara de deboche e passei na cozinha despedindo da minha mãe.

Guto: Tu demora em.

Índia: Para de caô.

Guto: Eu quero só tua xota. - Ele falou me olhando serinho, fiquei olhando pra ele sem entender até lembrar da música, comecei a rir pro mesmo que sorriu - Cê é boba em.

Índia: Te fuder garoto, vamo logo.

Subi na moto do mesmo que já saiu vazado pra praia, chegamos lá em poucos minutos, desci arrumando meu cabelo e esperei a dondoca vim. Fomos a caminho do restaurante de playba como diz ele, me sentei em sua frente enquanto ele olhava o cardápio.

Guto: Vamos comer e aí depois nós dá um rolê na praia. - Assenti pro mesmo que me olhava. Fiz meu pedido e ele logo em seguida fez o seu.

Índia: E aí, vai me contar ou não? - Ele olhou pra janela, depois me olhou, continuei olhando pro mesmo intrigada que bufou.

Guto: Eu tinha 13 anos quando comecei a ficar mais agressivo. Minha mãe largou eu com meu pai quando eu nasci e isso me revoltou, meu pai sempre fez tudo por mim e sou grato mermo, fraga? Mas sempre me achei um fudido que não é digno nem do amor da própria mãe. Os menor na escola vinha falar merda todo dia tá ligado? Dei tanto soco em um que se não fosse polícia eu não tinha soltado, ele ficou destruído, todo fudido mermo e depois desse dia, só eu ficar bolado por coisa que podia ser boba mas me deixava possesso, pra isso aliviar eu machucava a primeira pessoa na minha frente. Meu pai começou a me colocar na salinha de tortura pra eu descarregar a raiva em quem precisava ser cobrado mas foi ficando sem limite, se pá eu já rolei na porrada com metade dos vapor. Se continuasse assim, podia chegar a um ponto sem solução e meu pai ter que deixar me cobrarem ou até ser cobrado por algum inimigo, então ele preferiu me afastar por dois anos, fiz terapia e os caralho mesmo sendo papo de viado mas me ajudou a controlar, e hoje eu tô aqui pô, no lugar que eu amo, fazendo o que eu gosto de fazer. - Ele respirou fundo bebendo um gole de coca cola enquanto olhava pra janela- Se sinta especial porque não me abro pra ninguém não, tá ligado? Maioria do povo nem tá ligado do porque eu saí da favela. Só te falei porque te achei de confiança, pô.

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