Cap 62

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Estér

1 mês depois...

- Parabéns criança que já tá quase adulta. - falei abraçando Karine e entregando seu presente. - Muita luz e muito amor em sua vida.

- Obrigada, gatinha. - sorri. - Não esperava que você viesse..Vive em casa agora. Luiz me disse que suas férias acabaram e você ainda não voltou pro trampo.

Sorri sem mostrar os dentes.

Na verdade eu fui mandada embora.

Faz uma semana que era pra eu ter voltado. Hoje que eu saí de casa.

Ainda não falei com ninguém, só Larissa sabe de tudo que aconteceu.

Dona Marina me ligou e disse que já ia dar entrada nas papeladas tudo. Segunda tenho que tá lá pra assinar a demissão.

Cês acredita que eu nem liguei?

A falta da Julia me afetou demais, de uma forma que eu não imaginava.

Foi aquilo que eu falei uma vez. "Eu me apegar tanto a ela era bom, mas também seria ruim" e esse dia chegou.

Julia excluiu meu número. Só troco ideia com a Lua de vez em quando que não tem conversado muito com a Julia.

Parece que ela tá fazendo terapia mesmo e o irmão dela tá lá.

- Não vai me oferecer uma breja? - perguntei pra ela que me olhou com cara de bosta.

- Claro. - foi na frente e eu desci o olhar pra sua bunda que parecia que tava maior, ela olhou pra trás e semicerrou os olhos pra mim. - Cê tava olhando pra minha bunda? - perguntou e eu neguei de imediato rindo. - O pessoal tá lá fora.

Fui pro quintal e vi um monte de gente mais da idade dela.

Luiz me viu e sorriu vindo me abraçar. Apertei ele e dei um beijo na sua testa.

- Larissa me contou tudo. - revirei os olhos. - Depois a gente conversa, você não me escapa. - sorri sem ânimo. - Também contei pra minha mãe.

- Porra mas cês são muito fofoqueiros cara. - falei indignada.

- Cê se fechou pra gente..Eu tinha o direito de saber o que tava acontecendo, sou seu irmão uai.

Ele me puxou pela mão pra sentar numa mesa com ele, o Jorge, o casal vinte vulgo Lari e Alice, e o casal vinte e um. Dona Roseli e Kléber.

Cumprimentei a todos com a cabeça e fui abraçar mimha preta véia.

- Oi filha. - falou me benzendo e me dando um beijo na testa. - Tá tudo bem viu? Estamos com você, hoje não é dia mas a gente vai conversar.

Sorri assentindo.

Me sentei do lado de Larissa e ela me olhou sorrindo cínica.

- Fofoqueira. - sussurrei pra ela ouvir.

- Que bom que você resolveu sair de casa. Já tava pensando num novo nome pra você. Sofá, estante..

- Cala boca, Larissa. - ri e Karine chegou me entregando uma garrafinha de skol.

Abri com o dente e dei uma golada monstra.

Entreguei meu celular, a carteira e a chave pra Larissa.

- Eu não quero ter que cuidar de você hoje em. - fez graça e mostrei língua pra ela que mostrou de volta.

Rimos e eu olhei pro povo que tava dançando e bebendo. Menorzada do carai aqui.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora