Cap 13

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Depois de me levarem no pronto socorro pra fazer o corpo de delito do cara, me levaram pra delegacia.

Cheguei lá e tava a Camila, a amante e o delegado me esperando.

As duas terminaram de dar o depoimento e eu entrei na sala.

- Sente-se Estér, estava até sentindo sua falta. Sempre vinha me visitar e passar a noite aqui.

- Passei dessa fase doutor.

- Bom, pode me explicar o que aconteceu.

Expliquei tudo a ele desde à hora que cheguei até o momento em que os policiais chegaram.

- Então você nunca viu aqueles 3? - perguntou e eu neguei. - Por que raios então atacou o cara?

- Bom, como eu disse. Eu conheci Camila lá no buteco e ela me contou sobre à traição, os dois chegaram lá e começaram a discutir. Era pra ser só um golpe no saco do cara porque ela tava com muita raiva né, poxa traída e ainda por cima pela melhor amiga? - falei - Aí o cara se revoltou e foi pra cima dela, eu só o parei pra evitar que ele a machucasse, poderia ser qualquer uma.

- Tá certo, mas essa noite vocês passam aqui. - assenti com a cabeça - Acompanhe a policial lá fora e vão para cela.

Saí da sala e acompanhei a policial junto da Camila pra tirar nossos pertences.

- Porra neguinha, que noite em - Camila falou quando deitou no colchão duro que tinha ali e eu fiz o mesmo.

- Mais animado do que eu esperava. Porra cê é doidona cara.

- Normal, nem deu tempo de te agradecer. Valeu aí, mandou benzão em.

- Se liga, faria de novo se fosse o caso, homem nenhum bate em mulher na minha frente.

- Cê é maior de boa, é daqui memo?

- Sou sim, moro lá no São Luiz.

- Ah sim, e eu nem sou daqui. Primeira e última vez que venho pra esses lados.

Dei risada.

- Bom vou dormir porque a noite foi longa, boa noite aí encrenca.

- Boa malucona.

Me ajeitei mais no colchão e capotei também. (...)

Acordei 6:00 pro café da manhã.

- Aí senhora, que horas vão liberar a gente? - perguntei.

- 13:00. - falou séria.

- Ainda temos muito que conversar pretinha. - Camila disse lavando o rosto. - Tá com pressa pra quê?

- Vão ficar preocupados comigo uai, falei que nem ia sair. Olha que desacerto.

Fiquei conversando com a Camila até o momento de ir embora. Pegamos nossas coisa e antes de sair bati na sala do delegado.

- Oi doutor, desculpa interromper. Mas o cara vai ser preso?

- Oi Estér, sente-se.

- Não precisa não, valeu. - ele assentiu digitando algo no computador.

- O agressor teve alta de manhã e já foi conduzido para o presídio, pode ficar tranquila. Ele tinha outras passagens aqui por agressão contra mulher. Vai pegar uns 5 a 6 anos.

Ufa, ainda bem.

- Tá certo, obrigada doutor. Até o dia mais longe possível. - fiz graça saindo e ele riu me dando tchau.

- Eaí mulher o que ele disse? - Camila perguntou saindo da delegacia comigo.

- Cara, quanto tempo cê tava com aquele doido?

- Uns 2 meses só, o chamava de marido porque é costume.

- Você se livrou de um grande agressor de mulheres viu, cara tem mais passagens aí. Vai passar um bom tempo vendo o sol nascer quadrado e levando porrada todo dia.

- Me livrei mesmo, agora me diz onde é a rodoviária pra eu ir embora.

- Eu te levo, bora.

- Você é meu anjo, não é possível. (...)

Depois de levar a doida lá pra rodoviária e esperar ela pegar o ônibus fui pra casa.

Tomei um banho demorado e lavei os cabelos os secando logo em seguida.

Falei só pra Larissa o que tinha acontecido e agora ela tá aqui em casa.

- Sua noite foi bem mais animada que a minha, mas amiga olha o perigo que você se meteu. E se o cara tentasse algo contra você? - falou deitada no meu colo.

- Eu que não ia deixar ele bater na muié na minha frente né Larissa, já não consegui evitar isso uma vez...

- Ô pretinha, eu sei. Eu só fico preocupada.

- Eu tô ligada Lari.

- Mas já que você tá bem vamo mudar de assunto, viagem pra praia tá de pé né?

- Com certeza. - falei coçando a nuca.

- Fala logo o que você quer falar.

- Você acha que tá muito cedo pra pedir a Julia em namoro? A gente se conhece há dois meses, mas eu gosto demais da conta dela...

- AAAAAAAAAAAAA - Larissa levantou de uma vez me assustandoe pulando que nem doida.

- Que foi??? Tá louca?

- Amigaaaaa, você tá apaixonada!!! De novooo. - gritava me abraçando - Amiga eu tô muito feliz por você, sério - ela disse e eu sorri abertamente pra mesma.

- Eu acho que eu também tô..Quero muito aquela mina.

- Como se sapatão ligasse pra tempo né, pensei que já ia pedir em casamento. - sapatão né cara.

- Será que ela vai aceitar? - falei raceosa - Vou pedir na praia. Vou ver uma aliança lá na biju pra ela amanhã.

- Torço muito por você amiga, sério. Sua felicidade é a minha.

- E a minha é a sua, te amo. Obrigada por tudo sempre. - abracei ela forte, puts eu amo demais. - Olha não conta nada em, sua boca não para quieta.

- Te amo também pretinha, eu juro que não conto.

Sorri e ela sorriu também me olhando, me abraçando em seguida.

Larissa ficou comigo até tarde, mas não pôde dormir porque ela trabalhava também, olhava 3 crianças pra uma moça daqui do bairro mesmo pra ela trabalhar, comi a comida que ela trouxe e me acabei. Tia Celina cozinha bem demais puta merda.

Já pensei em tudo pra pedir Julinha em namoro.

Cacete eu tô nervosa só de imaginar.

Julia me me mandou mensagem perguntando como eu tava e eu respondi que tava tudo certo. Me disse que tava com saudade e que amanhã ia me buscar no trampo, já que a mesma não ia trabalhar.

Ficamos conversando e ela disse que ia dormir, enrolei um pouco acordada e acabei dormindo também.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora