Cap 40

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Julia

- Dormi perfeitamente bem, dona Estér. - dei risada lembrando de como eu tava impossível de manhã.

- Eu comprovei que um colchão de solteiro não dá pra dormir junto com você..

- Te machuquei vida? - perguntei levantando sua camiseta e vendo as marcas intactas.

- Machucou não amor - falou me puxando pro freezer e pegando duas latinhas de brahma. - Sua pretinha tá firme e forte.

- Eu tô vendo mesmo - falei passando a mão na sua barriga e indo pro seu seio onde dei uma apertadinha.

- Ai minha teta vagabunda. - falou rindo e bebendo sua cerveja passando a mão no peito.

Dei risada abrindo minha cerveja, abracei minha gata de lado e seguidos pra onde tava uma galera já.

Gisele tava discutindo com o Vitor e ele ria tentando acalmar a mesma. Dei risada. Os dois parecem eu e a Estér, eu sou a surtada e ela a bobona tranquilona.

A gente se sentou na mesa com a dona Roseli, o Kléber, e Karine, começamos a trocar ideia e dar risada com eles.

Karine conversou comigo esses dias aí sobre a Estér, ela me pediu desculpas pelas vezes sem noção em que agiu e me disse que era apaixonada pela pretinha.

Dei uns conselhos pra ela e agora tá mais fácil de suportar a mesma. Mas ora ou outra eu cato ela dando umas olhadas na Estér.

Proibir a garota de olhar é que eu não vou né.

Logo chegou minha sogra com as crianças e o Ricardo.

- Juuuliaaaa - Aninha veio correndo pra me abraçar e caiu na grama. - Opa pexual, caí - falou se levantando e nós rimos da figura.

Veio até mim me apertando e eu apertei de volta aquela coisinha mais linda.

Ela tava com um vestidinho branco cheio de borboletas e tinha os cabelos loiros amarrados em dois rabinhos.

Coisa mais linda.

Ficou no meu colo enquanto o João tava no colo da Estér rindo de alguma coisa que ela falava.

Gato também. O cabelo cacheado todo lindo e aquele sorriso branquinho se destacando na pele escura igual ao da irmã.

Genética boa demais porque se vocês vissem como é linda a minha sogra.

João foi brincar com a menina aqui filha da vizinha e nós continuamos na mesa.

Gisele e o Vítor se juntaram com a gente e a Gi tava maia calma.

Larissa tá dormindo morrendo lá dentro e nós aqui. Só família mesmo.

Bão demais.

Logo chegou o Luiz sem o Jorge com um bico enorme.

- Eaí meu viado, que foi? - Estér perguntou voltando da churrasqueira com um pratinho de carne. - Quer guaraná Ana? - a mesma assentiu colocando o refri num copo de plástico.

- Ai gente briguei com o meu macho - fingiu choro - Na verdade ele brigou comigo..E com razão.

- E por que Luiz? Enrolação pra falar. Solta a voz. - a mãe dele falou e eu ri baixinho.

- Ai manhê eu tô acabada - dona Roseli ameaçou pegar o chinelo. - Eu fui imaturo demais em uma discussão nossa e mesmo estando errado eu não aceitei.

- Ah mas o Jorge não merece isso não. Não mesmo, coitado do meu genro querido. - falou e a Estér soltou uma gargalhada - Qual é a graça?

- Cê é doidona mãe.. - falou e a dona Roseli riu. Doida. - Mas cê também em Luiz? O resumo é você reconhecer e pedir desculpas..Bora comigo ali fora pra nós trocar ideia.

Ele assentiu e os dois saíram.

- A gente tem muita sorte de ter ela né? - Larissa chegou perto de nós com um litro de água na mão e com a cara de acabada.

Todos nós assentimos sorrindo.

- Não conheço pessoa tão boa quanto essa garota..É surreal. - falou minha sogrinha sorrindo.

Assenti com a cabeça e brinquei com a aliança.

Pouco tempo depois ela voltou mas sem o Luiz.

A mesma se sentou onde tava e me deu um sorrisinho. retribui sentindo borboletas agitadas no estômago.

Como pode depois de tanto tempo com ela eu ainda sentir tudo tão intenso como dá primeira vez?

- Luiz foi conversar com o Jorge - falou acendendo seu paiero e dando um beijo na testa de Larissa que se sentou do seu lado. - Tudo bem pretinha? - a mesma assentiu - E oc? Vai se acertar com a Alice quando?

Larissa jogou a cabeça pra trás se encostando no ombro de Estér.

- Acho que eu vou pra lá pra gente se resolver..Agora que tá tudo bem contigo. - falou e Estér assentiu.

- Cê tá precisando mesmo de um bom chá de buceta, tá chatona - Estér zoou com ela e levou um tapa na nuca de dona Roseli.

- Olha a boca Estér, tá doidona é? - falou imitando o jeito da Estér e eu ri mas logo parei pq a dona Roseli me olhou brava.

- Que isso foi mal, precisava disso não..Eae Julia vai deixar ela bater na sua pretinha vai?

Eu fui pra falar mas novamente fui fuzilada com os olhos e levantei os braços em rendição.

Estér colocou a mão no peito se fazendo de ofendida e eu mandei beijinho rindo.

- Tá certo Julia, certinha oc. Rum.

- Como cê aguenta isso, Julia? Ela faz esse drama todo mesmo é? - Luiza perguntou e eu neguei rindo.

- Eu tenho que gostar muito né memo? - perguntei olhando pra Estér que tava olhando pras unhas pagando de doida.

Ela me olhou e soltou um sorrisinho e eu ri também.

- Entendi porque cês se dão tão bem. - Kléber disse e nós olhamos pra ele. - São duas doidas da cabeça.

Agora nós duas colocamos a mão no peito nos fazendo de ofendida.

Nos entreolhamos e caímos na risada.

Larissa foi ligar pra Alice e Estér me chamou com a mão. Me levantei e sentei na cadeira do seu lado e ela me abraçou puxando meu rosto e me dando un selinho gostoso com gostinho de cerveja.

Sorri pra ela e voltei a prestar atenção na conversa do povo.

Abri outra latinha pra nós duas e ficamos ali abraçadinhas num chamego.

Estér levou a mão nos meus cabelos e colocou atrás da minha orelha dando um beijo no meu pescoço.

- Eu amo você muito Julinha. - falou sussurrando bem baixinho no meu ouvido.

Arrepiei sentindo a mesma coisa de toda vez. Um trem dentro de mim muito bom.

- Eu também te amo muito muito muito Tetér - sussurrei de volta pra ela e ela riu bagunçando meu cabelo.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora