Cap 58

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Estér

Julia saiu e eu comecei a arrumar os trem pra fazer uma jantinha maneira.

Me alimentei, tomei um banho tentando ficar suave.

Fumei dois baseadinhos. Passei um perfume.

Coloquei meu chinelo e uma bermuda e me deitei no sofá pra assistir algum bagulho.

Eu tava desinquieta e matutando os trem tudo na minha mente. (...)

Olhei as horas e eram quase nove e meia. Chamei um uber e fiquei na rua perto da faculdade esperando o comédia.

Eu tive que ficar de boa perto da Julia hoje porque se não eu falaria pra ela um monte de bosta.

Eu tô no puro ódio sem maldade.

Me escorei ali na árvore e vi umas pessoas passando. Alguns olhavam pra mim e eu com cara de capeta.

Acendi um paiero e vi o bonitão apontar na saída do prédio.

Dei uns três tragos só e esperei ele na esquina.

Quando ele veio saindo com uns caras eu fui pra calçada que ele tava.

- Iae comédia - falei rindo, ele me viu mas fingiu que não.

Dei risada atraindo a atenção dos amigos dele.

- Iae comédia. - repeti e ele me olhou. - Tá pagando de mula pra cima de mim é? - uns me olharam.

- Não tô entendendo o porque de você tá me chamando assim.. - pagou de louco.

Fui me aproximando na pura calma.

- Tá entendendo não, é? - falei bem perto. - Vou tentar te lembrar. - nem esperei ele raciocinar e já meti um murrão bem no meio da cara de babaca dele. Ele foi pra trás e quando voltou eu dei mais um sentindo estalar meus dedos.

- Ow tá maluca? - um carinha entrou na minha frente.

- Meu papo não é com você não filhão. Então sai da frente se não vai sobrar pra você também. - falei puta mas baixo e ele saiu. - Tá achando que tá bonito ficar assediando mulher por aí seu lixo?

Falei e ele me olhou com o nariz sangrando. Dei risada esperando ele fazer alguma coisa.

Já tinha umas pessoas fazendo roda e gritando.

Ouvi uma voz conhecida mas nem me virei.

- Vem mexer comigo, filho da puta. Peita eu. - falei batendo no meu peito. - Bundinha, queria ver oc na quebrada.

O cara ficou um tempo me olhando e sorriu vindo na minha direção.

Quando ele pensou em me dar um murro me abaixei dando uma rasteira nele que caiu de costas.

Eu falei, bundinha.

Grito foi de geral. Eu tava até gostando daquilo, fazia tempo que eu não tretava assim.

Deixei ele levantar e ele veio novamente na minha direção.

Quando fui pra me defender dois braços me seguraram e ele acertou um em cheio no meu estômago, mas senti alguma coisa rasgar minha pele.

Olhei pra sua mão e ele tinha tipo um caco de vidro nela.

Gemi de dor e senti me soltarem.

- Num vai ter covardia nessa porra aqui não. - um negão alto gritou empurrando o amigo do outro que me segurou.

Puxei o ar e olhei pra ele que sorria.

Fui na intenção dele e dei logo uma pesada na barriga. Ele deu uma fraquejada e eu aproveitei a deixa pra começar socar ele sem dó.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora