Julia
- Dormi perfeitamente bem, dona Estér. - dei risada lembrando de como eu tava impossível de manhã.
- Eu comprovei que um colchão de solteiro não dá pra dormir junto com você..
- Te machuquei vida? - perguntei levantando sua camiseta e vendo as marcas intactas.
- Machucou não amor - falou me puxando pro freezer e pegando duas latinhas de brahma. - Sua pretinha tá firme e forte.
- Eu tô vendo mesmo - falei passando a mão na sua barriga e indo pro seu seio onde dei uma apertadinha.
- Ai minha teta vagabunda. - falou rindo e bebendo sua cerveja passando a mão no peito.
Dei risada abrindo minha cerveja, abracei minha gata de lado e seguidos pra onde tava uma galera já.
Gisele tava discutindo com o Vitor e ele ria tentando acalmar a mesma. Dei risada. Os dois parecem eu e a Estér, eu sou a surtada e ela a bobona tranquilona.
A gente se sentou na mesa com a dona Roseli, o Kléber, e Karine, começamos a trocar ideia e dar risada com eles.
Karine conversou comigo esses dias aí sobre a Estér, ela me pediu desculpas pelas vezes sem noção em que agiu e me disse que era apaixonada pela pretinha.
Dei uns conselhos pra ela e agora tá mais fácil de suportar a mesma. Mas ora ou outra eu cato ela dando umas olhadas na Estér.
Proibir a garota de olhar é que eu não vou né.
Logo chegou minha sogra com as crianças e o Ricardo.
- Juuuliaaaa - Aninha veio correndo pra me abraçar e caiu na grama. - Opa pexual, caí - falou se levantando e nós rimos da figura.
Veio até mim me apertando e eu apertei de volta aquela coisinha mais linda.
Ela tava com um vestidinho branco cheio de borboletas e tinha os cabelos loiros amarrados em dois rabinhos.
Coisa mais linda.
Ficou no meu colo enquanto o João tava no colo da Estér rindo de alguma coisa que ela falava.
Gato também. O cabelo cacheado todo lindo e aquele sorriso branquinho se destacando na pele escura igual ao da irmã.
Genética boa demais porque se vocês vissem como é linda a minha sogra.
João foi brincar com a menina aqui filha da vizinha e nós continuamos na mesa.
Gisele e o Vítor se juntaram com a gente e a Gi tava maia calma.
Larissa tá dormindo morrendo lá dentro e nós aqui. Só família mesmo.
Bão demais.
Logo chegou o Luiz sem o Jorge com um bico enorme.
- Eaí meu viado, que foi? - Estér perguntou voltando da churrasqueira com um pratinho de carne. - Quer guaraná Ana? - a mesma assentiu colocando o refri num copo de plástico.
- Ai gente briguei com o meu macho - fingiu choro - Na verdade ele brigou comigo..E com razão.
- E por que Luiz? Enrolação pra falar. Solta a voz. - a mãe dele falou e eu ri baixinho.
- Ai manhê eu tô acabada - dona Roseli ameaçou pegar o chinelo. - Eu fui imaturo demais em uma discussão nossa e mesmo estando errado eu não aceitei.
- Ah mas o Jorge não merece isso não. Não mesmo, coitado do meu genro querido. - falou e a Estér soltou uma gargalhada - Qual é a graça?
- Cê é doidona mãe.. - falou e a dona Roseli riu. Doida. - Mas cê também em Luiz? O resumo é você reconhecer e pedir desculpas..Bora comigo ali fora pra nós trocar ideia.
Ele assentiu e os dois saíram.
- A gente tem muita sorte de ter ela né? - Larissa chegou perto de nós com um litro de água na mão e com a cara de acabada.
Todos nós assentimos sorrindo.
- Não conheço pessoa tão boa quanto essa garota..É surreal. - falou minha sogrinha sorrindo.
Assenti com a cabeça e brinquei com a aliança.
Pouco tempo depois ela voltou mas sem o Luiz.
A mesma se sentou onde tava e me deu um sorrisinho. retribui sentindo borboletas agitadas no estômago.
Como pode depois de tanto tempo com ela eu ainda sentir tudo tão intenso como dá primeira vez?
- Luiz foi conversar com o Jorge - falou acendendo seu paiero e dando um beijo na testa de Larissa que se sentou do seu lado. - Tudo bem pretinha? - a mesma assentiu - E oc? Vai se acertar com a Alice quando?
Larissa jogou a cabeça pra trás se encostando no ombro de Estér.
- Acho que eu vou pra lá pra gente se resolver..Agora que tá tudo bem contigo. - falou e Estér assentiu.
- Cê tá precisando mesmo de um bom chá de buceta, tá chatona - Estér zoou com ela e levou um tapa na nuca de dona Roseli.
- Olha a boca Estér, tá doidona é? - falou imitando o jeito da Estér e eu ri mas logo parei pq a dona Roseli me olhou brava.
- Que isso foi mal, precisava disso não..Eae Julia vai deixar ela bater na sua pretinha vai?
Eu fui pra falar mas novamente fui fuzilada com os olhos e levantei os braços em rendição.
Estér colocou a mão no peito se fazendo de ofendida e eu mandei beijinho rindo.
- Tá certo Julia, certinha oc. Rum.
- Como cê aguenta isso, Julia? Ela faz esse drama todo mesmo é? - Luiza perguntou e eu neguei rindo.
- Eu tenho que gostar muito né memo? - perguntei olhando pra Estér que tava olhando pras unhas pagando de doida.
Ela me olhou e soltou um sorrisinho e eu ri também.
- Entendi porque cês se dão tão bem. - Kléber disse e nós olhamos pra ele. - São duas doidas da cabeça.
Agora nós duas colocamos a mão no peito nos fazendo de ofendida.
Nos entreolhamos e caímos na risada.
Larissa foi ligar pra Alice e Estér me chamou com a mão. Me levantei e sentei na cadeira do seu lado e ela me abraçou puxando meu rosto e me dando un selinho gostoso com gostinho de cerveja.
Sorri pra ela e voltei a prestar atenção na conversa do povo.
Abri outra latinha pra nós duas e ficamos ali abraçadinhas num chamego.
Estér levou a mão nos meus cabelos e colocou atrás da minha orelha dando um beijo no meu pescoço.
- Eu amo você muito Julinha. - falou sussurrando bem baixinho no meu ouvido.
Arrepiei sentindo a mesma coisa de toda vez. Um trem dentro de mim muito bom.
- Eu também te amo muito muito muito Tetér - sussurrei de volta pra ela e ela riu bagunçando meu cabelo.
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O que eu procurava
Romance"me segure e não me deixe partir, por favor não desista de mim não. Me leve e não me deixe partir..."