Cap 33

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Estér

- É sexta-feira tô na bala vou ligar o Gui da ZO, chama duas, três safadas pra nós catucar sem dó - cantei saindo do trampo com o fone.

Jorge veio buscar o viado pra eles irem curtir, a Gisele pegou carona com eles e eu fiquei até às sete terminando de fazer as contas do lucro de hoje, que não foi pouco em.

Hoje eu só queria ficar de boa em casa e tomar uma brahminha com a gata.

Vi a Julia muito pouco essa semana, trabalhei que nem uma condenada mas valeu a pena. Mais dinheiro na conta da mãe né família.

Já tava perto da igreja quando escutei um grito com meu nome. Olhei e era a Karine com uns caras e umas amigas dela, inclusive uma lá era irmã da parceira dela e eu já tinha ficado com ela em um tempo aí. A Lauana.

Karine fez sinal com a mão pra eu ir até lá e eu neguei seguindo meu rumo mas demorou nada pra ela aparecer do meu lado.

- Vai pra casa criança - falei andando e ela entrou na minha frente. - Que foi em Karine, tô cansadona.

- O mau humor é inseparável né? - fiz cara de tédio e ela riu. - Aí tem uma festinha rolando lá no Thiagão hoje, bora? Leva sua mina.

Mania desse povo de achar que eu sou otária cara.

- Hahahaha tá bom. Levar a Julia pra você ficar de graça? Cê se liga em Karine me respeita cara.

- Quem disse que eu vou ficar de graça? A turma toda vai..

- Tô suave, vou curtir minha nega hoje em paz - falei voltando a andar - Valeu pelo convite criança - falei de costas pra ela.

Dei risada sozinha, essa Karine é fogo. Acha que eu tô moscando aiai.

Doida pra me fuder em todos os sentidos.

Vai adiantar de que colar nessa festa? Maioria das mina ali eu já fiquei. Tem as que são mais de boa, mas tem as que gostam de zoar. Não quero deixar a minha garota em situação de constrangimento.

Tava chegando em casa quando vi o carro dela estacionado em frente e a bonita no celular me esperando. Toda gostosa, maior bundão naquele vestido dela que é aberto em uma perna.

Ela me viu e fez uma careta e logo deu um sorriso vindo ao meu encontro me abraçar. Abracei ela de volta sentindo o seu perfume que não é nem muito doce e nem muito forte.

- Saudade que eu tava puta merda. - falou me dando um selinho. - Demorou em preta.

- Maior saudade também neguinha...Fiquei fazendo as contas lá até tarde e depois trombei a Karine - fez careta e eu assenti - Chamando a gente pra um rolê, mas dispensei sem nem pensar duas vezes.

Falei cheirando seu pescoço de novo. Delícia de cheirinho.

- Tudo bem com você? - assenti - Cansada? - assenti de novo. - Trouxe brahma.

Não existe uma mina dessa não cara.

Ela pegou as breja no carro, a mochila e entramos.

Fui direto na ducha refrescar e relaxar um pouco. Saí com uma camiseta largona e só de calcinha box.

Fui na cozinha e ela já tava preparando o tira gosto. Sou muito mimada.

Fui pra laje e tirei umas roupas da máquina pra pendurar.

Terminei ali e fui pro quarto pegar minha maconha e uma seda.

Voltei pra perto dela e ela já tinha terminado os trem lá.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora