Cap 37

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Acordei bem de manhãzinha no domingo. Tomei um banho, escovei os dentes com o intuito de ir pro hospital.

Sonhei com a minha pretinha, sonho lindo de nós duas e ela com aquele sorrisão de sempre no rosto.

Fui pra cozinha beber um café, peguei minha bolsa com os trem lá dentro e a chave do carro e segui meu caminho.

Cheguei no hospital uns 15 minutos depois. Entrei e avistei a dona Roseli sentada com um cafézinho na mão e a Larissa deitada do colo dela dormindo.

Assim que ela me viu deu um sorriso fraco e eu retribui. Eu odiava hospitais com todas as minhas forças.

Me aproximei dela dando um beijo no seu rosto.

- Oh minha menina. Pulo da cama, foi? Não são nem sete horas ainda.

- Só cochilei dona Roseli..E ainda sonhei com ela. - falei me sentando ao seu lado. - Como é que ela tá?

Eu não estava tão nervosa igual a madrugada mas ainda tava em shock. Meio sem saber o que fazer.

- Saiu da cirurgia agorinha. Conseguiram retirar a bala - o alívio que eu senti ouvindo isso cara. - Agora ela vai descansar, foram muitas anestesias e por conta disso vai demorar um pouco pra ela acordar. - assenti. - Nossa menina é forte Julia.

Muito forte e eu sei disso.

Agradeci a Deus pela vida da minha garota e meus olhos se encheram de água só de pensar em perder ela.

Fiquei um tempo ali pensando até a Larissa acordar.

- Já passou tá bom? - senti os braços de Larissa me abraçarem e a abracei de volta. - Te disse que ela ia ficar de boa cara.

- Eu fiquei com medo. - falei baixo.

- Todo mundo ficou Julinha. Mas agora tá tudo bem.

- Eu posso ver ela? - perguntei pras duas.

- Tem que falar com alguém da recepção. - assenti e me levantei indo até a mulher que cuida disso.

Ela disse que o horário de visita era das sete as oito e meia.

A mesma anotou meus dados e me deu um adesivo.

Peguei meu adesivo de visitante e ela me acompanhou até onde Estér estava.

- É a terceira porta. Você tem vinte minutos. - assenti e sorri em agradecimento.

Fui até a porta e respirei fundo abrindo ela e encontrando minha garota cheia de fios pelo corpo e um curativo no nariz.

Ela dormia tão tranquila e me doeu ver ela desse jeito. Estér que é sempre a que alegra a todos com o jeitinho dela agora assim.

Cheguei mais perto e segurei a mão da mesma sentindo uma paz enorme.

- Que susto você me deu meu amor..Eu fiquei com tanto medo de perder você pretinha. - falei em sussurro. - Ai Estér porque você não me deixou ir com você naquele banheiro em? Cê não sabe a culpa que eu senti..Bom ainda sinto mas é bem menor porque sei que você tá bem. - dei risada porque nem sei se ela tava me ouvindo ou não. - Eu sei vida, eu sou doida.

Me abaixei e dei um beijo na sua testa e fazendo carinho na sua mão gelada.

Fiquei mais alguns minutinhos ali e logo a enfermeira veio dizendo que já tinha dado o horário.

Saí encontrando a Larissa e a dona Roseli prontas pra entrarem no quarto.

Dona Roseli me deu um beijo na testa e eu sorri indo pra sala de espera novamente.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora